"As Aventuras de Huckleberry Finn" (1884), também de Mark Twain, considerado uma das maiores obras da literatura americana. O livro é narrado pelo próprio Huck, um menino rebelde e livre, em um tom coloquial e cheio de humor.
Huck e a Civilização
(Huck Finn, agora sob os cuidados da viúva Douglas, descreve sua visão sobre a vida "civilizada")
"A viúva Douglas me adotou como seu filho, dizendo que ia me ‘civilizar’; mas era duro, porque ela me fazia seguir todas aquelas regras. Tinha que me vestir direito, comer com garfo e faca, usar lenço, tomar banho, ir para a cama e levantar em horários certos — e ainda por cima tinha que rezar antes do jantar! Eu aguentei tudo aquilo até não poder mais, aí então eu fugi. Mas o Tom Sawyer me encontrou e disse que a gente ia formar uma gangue de ladrões, e que eu precisava voltar para a viúva Douglas se quisesse entrar no bando. Então voltei.
A viúva chorou e me chamou de ‘pobrezinho perdido’, mas não era nada daquilo. Ela disse que ia me ensinar a viver direito, mas eu não via vantagem nenhuma nisso — a não ser que um dia eu quisesse ir para o inferno, porque o Tom Sawyer dizia que era pra lá que eu estava indo, de qualquer jeito. Então eu decidi que não me importava.
: Twain capta perfeitamente a linguagem simples e irreverente de um menino do Sul dos EUA no século XIX.
Huck questiona as regras da sociedade ("civilização") e prefere sua liberdade selvagem.
A visão ingênua de Huck sobre religião e moralidade revela a hipocrisia dos adultos ao seu redor.
Assim como Tom Sawyer, Huckleberry Finn está em domínio público em inglês e pode ser lido gratuitamente no Project Gutenberg.
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