' Em fevereiro de 1988, 134 pessoas morreram soterradas por deslizamentos, desabamentos ou levadas pelas águas em Petrópolis.
A tragédia começou com duas fortes pancadas de água, seguidas de vários dias de chuva fina e persistente. Bairros inteiros estiveram sob ameaça de desabamento.
Barracos de favelas e casas em áreas ricas ficaram igualmente vulneráveis. A casa de veraneio do ministro da Agricultura, Pratini de Morais, foi uma das que foram soterradas na ocasião. A cidade do Rio também foi castigada pelo temporal de 1988.' - Folha de Sao Paulo
Me lembro. Foram dias terriveis. Eu e minha mãe estávamos em Copacabana enquanto o resto da familia ficou "ilhada" em Petrópolis. Naquela época não existia celular e nem internet. Estavamos sem telefone. Noticias só na TV e rádio. E só coisa ruim: amigos desaparecidos, corpos encontrados.
Quando a chuva deu uma trégua e a rodovia Rio-petropolis foi parcialmente liberada, conseguimos retornar à cidade, No centro, pessoas choravam nos pontos de onibus, Uma rua desapareceu, levando toda a familia de um antigo amigo de escola (ele não se conforma até hoje).
Petrópolis parecida ter sido bombardeada.
A tragédia se repete. A minha familia está fora da área de risco, mas estamos sem noticias de amigos que moram no Vale do Cuiabá, em Itaipava.
(imagens scaneadas pelo blog Philippe Fernandes)
ENCHENTES EM PETRÓPOLIS: 1988
As tragédias em Petrópolis com as enchentes foram constantes na segunda metade do século XX. Assunto este já abordado em outro ensaio sobre as enchentes de 1966 e de 1988. As fotos presentes neste ensaio reproduzidos do arquivo de Silvio de Carvalho, ex-editor da Tribuna de Petrópolis, nos apresentam cenas da enchente de 1988, onde morreram dezenas de pessoas.
Nesta foto observamos o resgate de uma vítima após dois dias da tragédia.
O corpo de uma criança sendo resgatado. Ao que tudo indica algumas vitimas não conseguiram ter seus corpos resgatados, ficaram sepultados por toneladas de terra.
Ulisses Guimarães visita a cidade como presidente da República em excercício, já que era o presidente da Câmara e Sarney oVice em excercício que encontrava-se em viagem ao exterior na época. Sarney visitou o Indaia e outras regiões acompanhado de Moreira Franco e Paulo Rattes. Foi a segunda vez na década de 80 que Ulisses visitou Petrópolis, na primeira havia feito um discurso pelas Diretas nas escadarias do Palácio da Câmara. (fonte: Sylvio de Carvalho para o Petrópolis Século XX)
Rua Casemiro de Abreu: as casas desapareceram (clique para ampliar) |
D. Pedro Gastão entre o povo desalojado de Petrópolis durante as enchentes de 1988 (fonte: Bia) |
4 comentários :
Tive a oportunidade de ver Petrópolis destruída nos anos 80. E depois tantas outras vezes a mesma coisa. Comento isso no meu blog, se me permite: http://corrupira.zip.net/arch2013-05-01_2013-05-15.html#2013_05-15_11_14_43-167258694-0
A tragédia de 88 me marcou... achei que Petrópolis nuncaa mais se reerguia. Foi meu primeiro contat9com enchentes.
Eu passei este susto moro no bnh no primeiro bloco escutei os estrondos foi horrível e no dia seguinte ver tantos mortos
Petrópolis sempre esteve sujeito a essas triste situações mas, convém não esquecer que não se deve ``creditar´´ tais tragedias só a NATUREZA, infelizmente as edificações sem regras e a falta de ação das autoridades também contribuem que os desastres periodicos na ``minha querdida, Petrópolis.
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