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sexta-feira, maio 28, 2021

Noturno em Maringá

Volto a dormir cedo pra acordar cedo .  Mas ainda tenho tempo de aproveitar as imagens noturnas da sacadinha do ape.   Foram noites ricas.  Sentirei falta do gato de luvas brancas em busca da arredia companheira. Do guarda noturno em sua motocicleta, sua sirene e sua luz. Durmam em paz, o vigia está aqui.  
Dos recicladores.  Daquele que vem a pé, de bicicleta, de moto com farol no capacete. Daquele que vem com o carrinho de supermercado. Onde anda o Chapeleiro Mágico?   Ele acenava pra mim...
No fundo, o celular embala um jazz na Vila Marumbi...
E do Uber que chega sempre no mesmo horário com o vizinho que vive perdendo a hora e os óculos dentro do carro?
Das  janelas dos apartamentos,  do reflexo das televisões  ou a parca luz dos insones. 
Dos eternos namorados  logo em frente. Dormem,  sabendo que o mestiço Hércules estará sempre atento apesar da idade avançada. 
Das meninas que chegam de algum canto ou de algum lugar. Eu ouço suas gargalhadas.  Todas estão de máscaras, afirmo.  Eu não crítico as pessoas que vivem a vida que não posso.
Então sentirei falta do céu.  Unico local aberto pra visitações. É nele que insisto. Insisto nos  discos voadores.  Se não existem, logo os crio. 
As minhas noites foram assim. Ninguém grita, ninguém apanha. Sem roubos ou mentiras . É  crua. A cidade respira em um anonimato. 
Hoje o Boa Noite será pra mim.

domingo, maio 23, 2021

gentileza

Texto de Ricardo Viana Jorge no grupo Botafogo Antifascista.

Estou entrando num novo ramo de negócio. A partir de hoje, trabalharei exclusivamente com a distribuição de gentileza.

Vi a escassez do produto no mercado, e ainda que muitos advirtam que ela pode até estar perto de ser criminalizada, não pretendo desistir.

É uma necessidade minha, ainda que não encontre interessados. Um pé de jatobá não pode oferecer banana, e ele (jatobá) não pode fazer nada se consideram seu fruto menos agradável que o da bananeira.

Sabem, eu sei bater. Com os pés, com as mãos, com a caneta, com a voz. Passei anos no ringue, no dojo, em debates. Aprendi a bater e apanhar. Aprendi que luta se vence apanhando, o boxe e o judo me ensinaram. É quando o golpe do adversário perde a força que a gente puxa o que sobrou e vira o jogo.

Mas também aprendi que a gentileza traz o melhor de mim.
E percebi que não adianta fazer coisa alguma que não tenha este resultado: trazer o melhor de mim.

A gentileza é a trincheira da resistência, é a força que permite ver os golpes do inimigo se esvaziando, e dá certeza que ainda me resta muita força pra virar o jogo.

Não me incomodo com a concorrência, caso alguém esteja querendo fazer o mesmo, mas não recomendo. É um negócio arriscado, como eu disse, andam até tentando criminalizar.

E isso é mais um desabafo do que um convite ou uma tentativa de conversão. Não acredito em proselitismo, não procuro adesão.

Talvez isso seja mesmo apenas uma propaganda. Como disse, é um novo negócio e precisa ser divulgado pra ganhar mercado.

quinta-feira, maio 20, 2021

Pra pensar...

 A História do Brasil não é a mesma no Paraguai. (Millor Fernandes)

Um homem sem endereço é um vagabundo; um homem com dois endereços é um libertino. (George Bernard Shaw)
Imoralidade é a moralidade daqueles que estão se divertindo mais do que nós. (H.L. Mencken)
(Covarde é) Alguém que, numa situação perigosa, pensa com as pernas. (Ambrose Bierce)

segunda-feira, maio 17, 2021

Maria Lacerda de Moura

A pedagoga Maria Lacerda de Moura (16 de maio de 1887 —  20 de março de 1945) é considerada uma das pioneiras do feminismo no Brasil. Anticlerical, escreveu numerosos artigos e livros criticando tenazmente a moral sexual burguesa. Para ela, o amor só seria livre quando as mulheres não fossem mais compelidas aos braços dos homens por estarem submetidas a constrangimentos financeiros (seja pelo casamento, pela prostituição ou pela "escravidão do salário"), nem estivesse atada a preconceitos religiosos de qualquer natureza. Entre 1928 e 1937, viveu numa comunidade agrícola formada principalmente por anarquistas e desertores espanhóis, franceses e italianos da Primeira Guerra Mundial

quarta-feira, maio 05, 2021

Malba Tahan.

“Julinho não vai passar de ano. Escreve mal e é ruim de matemática”, disse o irmão dele aos pais. Porém, Julio César de Mello e Souza conseguiu finalmente entrar pro Colégio Dom Pedro II, aos treze anos. Não era ruim de matemática. Apenas não gostava da forma como era ensinada.  Já adulto e apaixonado pela cultura árabe, passou a escrever contos com o nome de Malba Tahan. Os livros do “escritor árabe” foram traduzidos pelo ‘professor Breno de Alencar Bianco’, outra criação de Souza.  Os contos falavam de instigantes desafios matemáticos e até filosóficos.  O livro “O Homem que Calculava” virou um clássico.   E Malba Tahan - que nunca foi à Arábia – se eternizou. Hoje, 6 de maio, é o Dia Nacional da Matemática. É a data de aniversário de Julio César ‘Malba Tahan’  de Mello e Souza cujas obra foi  traduzida para diversos idiomas. Inclusive para o árabe.

Almir Guineto

Em julho de 1997, o robô Sojouner ‘despertava’ em Marte para mais um dia de trabalho ao som de um samba: "Você vale ouro/todo o meu tesouro (...) Agradeço a Deus porque lhe fez/Ô coisinha tão bonitinha do pai". A escolha foi feita pela brasileira Jacqueline Lyra, engenheira aeroespacial responsável pelo controle de temperatura do robô e da nave Pathfinder, que  levou o robô ao planeta Marte.  A versão marciana de ‘Coisinha do Pai" era interpretada por Elba Ramalho e Jair Rodrigues. O samba é de autoria de Jorge Aragão, Almir Guineto e Luís Carlos, e tem sua interpretação mais conhecida pela cantora Beth Carvalho. 
Almir Guineto, feliz da vida ao saber da noticia, chamou os parceiros Arlindo Cruz, Sombrinha e Mazinho Xerife para comemorar : O meu canto ecoou  por todo universo, até em Marte o meu samba fez sucesso.” 
E permanecerá ecoando.

terça-feira, maio 04, 2021

A arte gótica de Uldis Kalvan

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Via: 

vintagegeekculture:


The Fall Of The House Of Usher

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A Queda da Casa de Usher - Roger Corman se inspira em Alla Poe

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classichorrorblog:

The Fall Of The House Of Usher
Directed by Roger Corman (1960)

Walt Whitman

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kvetchlandia:

Walt Whitman     Uncredited and Undated Photograph

I think I could turn and live with animals, they’re so placid and self-contained, 

I stand and look at them and long. 

They do not sweat and whine about their condition. 

They do not lie awake in the dark and weep for their sins. 

They do not make me sick discussing their duty to God, 

Not one is dissatisfied, not one is demented with the mania of owning things, 

Not one kneels to another, nor to his kind that lived thousands of years ago, 

Not one is respectable or unhappy over the earth. –

Walt Whitman, from “Song of Myself”  1855