No post “Cartão Vermelho”, alguns amigos questionaram eu ter colocado a “musica sertaneja” como merecedora dessa penalidade rubra. É lógico que o endereço do cartão foi para essa coisa de sertanejo universitário (que troço será isso?) e congêneres. Não coloco no mesmo baú gente do quilate de Rolando Boldrin e Renato Teixeira. Para todos entenderem o que digo, eis aqui Pena Branca e Xavantinho. E junto com eles eu desejo boa primavera para todos vocês.
Um comentário :
Bulgarçon, como músico sou democrático (...exceto com som bat'estaca em carro/casa!...), todavia, subscrevo todas as suas palavras. Esse tal "sertanejo universitário" sempre me faz lembrar algo tão coerente como é a figura de um fazendeiro de terno, gravata e sapato de cromo alemão no meio dum curral.
Confesso, quando ouvi o termo pela primeira vez, até me assustei, sobretudo porque sou um apaixonado crônico pela língua portuguesa, e daí procuro-lhe todos os significados na origem do termo.
A idéia que me veio foi a de que ...¿como sertanejo universitário, se o sertão que tenho em mente e que já conheci não tem nada a ver com isso de livros, vestibular, academia, doutorado e et ceteras outras coisas?
Bulga, sertanejo pra mim é sinônimo de caipira mesmo, de gente que não tem vergonha de dizer que nasceu na Água Fulana, na Fazenda do Nhô Quarqué... essas coisas. Pra esses a viola ainda tem só dez cordas, o som dela é chorosamente apaixonado e bucólico como é um entardecer no sertão, os acordes são outros, e a barra da calça sempre é curta... pra exibir a botina rangedeira. É tomar uma pinguinha e pitar numa roda de amigos na hora da bóia, sem ninguém se embriagar porque sabe que o serviço rude está, esperando por eles...
Ontonce, sô Burgarçon, traiz lá mais uma ceuveja bem friinha, que vô tomá gorinha mermo, em pleno inspediente, pra desanuviá essas coisa achatad' d' cidad'... o patrão num tá mermo!!... foi pru banco fazê um papagái..
Ah, num é fiad’ não. Pódexá, tenhuns cobre aqui c'oeu. Ô meno pra sardá essa friinha aí dá, tá bão? Témaisvê...
abs
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