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quarta-feira, outubro 29, 2025

SciFi Now Special - Hammer Horror (2014)

 


Esta edição especial da revista SciFi Now funciona como um "manual" abrangente, dedicado a explorar a história, o legado e o renascimento do Hammer Film Productions, um dos estúdios de cinema mais icônicos e influentes da Grã-Bretanha, sinônimo de um estilo particular de horror gótico e sensual.



A revista pinta um retrato completo da Hammer Films como um estúdio que, por duas décadas, definiu o horror britânico com uma identidade visual única e ousada para sua época. Ela explora tanto a glória de seus dias clássicos, impulsionada pelo talento incomparável de Cushing e Lee e pela visão de diretores como Terence Fisher, quanto seus anos de luta e eventual declínio. Por fim, celebra seu renascimento bem-sucedido no século XXI, argumentando que o legado de qualidade, atmosfera e storytelling da Hammer é tão relevante hoje quanto era nos anos 1950. A publicação é uma homenagem definitiva para fãs e um guia essencial para qualquer um interessado na história do cinema de horror.

1. Introdução e Índice (p. 2-3)

A revista se apresenta como um guia essencial sobre o estúdio, prometendo cobrir desde seus humildes primórdios, passando pelos dias de glória, o declínio nos anos 1970 e sua gloriosa ressurreição moderna. O índice lista os principais artigos: perfis de Christopher Lee e Peter Cushing, focos em filmes específicos como Dracula e Quatermass, entrevistas com estrelas como Madeline Smith, e uma análise do retorno do estúdio.

2. Guia Completo da Hammer Horror (p. 4-11)



Este é o artigo central, traçando a história completa do estúdio.

  • Origens (1934-1950): Fundado por William Hinds (que usava o nome artístico "Will Hammer"), o estúdio começou produzindo filmes modestos. A virada veio com a mudança para a mansão Down Place (renomeada Bray Studios), onde encontraram espaço e estrutura para projetos mais ambiciosos.

  • O Primeiro Sucesso (1953-1955): A adaptação para a TV de The Quatermass Experiment foi um sucesso massivo, levando à versão cinematográfica em 1955 (The Creeping Unknown), dirigida por Val Guest. O filme, classificado como "X", atraiu controvérsia e lotou cinemas, mostrando à Hammer o potencial do gênero de terror.

  • A Revolução a Cores (1957-1959): The Curse of Frankenstein (1957) foi um terremoto cultural. Dirigido por Terence Fisher, foi o primeiro filme de terror britânico em cores e apresentou ao mundo a dupla Peter Cushing (como o Barão amoral) e Christopher Lee (como a Criatura). Seu sucesso financeiro foi estrondoso. No ano seguinte, Horror of Dracula solidificou a fórmula Hammer: cores vibrantes (o vermelho do sangue), sensualidade implícita, cenários góticos e a dualidade Cushing (o herói) / Lee (o vilão).

  • A Era de Ouro (anos 1960): A Hammer explorou outros monstros universais com grande estilo: The Mummy (1959) e The Curse of the Werewolf (1961), estrelado por um intenso Oliver Reed. O estúdio também diversificou, produzindo thrillers psicológicos ("mini-Hitchcocks" como Taste of Fear), aventuras épicas como She (1965) e ficção científica como Quatermass and the Pit (1967).

  • O Declínio (anos 1970): O estúdio lutou para se adaptar ao gosto moderno. Tentou competir com mais nudez (The Vampire Lovers, 1970) e levando Drácula para a época contemporânea (Dracula A.D. 1972). No entanto, o surgimento de filmes americanos mais realistas e chocantes como O Exorcista (1973) e O Massacre da Serra Elétrica (1974) tornou o estilo Hammer aparentemente datado. Tentativas de outros gêneros, como a comédia On the Buses, não foram suficientes para salvar o estúdio, que encerrou suas atividades em 1979.



Entrevistas e Destaques nesta Seção:

  • David McGillivray (roteirista): Fala sobre como seu trabalho com o diretor Pete Walker (The House of Whipcord) representou uma ruptura com o horror gótico da Hammer, levando o terror britânico para um caminho mais realista e exploitativo.

  • Caroline Munro (atriz): Relata sua experiência como a primeira atriz under contract com a Hammer, sua descoberta através de um comercial de rum e a emoção de trabalhar com lendas como Cushing, Lee e Vincent Price.

  • Simon Oakes (CEO da Hammer moderna): Discute os desafios de relançar a marca no século XXI, afirmando que não querem refazer os clássicos, mas sim capturar seu espírito com filmes contemporâneos. Ele expressa admiração por thrillers psicológicos da Hammer como The Nanny.




3. Christopher Lee: O Ícone de Horror (p. 12-15)

Um perfil dedicado ao homem que se tornou Dracula.

  • Trajetória: Desde seu papel mudo como a Criatura de Frankenstein até a consagração como o Conde Drácula.

  • Relação Conturbada com o Personagem: Lee detestava alguns roteiros dos sequels de Drácula, considerando-os ruins e infiéis à obra de Bram Stoker. Em Dracula: Prince of Darkness (1966), ele se recusou a ter falas.

