ZOMBILLY
O Monstro Legume do Espaço, apresentado nesta semana no Tribo´s, serviu de prévia dos trabalhos de Petter Baiestorf que estarão na III Zombilly - a festa dos zumbis, no dia 20.
O QUE É
É um vídeo rodado originalmente em VHS com estranhas legendas em inglês.
COMO?
O tal monstro é um cruzamento de humanos com legumes. É um ser semelhante a um chuchu que gosta de frases pomposas e até filosóficas, de uma forma exagerada.
TRADUÇÃO
Petter Baiestorf faz piadas com a tradução sem poupar ninguém. Quando uma personagem exclama ‘Pôxa, Vida” a tradução surge como ‘Pussy of Christi”. Sem cerimônia.
ESTÉTICA
O catarinense Petter Baiestorf vai logo avisando que sua estética é a anti-estética. Aqui tudo é ruim e assim deve ser. Mau gosto impera ‘contra o imperialismo do bom gosto’.
PETISMO
E nada de exigir profissionais no filme. “Isso é coisa de sindicalismo petista’, adverte em seu manifesto.
ANTI-CINEMA
Petter Baiestorf não faz cinema. É cultura de contestação. Vomita sobre a arte pré-concebida e não tem limites ao arrotar na cara do espectador as imagens mais escabrosas que sua mente pode suportar.
PIOR?
Quem já viu um filme de Petter Baiestorf imagina que o pior ainda vem por aí. E vem mesmo.
NOJO
Para entendê-lo, ele se faz de desentendido. Quer atingir o espectador visualmente a ponto de mostrar seus personagens comem excrementos diretamente da privada. Sua câmera mostra isso em detalhes. Lentamente.
REAÇÃO
Ele quer ofender o espectador. Quer reações. E essa ofensa vai do sexo à religião. Bizarro, senhor, bizarro.
O RISO
Tudo é muito, muito ruim. E o espectador se diverte. Eis o meio do caminho de Petter Baiestorf: faz trash movie como se fosse uma comédia e ao mesmo tempo provoca a escatologia. “O riso é repugnante’ , tenta dizer.
O ELENCO
É tão ordinário que a impressão é de que todos são um bando de zumbis. Mas é assim a característica de um trash movie. Ou seria um bad movie?
DEVASSA
Petter Baiestorf promete mais escatologia em Devassa – Hoje mijarei no teu cadáver’, um filme pornô longe do eros e bem perto da morte.
REDUNDANTE?
É assim, então, que Petter Baiestorf quer ser reconhecido. Seu maior problema pode ser a redundância. Se não buscar o humor, vai estar criticando e blasfemando sempre contra o mesmo estabilishment .
FIM
Até que um dia a própria indústria cultural o esmague e o coloque na centrífuga cult do mercado. Ficará com cara de legume. Ou de chuchu.
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