Trecho (o clímax do conto):
"E a aia, com um ímpeto de fera, correu ao berço do menino rico — e cravou-lhe os dentes na garganta, até o sangue saltar, quente, sobre os seus lábios pálidos... Depois, ergueu-se, com um riso seco: — 'Agora estão iguais!'"
O conto narra a história de uma aia (ama de leite) pobre que, após perder seu próprio filho, é obrigada a amamentar o bebê de uma família rica. Consumida pela dor e inveja, comete um ato extremo de vingança.
Desigualdade social: O abismo entre a pobreza da aia e a riqueza dos patrões.
Maternidade e dor: O luto transformado em violência.
Ironia trágica: A vingança iguala as crianças na morte, mas não na vida.
Eça usa linguagem crua e imagens chocantes (o sangue, os dentes, o riso "seco") para destacar a brutalidade do gesto, típico do realismo/naturalismo.
Nenhum comentário :
Postar um comentário