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quarta-feira, maio 14, 2025

Rafael Alberti

 



Rafael Alberti (Porto de Santa Maria, Cádis, 16 de dezembro de 1902 — Porto de Santa Maria, 28 de outubro de 1999)  poeta espanhol, membro da chamada Geração de 27. 


"A Aurora de Nominadora"


Com investidas suaves e rosas, a madrugada te ia
pondo nomes.
Sonho equivocado, Anjo sem saída, Mentira de
chuva em bosque.
Ao limite da alma em que eu lembro dos rios,
duvidou, indecisa, imóvel:
Verilda estrela. Confusa luz em pranto. Cristal sem
vozes?
Não.

Erro de neve em água, teu nome.




"O paraíso perdido de Rafael Alberti"

(Artigo sobre o poeta)

Versos de 1929 mostram marca do surrealismo na obra do poeta espanhol.

Excerto do poema "A Aurora Denominadora" (continuação):

"Quando passou a reunião mais aguda e se pondo menos.
Sinto responsável. Aqui essa saída, Menaia de Nouvea Ribeiro.
As frases da família em que eu tenho dos réus,
Grafen, indicam, nunca!
Naquele sentido, Carlos Meu o pranto, Grau em vazia?
Não.
Eres de novo em jovens da fome."


A poesia de Alberti, especialmente em Sobre los Ángeles (1929), funde surrealismo com angústia existencial. Seus versos — repletos de anjos caídos, luzes confusas e nomes que se dissolvem ("Erro de neve em água") — refletem uma crise pessoal e o clima de vanguarda espanhola pré-Guerra Civil.

Influências:

  • Rilke: anjos como figuras metafísicas.

  • Góngora: imagens barrocas e fantasmagóricas.

  • Surrealismo: ruptura com a lógica, como em "Cristal sem vozes".

Fragmento do artigo:
"Os homens modernos foram juntos do que seus autores [...] O surrealismo não é um estilo, mas uma 'navalha de barbear' que corta a realidade. Alberti transforma a dor em paisagem alada."

(Texto truncado, com trechos ilegíveis ou fragmentados.)



dualidade de Rafael Alberti (1902–1999): de um lado, o poeta lírico que nomeia o indizível ("A Aurora de Nominadora"); de outro, o surrealista que desmonta a linguagem. A repetição de "Não" nos poemas sugere uma recusa — da lógica, da fé, ou até do próprio ato de nomear. Os desenhos mencionados (não reproduzidos aqui) reforçam seu diálogo entre palavra e imagem. O artigo, embora truncado, destaca como Alberti usou o surrealismo não como moda, mas como ferramenta de sobrevivência em um mundo à beira do abismo (a Espanha dos anos 1930).

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