Dirigido por Ben Leonberg (em sua estreia) e escrito por Leonberg & Alex Cannon.
Estrelado por Shane Jensen (como Todd), Arielle Friedman (como Vera), Larry Fessenden (como o avô) e Indy, o cão protagonista (um Nova Scotia Duck Tolling Retriever) que pertence ao diretor.
Duração: cerca de 73 minutos.
Estreia: Festival South by Southwest (SXSW) em 10 de março de 2025.
Lançamento nos EUA em 3 de outubro de 2025.
No Brasil, estreia em 30 de outubro de 2025 pela Paris Filmes.
Orçamento estimado: US$ 750.000; arrecadação ~US$ 7 milhões.
A história acompanha Todd e seu cachorro Indy, que se mudam para uma antiga casa de campo (herança familiar) após um luto. A casa, há muito vaga, revela-se assombrada — mas só o cão consegue perceber completamente as entidades invisíveis, amedrontando-se com cantos vazios, rastros, visões do que aconteceu antes. Enquanto Todd sucumbe às forças sobrenaturais, Indy toma para si a tarefa de proteger seu dono.
O que distingue Good Boy é que a narrativa é vista através da perspectiva do cão — enquadramentos, foco visual e imersão são pensados para colocar o espectador no “nível dos olhos” de Indy.
Originalidade no ponto de vista: Poucos filmes de terror adotam a perspectiva de um animal e a tratam como protagonista — aqui, o cão não é coadjuvante, mas o “herói” da trama. Críticos destacam isso como refrescante.
Empatia emocional: A lealdade e o apego de Indy ao seu dono criam uma carga emocional que vai além dos sustos — há uma mistura de terror + afeto.
Visual / atmosfera: O trabalho de câmera, o uso de sombras, o fato de ver “algo acontecendo que o humano não percebe” — tudo isso reforça o suspense de modo eficaz.
Duração enxuta: Com cerca de 73 minutos, o filme se propõe a ser direto, o que ajuda a manter ritmo.
Embora a premissa seja forte, alguns críticos apontam que o roteiro não se aprofunda tanto quanto poderia, e que há sensação de repetição na metade para o final.
Lealdade e dependência: Indy representa o amigo fiel — mas também há a dinâmica de que o humano (Todd) está vulnerável e talvez dependente, enquanto o cão se torna o protetor.
Medo do invisível / o que não vemos: O terror aqui não vem tanto de monstros explícitos, mas do que está “fora de campo” ou “que o humano não percebe” — o poder do ponto de vista animal reforça isso.
Luto & trauma familiar: A mudança para a casa de campo, o legado do avô, a casa abandonada — todos esses indicam temas de história familiar, herança, e o peso dos que vieram antes (incluindo o sobrenatural).
Inovação no gênero de casa assombrada: Ao aplicar a fórmula tradicional (mudança para casa isolada + entidade maligna) sob um prisma novo, o filme questiona o quanto ainda há para explorar no terror
Tem potencial para discussões de técnica (câmera, enquadramento) e de história de gênero.
É relativamente curto, o que facilita a inclusão como sessão no seu menu mensal — poderia render debate sobre “como ver o mundo com outros olhos”.
Good Boy é um filme que revitaliza o horror de casa assombrada com uma abordagem criativa e emocional — apesar de não atingir profundezas máximas no roteiro, sua estética, o protagonismo animal e a carga afetiva o tornam memorável. Para amantes de terror que apreciam inovação mais do que choques extremos, é altamente recomendado.
cachorro protagonista é “real” e não ator-profissional . O cão que interpreta Indy no filme é o próprio cão do diretor Ben Leonberg.
Indy não era “treinado para cinema” da forma usual, o que gerou muitos desafios — cenas demoravam bastante para serem filmadas, pois dependiam de comportamentos naturais do animal.
Como curiosidade: no título de “personagem”, o cachorro mantém o nome “Indy” também no filme — evita-se confundir, já que o animal responde naturalmente.
Apesar de o filme ter apenas ~73 minutos de duração, as filmagens se estenderam por cerca de 400 dias/três anos porque trabalhar com o cão como protagonista (comportamentos imprevisíveis) exigiu muito tempo.






















































