NOS ACOMPANHE TAMBÉM :

domingo, julho 06, 2025

Eugénie Grandet

 Eugénie Grandet (1833), obra-prima de Honoré de Balzac, parte da Comédia Humana




Trecho (a avareza de Pai Grandet):
"O avarento não acredita na vida futura; o presente é tudo para ele. Este pensamento lança uma luz terrível sobre a época atual, em que, mais do que em qualquer outra, o dinheiro domina as leis, a política e os costumes."
(Capítulo III — "Os Interiores Provincianos")



A passagem descreve Monsieur Grandet, um velho viticultor obcecado por ouro, cuja ganância destrói a felicidade da filha, Eugénie. Balzac critica a materialização da sociedade pós-Revolução Francesa, onde o dinheiro corrompe até os laços familiares.


 o sofrimento de Eugénie
"Eugénie, pobre rica herdeira, cujo coração fora esmagado pelo pai, vivia agora como uma sombra naquela casa escura e fria, onde outrora sorrira à vida."
(Capítulo final — "O Luto")


Eugénie, inicialmente ingênua e generosa, torna-se vítima da tirania paterna. Sua resignação simboliza a opressão das mulheres no século XIX.



  • Realismo cruel: Balzac detalha a psicologia do avarento e a asfixia da vida provinciana.

  • Símbolos: A casa sombria de Grandet reflete sua alma; o ouro guardado contrasta com a miséria afetiva.

  • Ironia trágica: Eugénie herda uma fortuna, mas perde tudo que dá sentido à vida — amor, esperança e liberdade.

Nenhum comentário :