  • Carreira Posterior: O artigo celebra seu renascimento como uma lenda do cinema em franquias gigantes como O Senhor dos Anéis (Saruman) e Star Wars (Conde Dooku), além de suas colaborações frequentes com Tim Burton.

  • Curiosidades: Lista factoides como ser fluente em vários idiomas, primo de Ian Fleming (criador de James Bond) e ter lançado álbuns de heavy metal.

4. Dracula (1958): Flashback e Restauração (p. 16-19)



Uma análise profunda do filme seminal.

  • Inovação e Impacto: O artigo argumenta que a grande inovação de Dracula foi introduzir o erotismo explícito no mito vampírico. As cenas de sedução, onde as vítimas pareciam consentir e até desejar seu destino, foram revolucionárias.

  • A Censura: A British Board of Film Censors (BBFC) cortou duas cenas-chave por considerá-las muito fortes: a sedução de Mina (por ser muito erótica e sugerir que ela gostava) e a desintegração final de Drácula (por ser demasiadamente gráfica).

  • A Restauração: Após décadas, uma cópia intacta do filme foi encontrada no Japão, único país que recebeu a versão original em 1958. Essa versão restaurada permitiu que o público visse o filme como Terence Fisher intended, reinserindo os minutos perdidos que intensificam o horror e a sexualidade da narrativa.

5. Peter Cushing: Um Cavalheiro Lembrado (p. 20-23)



Uma homenagem carinhosa ao outro pilar da Hammer.

  • O Artista Meticuloso: Cushing era conhecido por sua preparação intensa para os papéis. Para Sherlock Holmes, aprendeu a segurar um violino; para The Mummy, observou cirurgias reais.

  • O Homem por Trás do Personagem: O texto destaca sua natureza de gentleman, sua devoção aos fãs (nunca os ignorava) e a dor devastadora que sentiu com a morte de sua esposa, Helen, em 1971. Essa perda o levou a aceitar papéis inferiores apenas para se manter ocupado.

  • Carreira Diversificada: Além de Van Helsing e Frankenstein, o artigo celebra seus papéis como Sherlock Holmes em The Hound of the Baskervilles (1959) e como Dr. Who nos filmes de dos anos 1960, mostrando seu alcance como ator.

6. Entrevista com Madeline Smith (p. 24-25)



A atriz de The Vampire Lovers e Frankenstein and the Monster from Hell oferece um relato íntimo do fim da era Hammer.



  • O Ambiente nos Sets: Ela descreve o diretor Terence Fisher como um homem tranquilo e respeitoso, que comandava com autoridade suave. Relata que Peter Cushing estava visivelmente abalado e fantasmagórico durante as filmagens de Frankenstein... após a perda da esposa.

  • "Hammer Glamour": Smith defende que as atrizes da Hammer tinham oportunidades de atuação sólidas, mas expressa seu descontentamento com a exigência de nudez em The Vampire Lovers, que considerou desnecessária e que transformou um bom filme em uma "miniprodução pornô".

7. Quatermass and the Pit (1967): Um Marco Sci-Fi (p. 26-29)




Destaque para um dos filmes mais aclamados e inteligentes do estúdio.

  • Cerebral e Atípico: O artigo enfatiza como o filme, baseado na série de TV de Nigel Kneale, era uma exceção no catálogo Hammer: focado em ideias (origens do mal, histeria coletiva, alienígenas) em vez de monstros sangrentos.

  • Entrevista com Julian Glover: O ator, que interpretou o militar cético Colonel Breen, elogia o roteiro inteligente, o diretor Roy Ward Baker e o elenco de primeira linha (Andrew Keir, Barbara Shelley). Ele discute a desafiadora tarefa de interpretar um "idiota obrigatório" sem torná-lo uma caricatura.

8. O Retorno da Hammer (p. 30-34)



Uma análise do renascimento do estúdio no século XXI.

  • Estratégia Moderna: Liderados por Simon Oakes, o novo Hammer não quis simplesmente refazer os clássicos. Eles buscaram filmes que capturassem o espírito da marca: horror com qualidade de produção, baseado em literatura e com um DNA britânico.

  • O Sucesso Crítico e Commercial: Após alguns filmes menores (Wake WoodThe Resident), o grande marco foi The Woman in Black (2012). Estrelado por Daniel Radcliffe e com roteiro de Jane Goldman, o filme foi um sucesso de crítica e bilheteria (mais de US$ 100 milhões), provando que a marca ainda tinha potência.

  • Futuro e Legado: Oakes discute projetos futuros como The Quiet Ones e Gaslight (um thriller sobre Jack, o Estripador), enfatizando o compromisso com a qualidade e a rejeição ao gore exploitativo de franquias como Saw. A Hammer também embarcou em um meticuloso projeto de restauração em Blu-ray de seu catálogo clássico.

9. Quiz Hammer Horror (p. 35)



A revista termina com um questionário para testar os conhecimentos dos fãs mais ardentes, com perguntas sobre filmes, personagens e curiosidades do estúdio.




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