*Análise da Matéria Publicada na Revista Planeta: "Constellation, o Navio Assombrado
A reportagem, escrita por Elsie Dubugras, aborda os supostos fenômenos paranormais ocorridos a bordo da fragata USS Constellation, um navio histórico da Marinha dos EUA, atracado em Baltimore como atração turística. A investigação foi conduzida pelo parapsicólogo Hans Holzer e pela médium Sybil Leek, buscando evidências de atividades sobrenaturais ligadas a eventos trágicos do passado do navio.
Principais Pontos da Matéria
1. História do Navio
Construção e Carreira Militar: Lançado em 1798, o USS Constellation foi uma das primeiras fragatas da Marinha dos EUA, participando de conflitos como a Quase-Guerra com a França e a Guerra de 1812.
Papel no Combate ao Tráfico de Escravos: No século XIX, interceptou navios negreiros, libertando centenas de africanos.
Reformas e Preservação: Após servir como navio-escola, foi restaurado nos anos 1960 e transformado em museu.
2. Relatos de Assombrações
Aparições de Marinheiros: Visitantes e funcionários relatam encontros com figuras vestidas com uniformes navais antigos, que desaparecem subitamente.
Fenômenos Físicos:
O leme gira sozinho, sem explicação mecânica.
Portas que se abrem e fecham sem intervenção humana.
Sensações de "presenças" e arrepios em áreas específicas do navio.
Casos Documentados:
Um guarda noturno teria visto um marinheiro fantasma que sumiu ao ser abordado.
Durante uma festa, uma jovem viu um velho marinheiro que evaporou ao tentar interagir com ele.
3. Investigação Paranormal
Participação de Sybil Leek: A médium, em transe, identificou três espíritos:
Thomas Thruxton (ou similar): Um marinheiro executado por covardia no século XVIII, supostamente morto ao ser amarrado à boca de um canhão.
Carl Hansen: Um tripulante dinamarquês que teria morrido acidentalmente a bordo em 1822.
Um terceiro espírito não identificado, associado a vibrações de "crueldade".
Confirmação Parcial: Holzer encontrou registros históricos de execuções a bordo, mas com discrepâncias (como o nome exato do marinheiro).
4. Explicações Propostas
Teoria Espírita: Holzer e Leek sugerem que as aparições são "registros energéticos" de eventos traumáticos, como execuções e mortes violentas, que deixaram marcas no navio.
Psicometria: A médium captaria "vibrações" impregnadas em objetos e locais do navio, reinterpretando-as como visões.
Comparação com Outros Casos: A matéria cita fenômenos similares, como batalhas fantasmagóricas na Inglaterra e Escócia, atribuídos a "ressonâncias" de eventos passados.
Análise Crítica
Pontos Fortes
Base Histórica: O Constellation de fato teve um passado violento, com registros de punições brutais (como execuções por insubordinação).
Documentação: A investigação cruzou relatos modernos com arquivos navais, dando credibilidade aos casos.
Abordagem Multidisciplinar: Combina parapsicologia, mediunidade e história naval.
Controvérsias e Limitações
Falhas na Corroboração: O nome "Thomas Thruxton" não bate com registros oficiais, sugerindo erro na mediunidade ou lenda oral distorcida.
Viés de Confirmação: A matéria não explora explicações naturais (como ilusões de ótica ou efeitos psicológicos em ambientes históricos).
Sensacionalismo: Algumas descrições (como "ar gelado" e "portas batendo") são clichês de relatos paranormais.
Comparação com Casos Reais
O Queen Mary (EUA) e o HMS Victory (Reino Unido) também têm fama de assombrados, com relatos similares. A diferença aqui é a investigação formal por um parapsicólogo renomado.
Conclusão
A matéria da Planeta mescla história naval e paranormal de forma cativante, mas com lacunas metodológicas. Se os fenômenos são manifestações espirituais ou projeções psicológicas do trauma histórico, o texto deixa em aberto. O caso reforça como navios antigos, pela carga emocional de seu passado, tornam-se "palcos" ideais para lendas urbanas e relatos sobrenaturais.
Referências Citadas:
Livros de Hans Holzer sobre parapsicologia.
Arquivos da Marinha dos EUA sobre o Constellation.
Teorias de Allan Kardec (O Livro dos Espíritos).
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