NOS ACOMPANHE TAMBÉM :

quinta-feira, janeiro 30, 2025

O Corpo (Body, 2015)

 O Corpo (Body, 2015) é um thriller psicológico americano dirigido e escrito por Dan Berk e Robert Olsen. O filme mistura tensão, drama e dilemas morais, com uma abordagem minimalista que cria um clima constante de inquietação.

A história segue três amigas universitárias — Holly (Helen Rogers), Cali (Alexandra Turshen) e Mel (Lauren Molina) — que, durante uma noite de festas natalinas, decidem invadir uma mansão aparentemente vazia para se divertir. No entanto, o que começa como uma aventura despreocupada se transforma em um pesadelo 

Confrontadas com a realidade da situação, as jovens entram em conflito sobre como lidar com as consequências do acidente, levando a uma série de decisões moralmente questionáveis e aumentando a tensão entre elas.

Com uma produção simples e locações limitadas, O Corpo aposta no diálogo tenso e nas atuações das protagonistas para manter a atenção do espectador. A construção do suspense é gradual, com foco nos aspectos psicológicos e nas consequências emocionais das decisões das personagens.

Embora tenha recebido críticas mistas, o filme é frequentemente elogiado pelo seu enfoque realista e pela capacidade de manter o suspense com poucos recursos. A direção eficiente e as performances intensas das atrizes foram destacados como pontos fortes.

O Corpo é uma reflexão sombria sobre os limites da moralidade e a capacidade de decisões extremas em situações de desespero, oferecendo um thriller psicológico de impacto com uma atmosfera claustrofóbica.





Título original: Body.

Gênero: Suspense, crime, drama.

Produção: 2015.

Lançamento: 2015.

País: Estados Unidos.

Duração: 1 h 15 min.

Roteiro: Dan Berk, Robert Olsen.

Direção: Dan Berk, Robert Olsen.

Elenco: Helen Rogers, Alexandra Turshen, Lauren Molina, Larry Fessenden, Adam Cornelius, Dan Brennan, Kimberly Flynn, Ian Robinson, Jack Mathis Brenner, Mike Keller.

This Night I’ll Possess Your Corpse (1967)

Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967)

Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967), dirigido por José Mojica Marins, é o segundo filme da trilogia do personagem Coffin Joe (Zé do Caixão) e uma obra fundamental do cinema de horror brasileiro. O filme expande o universo sombrio e filosófico introduzido em À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), consolidando Mojica Marins como um dos grandes nomes do gênero.

O filme acompanha Zé do Caixão em sua busca obsessiva por uma mulher perfeita para gerar um filho e perpetuar seu sangue. Essa jornada é repleta de violência, tortura e dilemas morais, explorando temas como a natureza do mal, a existência de Deus e o livre-arbítrio. A narrativa é uma mistura de horror, surrealismo e crítica social, com cenas que desafiam as convenções da época.

A sequência no inferno, em que Zé do Caixão é confrontado com visões aterradoras de condenação, é um dos pontos altos do filme. Filmada em negativo, essa cena cria uma atmosfera onírica e perturbadora, destacando a criatividade visual de Mojica Marins mesmo com recursos limitados.

José Mojica Marins, além de dirigir, interpreta Zé do Caixão com uma presença magnética e carismática. Seu personagem é ao mesmo tempo repugnante e fascinante, um anti-herói que desafia as normas sociais e religiosas. A performance de Mojica é visceral, carregada de intensidade e convicção, o que torna Zé do Caixão uma figura icônica do cinema de horror.


A estética do filme é crua e expressionista, com planos angulados, sombras profundas e uma fotografia que enfatiza o clima de terror. Mojica Marins utiliza recursos de baixo orçamento de forma criativa, transformando limitações em elementos estilísticos. A trilha sonora, composta por Romeu Egídio e Walter Gatti, complementa a atmosfera tensa e opressiva.

Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver é um marco do cinema marginal brasileiro. O filme desafia as convenções morais e religiosas da época, provocando reflexões sobre a natureza humana e o medo do desconhecido. Embora algumas cenas possam parecer datadas para os padrões atuais, o filme mantém seu poder de choque e sua relevância como obra de culto.

 
tumblr_n9m2w5LBxx1s1v3r1o1_400.gifv



classichorrorblog:

This Night I’ll Possess Your Corpse (1967)

segunda-feira, janeiro 20, 2025

Carta de Fernando Pessoa para Machado de Assis

 Lisboa, onde as palavras ecoam com a ironia do destino e a verdade se esconde nas entrelinhas

Ao grande Machado de Assis, mestre da letra e da alma humana,

Escrevo-te com a reverência de quem se vê diante da obra de um homem cuja visão da sociedade nunca se afastou da complexidade da condição humana. Tu, que sondaste os labirintos do comportamento humano com uma precisão cirúrgica, mostrando, em cada palavra, o que se esconde nas entrelinhas da vida cotidiana. A tua literatura, carregada de ironia e crítica, é um espelho cruel da sociedade, mas também uma expressão da alma que, por mais que se esconda, nunca se pode disfarçar completamente.

