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quarta-feira, julho 01, 2009

Os marxistas em O Diário

 

 

Laércio Souto Maior castiga as teclas na redação de O Diário em 1977. A turma "vermelha" caiu depois da manchete acima.
Parabéns Rogério Recco e Antonio Roberto de Paula. O recém lançado livro O Diário do Norte do Paraná – A saga vitoriosa de um jornal a serviço da cidadania, tem momentos deliciosos e é leitura obrigatória para entender a história do principal jornal da região. O destaque vai para os primeiros capítulos sobre a redação capitaneada por Laércio Souto Maior, na década de 70. Era um time de esquerda, o “único jornal paranaense de oposição à ditadura”. Aqui destaco o texto de Messias Mendes (A maior vocação de jornalista da imprensa maringaense, segundo o o próprio Souto Maior). Aquele time tornara-se incômodo para os donos do poder local e estadual. Os dois sócios minoritários, Frank Silva e Edison Castilho, ficavam desconfortáveis com a postura do O Diário.
Mas esses profissionais, segundo Messias Mendes, fizeram o jornal que marcou a história do jornalismo de Maringá para sempre. "Durou até o destaque que demos a uma entrevista do deputado estadual Acioly Neto, sobre o governo Canet. A entrevista de duas páginas foi feita em Curitiba pelo correspondente Antônio Carlos, o 'Mata¬Junta'. O Laércio me deu a missão de editar a matéria para a edição de domingo. Pincei umafrase contundente pra colocar na manchete. Era assim:
'Acioly Neto diz que o governo está podre'. Coincidentemente naquele Domingo o Canet trouxe o seu governo itinerante para Umuarama. Cajal, representante do jornal naquela região recebeu o governador na escada do avião com uma edição do O Diário na mão. Mas ele nem tinha lido a manchete porque se tivesse lido esconderia o jornal do governador. Quando Canet viu a manchete na primeira dobra, explodiu: 'Tira esse pasquim da minha frente'. Cajal tinha feito contrato para colocar vários prefeitos da região no jornal de terça. Os prefeitos cancelaram tudo. Cajal foi baixar no hospital. Este fato foi, pra mim, o mais marcante do curto período do O Diário que muitos tinham como 'jornal vermelhinho'. A manche foi a gota d' água", completa Mendes.
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3 comentários :

Luiz Fernando Cardoso disse...

Uma postagem que merece um chope, um bom e geladinho chope; um livro que merece uma loira, uma boa e geladinha loira! Estava em débito com o Bar do Bulga, preciso dar mais as caras por aqui. Falar nisso, garçom, psiiiiiiu, me vê mais uma loira que daquela outra já dei conta!

Bulga disse...

Fala Pato Branco!!
É Pato Branco mesmo ou outra cidade?
Realmente, enquanto o Bar virtual não vira Bar real, é só marcar o dia e o local!!

Abraçãol!

Luiz Fernando Cardoso disse...

Acertou, é Pato Branco mesmo (o: E ainda falta marcar o chope!!!