Labyrinth (1986) – Dir. Jim Henson
Labyrinth (br: Labirinto – A Magia do Tempo / pt: O Labirinto do Goblin) é um filme de fantasia sombria que mistura atores reais, fantoches e efeitos visuais inovadores para a época. Dirigido por Jim Henson (criador dos Muppets) e com David Bowie no papel do Rei dos Goblins, o filme se tornou um clássico cult, adorado por sua estética única, trilha sonora marcante e temas profundos sobre amadurecimento.
Amadurecimento e Fuga da Realidade
Sarah (Jennifer Connelly) é uma adolescente que, cansada de cuidar do irmão mais novo, deseja que os goblins o levem. Quando o Rei Jareth atende seu pedido, ela se arrepende e precisa enfrentar um labirinto mágico para resgatá-lo.
O labirinto simboliza as confusões e desafios da adolescência, onde Sarah precisa superar obstáculos tanto externos quanto internos.
No final, ela rejeita Jareth ("Você não tem poder sobre mim"), mostrando que amadureceu e aceitou a responsabilidade.
Fantasia vs. Realidade
O quarto de Sarah é cheio de brinquedos e livros de contos de fadas, refletindo seu desejo de escapar da vida adulta.
O labirinto é uma projeção de seus medos e desejos, povoado por criaturas que testam sua coragem e inteligência.
A cena final, em que ela vê seu reflexo no espelho com amigos do labirinto, sugere que ela equilibrou imaginação e realidade.
Jareth: Uma Figura de Sedução e Perigo
David Bowie traz um vilão carismático e ambíguo, que tenta seduzir Sarah com promessas de eterna fantasia ("Eu peço tão pouco...").
Ele representa a tentação de permanecer na infância, evitando responsabilidades.
Sua derrota simboliza Sarah superando essa dependência emocional.
Amizade e Autoconfiança
Seus aliados (Hoggle, Ludo e Sir Didymus) representam lealdade, força e coragem, mas no final, ela precisa confiar em si mesma para vencer.
Efeitos Práticos: Os fantoches de Henson (como os goblins grotescos e os Fireys) criam um mundo palpável e cheio de personalidade.
Música de Bowie: Canções como Magic Dance e Within You dão um tom hipnótico ao filme, reforçando o carisma de Jareth.
Surrealismo: A cena da escada inspirada em M.C. Escher e a sequência alucinógena dos Fireys destacam o tom onírico da narrativa.
Apesar de não ter sido um sucesso imediato, Labyrinth ganhou fãs ao longo dos anos devido a:
Sua mistura única de fantasia, terror leve e musical.
A atuação icônica de Bowie.
Mensagens profundas sobre crescimento e identidade.
Mais que um filme infantil, Labyrinth é uma jornada simbólica sobre deixar a infância para trás, enfrentar desafios e encontrar força em si mesma. Sua riqueza visual e camadas narrativas continuam cativando novas gerações.
Labyrinth (1986) dir. Jim Henson
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