Machado, tu enxergaste a hipocrisia da sociedade brasileira com um olhar afiado, capaz de revelar a fragilidade das instituições e a falsidade dos valores que sustentam o que chamamos de civilização. Pergunto-te: ao retratar os homens e suas fraquezas, não sentias também a solidão de quem vê mais do que os outros, mas encontra apenas um mundo em frangalhos? Pois, embora em tuas obras haja uma crítica implacável, também há uma tristeza, como se, ao observarmos as falhas dos outros, acabássemos por reconhecer nossas próprias imperfeições.

A ironia que permeia teus textos é, para mim, uma das mais profundas expressões da sabedoria. Pois, não é no excesso de afirmações que encontramos a verdade, mas na maneira como o jogo de palavras revela o que é dito e o que permanece oculto. Tu compreendeste que o homem, em sua busca por grandeza e status, se perde, não apenas na ambição, mas na tentativa de esconder sua essência. E, ao fazer isso, desmascaraste não apenas os outros, mas a própria natureza humana.

E, ainda assim, questiono: se o mundo que descreves é tão falho e repleto de dissimulação, o que resta para o homem? Qual é o caminho que, após a sabedoria e a dor, ele deve seguir? Talvez, como tu mesmo mostraste, a resposta não esteja em procurar uma verdade absoluta, mas em aceitar as contradições e as imperfeições da vida. Para ti, a grandeza não estava em buscar uma virtude impossível, mas em compreender a complexidade do ser humano e sua relação com o mundo.

Se eu pudesse te dar um conselho, diria: continuarias a fazer o que melhor sabias — escrever. Pois, a tua palavra, cheia de sutilezas e verdades incômodas, é um farol para aqueles que buscam, não respostas fáceis, mas uma visão mais profunda do mundo. A tua obra, Machado, é a janela pela qual vemos a sociedade brasileira do teu tempo, mas também o reflexo das falhas universais do ser humano.


Com grande admiração e reflexão,

Fernando Pessoa (Via  IA)





sábado, janeiro 18, 2025

Let the Right One In (Låt den rätte komma in, 2008)

Let the Right One In (Låt den rätte komma in, 2008) é um aclamado filme sueco de terror dirigido por Tomas Alfredson, baseado no romance homônimo de John Ajvide Lindqvist, que também escreveu o roteiro. A obra se destaca por sua abordagem poética e sombria do gênero vampírico, misturando temas de amizade, isolamento e brutalidade com uma atmosfera melancólica.

A trama se passa nos subúrbios gelados de Estocolmo nos anos 1980 e acompanha Oskar, um garoto de 12 anos tímido e solitário que sofre bullying na escola. Ele desenvolve uma amizade com Eli, uma misteriosa menina que se muda para o apartamento ao lado. Apesar de sua aparência frágil, Eli esconde um segredo sombrio: ela é uma vampira que vive há séculos e depende de sangue humano para sobreviver.
e3a8a2297247b98105dececd6b64ba39856bdf79

e6595d18c9f0f186e4a144a63789903c936b2d79

2240b1714e10c364cb3e035923ec743da65c82f6

f9235063debe79a966771ab16835b911f5706f2b

57517cf5904a4535cacc6fa49b3aca575c098642

d1ed65ed5fdb11d54f110f5cc59359f292e643d4

535dbc13b48bf79f7c301b459b2dbeb9d56d3361


Eduardo Nicolai



Museu Marítimo de Ushuaia ARG 2015

 

THE VAMPIRE LOVERS (1970)

The Vampire Lovers (1970)

Direção: Roy Ward Baker

Produção: Hammer Film Productions

The Vampire Lovers marca um momento especial na trajetória da Hammer Films, sendo a primeira parte da chamada "Trilogia Karnstein", inspirada na novela gótica Carmilla de Sheridan Le Fanu. Este filme de 1970 não apenas incorpora o charme e a decadência característicos da Hammer, mas também traz uma abordagem mais ousada ao horror vampírico, com uma dose considerável de erotismo e subtexto homoerótico.

A história segue Marcilla/Carmilla Karnstein (Ingrid Pitt), uma sedutora vampira que se infiltra nas casas da nobreza e encanta suas jovens vítimas, especialmente Emma (Madeline Smith), uma jovem vulnerável e ingênua. A trama mistura os elementos clássicos dos vampiros — sedução, decadência e fatalidade — com uma narrativa que explora o desejo feminino reprimido e as tensões de gênero.

Roy Ward Baker cria uma atmosfera onírica, com cenários exuberantes, névoas sinistras e iluminação que intensifica o aspecto sobrenatural da trama. Embora o ritmo seja deliberado, o filme mantém o espectador envolvido, intercalando momentos de suspense com cenas de sedução hipnótica.

