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terça-feira, setembro 15, 2009

José Cláudio


Para o Amigo José Cláudio Pereira Neto (por Reginaldo Dias)
Zé. Zezinho. Zé Cláudio. Zé Pereira. José Cláudio. José Cláudio Pereira Neto. Essas eram as muitas formas de que as pessoas se utilizaram para fazer referência a José Cláudio. Alguns chegaram a chamá-lo de Dr. José Cláudio, em provável deferência ao fato de ter se tornado prefeito ou em referência ao seu diploma de advogado.
Como “Pereira”, sobrenome ibérico, José Cláudio não era conhecido. Entretanto, principalmente no futebol ou nas pescarias, havia amigos que gostavam de chamá-lo de “Zé Pereira”. A pronúncia criava uma cacofonia, as palavras se fundiam e tinha-se a impressão de que era um nome só, Zepereira.
Zé. Essa era, provavelmente, a forma mais corriqueira de os amigos se referirem a José Cláudio. E ele, pelo que se percebia, gostava muito. Era econômico e expressava sua genuína simplicidade de homem do povo. Mesmo quando exercia autoridade pública, quando não se encontrava em situações que exigiam formalidade e protocolo, era comum ser tratado dessa maneira pelos amigos e correligionários. Em casa, ele era o Zezinho. O diminutivo decorria tanto das relações afetivas entre familiares quanto do fato de ele, no fim das contas, ter o mesmo nome do avô.
Na vida de um homem público, o que conta mesmo é a forma como a população faz referência a ele. Do ponto de vista da propaganda eleitoral, o nome composto “José Cláudio” sempre teve boa sonoridade e recepção popular. Era assim que, em campanha ou depois de eleito, a população costumava, espontaneamente, chamá-lo. Com menos distanciamento, era chamado, popularmente, de “Zé Cláudio”.
Cláudio, nome latino, vem da linhagem dos estadistas romanos da época dos césares. Na família de José Cláudio, tratava-se de um nome recorrente. Cláudio, além do nome do avô, estava também no nome dos tios e de seu pai, Raimundo Cláudio. Para manter a tradição, seus irmãos também foram assim batizados.
José, como se sabe, é o nome mais popular, derivado do personagem bíblico que desposou Maria. Tal foi a popularidade do patriarca da “sagrada família” que, até recentemente, cultivava-se o hábito, quando não se sabia o nome de alguém, de chamá-lo de “Seu José” ou “Zé”.
Mas havia outro José na Bíblia, no Antigo Testamento, o filho de Jacó e Rachel. Segundo a tradição bíblica, José foi nomeado pelo faraó, após decifrar seus enigmáticos sonhos, para administrar o Egito por um período de fartura e preparar o país para os “sete anos de vacas magras”. Situação diferente viveu José Cláudio, filho do Sr. Raimundo e de D. Aparecida, que herdou a prefeitura de Maringá em crise, dilapidada pelo esquema de corrupção, ou seja, tinha de enfrentar o tempo das vacas magras e preparar a cidade para os tempos de fartura. Com humildade incomum, dizia que sua única ambição era devolver a dignidade ao exercício do cargo de prefeito. Foi muito além disso. Se sua trajetória não fosse interrompida tão precocemente, teria chegado muito longe. A história lhe fará justiça.
(texto de Reginaldo Dias a ser publicado no próximo domingo em O Diário pela ocasião do sexto ano da morte do prefeito de Maringá, José Cláudio)

3 comentários :

Marco Fabretti disse...

Foi muito cedo... deveras.

Carlucha disse...

Oi Bulga! Estou te convidando para participar da brincadeira do "cartão vermelho"! Passe lá no meu blog e participe! Bjo

Anônimo disse...

esse sim era verdadeiro