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terça-feira, julho 07, 2009

Hamlet em Curitiba

 

Em Curitiba, teremos a curta temporada da nova montagem de Hamlet, produzida pelo ator Wagner Moura e dirigida por Aderbal Freire-Filho. A peça, que já foi vista por mais de 65 mil pessoas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Goiânia, será encenada no Teatro Positivo – Grande Auditório, nos próximos dias 18 e 19 de julho. No palco, Wagner Moura contracena com um elenco formado por Tonico Pereira, Carla Ribas, Georgiana Góes, Caio Junqueira, Cândido Damm, Fábio Lago, Felipe Koury, Marcelo Flores e Gillray Coutinho. Durante a montagem, os atores permanecem o tempo todo em cena, assistindo ao desenrolar da trama como plateia, trocando de roupas e, até mesmo, de papéis.Os ingressos para o espetáculo Hamlet, em Curitiba, custam R$ 84 (sábado) e R$ 74 (domingo) e podem ser adquiridos nas bilheterias do teatro ou no Disk Ingressos, pelo telefone (41) 3315-0808. Estudantes, idosos e doadores de sangue, com carteira comprobatória, pagam meia-entrada. Mais informações pelo telefone (41) 3317-3107 ou no site www.hamlet.art.br.
História
Escrito por William Shakespeare no início do século XVII, Hamlet retrata os dilemas vividos pelo conturbado príncipe da Dinamarca ao relutar em vingar o assassinato do pai, orquestrado por seu tio Cláudio. Em dúvida se deve acreditar no fantasma do rei, que lhe diz para matar o tio, Hamlet resolve confirmar a culpa de Cláudio, produzindo uma peça em que será encenado um assassinato semelhante ao de seu pai. Baseado na reação do tio perante o espetáculo, o príncipe decidirá se o mata ou não.
Ser ou não ser, eis a questão! Que é mais nobre para o espírito: sofrer os dardos e setas de um ultrajante fado, ou tomar armas contra um mar de calamidades para pôr-lhes fim, resistindo? Morrer... dormir; nada mais! E com o sono, dizem, terminamos o pesar do coração e os mil naturais conflitos que constituem a herança da carne! Que fim poderia ser mais devotamente desejado? Morrer... dormir! Dormir!... Talvez sonhar! Sim, eis aí a dificuldade! Porque é forçoso que nos detenhamos a considerar que sonhos possam sobrevir, durante o sono da morte, quando nos tenhamos libertado do torvelinho da vida. Aí está a reflexão que torna uma calamidade a vida assim tão longa! Porque, senão, quem suportaria os ultrajes e desdéns do tempo, a injúria do opressor, a afronta do soberbo, as angústias do amor desprezado, a morosidade da lei, as insolências do poder e as humilhações que o paciente mérito recebe do homem indigno, quando ele próprio pudesse encontrar quietude com um simples estilete? Quem gostaria de suportar tão duras cargas, gemendo e suando sob o peso de uma vida afanosa, se não fosse o temor de alguma coisa depois da morte, região misteriosa de onde nenhum viajante jamais voltou, confundindo nossa vontade e impelindo-nos a suportar aqueles males que nos afligirem, ao invés de nos atirarmos a outros que desconhecemos? E é assim que a consciência nos transforma em covardes e é assim que o primitivo verdor de nossas resoluções se estiola na pá da sombra do pensamento e é assim que as empresas de maior alento e importância, com tais reflexões, desviam seu curso e deixam de ter o nome de ação... Agora, silêncio!... A bela Ofélia! Ninfa, em tuas orações, recorda-te de meus pecados!"
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