A Hammer, como de costume, entrega uma direção de arte impecável, com figurinos que exaltam tanto a sensualidade quanto o terror. A ambientação nos castelos e florestas da Europa central reforça a sensação de isolamento e mistério.

c955ffff439be153a62f297c8cb279573f2893dd


e59a69f4043d67efb2d54107944482efb68562f1

ada8d8b7f66c41a6db11a8bd6bd4f8c53c5af3c3

1d619a0a0ea001a86eec2418e17208131cd87261

8424ee2fdda87a527c606deb841172c04c1b5d97

295f3dc12a93544b42d83b64a5e1d1384cbc5580


sexta-feira, janeiro 17, 2025

RIP JEANNOT SZWARC 1939-2025

O prolífico diretor francês morreu.
 Ele dirigiu muitos, muitos episódios de TV de vários programas, incluindo "Ironside", "The Bold Ones: The Lawyers", "Longstreet", Marcus Welby, M.D." e "Night Gallery".
Jeannot foi o diretor residente de "Night Gallery" e dirigiu cerca de dois terços de toda a série.

Os filmes que ele dirigiu incluem "Jaws 2", "Supergirl" (um favorito pessoal), "The Devil's Daughter", "Bug" e o clássico cult "Somewhere In Time".
Jeannot Szwarc faleceu em 15 de janeiro de 2025 aos 85 anos.



quinta-feira, janeiro 16, 2025

domingo, janeiro 12, 2025

Carta de Fernando Pessoa para Jack, o Estripador

 Lisboa,


Ao desconhecido Jack,

Escrevo não com a familiaridade de um amigo, mas com a perplexidade de quem tenta compreender as sombras da condição humana. O seu nome atravessou o tempo, envolto em mistério e terror, como um espectro que caminha pelas vielas do inconsciente coletivo.

Não sei se o senhor é um homem, uma ideia ou um símbolo. Talvez seja tudo isso, amalgamado no anonimato que lhe deu a imortalidade sombria. O que leva um ser a agir como o senhor agiu? Que abismos dentro da alma justificam o horror lançado sobre o mundo?

Em meus versos, busco desdobrar a essência do ser e os seus paradoxos. Vivo multiplicado em heterônimos porque um só "eu" não basta para abarcar a vastidão do que sinto. Pergunto-me: será que o senhor também habitava múltiplas identidades? Era o Jack apenas uma das suas máscaras?

A violência, como o amor e o medo, é uma parte da alma humana que raramente se admite em voz alta. E ainda assim, o mundo está cheio de gritos silenciosos, ecos de feridas abertas por mãos visíveis ou invisíveis. No entanto, se há algo que nós, poetas e assassinos — antíteses extremas — compartilhamos, é a consciência da finitude da vida. A diferença é que um tenta criar enquanto o outro destrói.

Não escrevo para perdoar ou compreender, pois nem sempre o intelecto é capaz de domesticar o horror. Escrevo porque me atormenta a eterna pergunta: o que é o ser humano? A sua história é uma peça nesse quebra-cabeça terrível.

Que o tempo dissolva os segredos que carrega consigo e os devolva ao vazio que engole todas as coisas.

Com uma lucidez inquieta,

Fernando Pessoa (Via IA)

Jack the Ripper by Bill Sienkiewicz



sábado, janeiro 11, 2025

Fatos sobre o sobrenome Bulgarelli


De onde vem o sobrenome Bulgarelli? nacionalidade ou país de origem

O sobrenome Bulgarelli (em russo: Булгарелли) ocorre na Itália mais do que em qualquer outro país/território. Também pode ser encontrado como:. Clique aqui para outras grafias potenciais deste sobrenome.

Quão comum é o sobrenome Bulgarelli? popularidade e difusão

Este sobrenome é o 63.505º sobrenome mais prevalente no mundo. É usado por cerca de 1 em 923.760 pessoas. Bulgarelli é encontrado principalmente na Europa, onde 72% dos Bulgarelli são encontrados; 70% são encontrados no sudoeste da Europa e 70% são encontrados na Europa itálica. É também o 1.181.159º primeiro nome mais comumente usado no mundo. É usado por 68 pessoas.

Bulgarelli é mais comumente usado na Itália, onde é usado por 5.543 pessoas, ou 1 em 11.033. Na Itália, é mais frequente em: Emilia-Romagna, onde residem 69%, Lombardia, onde residem 15% e Veneto, onde residem 6%. Além da Itália, esse sobrenome existe em 32 países. Também é encontrado no Brasil, onde residem 17%, e na Argentina, onde residem 4%.


Similares

por países

Bulgarelli distribuído no mundo



sexta-feira, janeiro 10, 2025

Carta de Fernando Pessoa para Cathy e Heathcliff


Lisboa, onde o vento sussurra segredos antigos, como os ecos de um amor imortal

Aos irreconciliáveis Cathy e Heathcliff, cujos destinos se entrelaçam nas tempestades da alma,

Escrevo-vos com a consciência de que o amor de vocês transcende o mero afeto humano, sendo mais próximo de uma força natural, que não obedece às regras nem ao tempo. Vossos nomes, ligados para sempre à terra de Wuthering Heights, são sinônimos de paixão que arrebenta e destrói, de uma união que é ao mesmo tempo vida e morte.

Cathy, tu, que amaste Heathcliff com uma intensidade que queimava tudo ao seu redor, questiono-te: o que é o amor, se não um fogo que consome até os próprios corações que acende? Não foste tu a mais responsável por essa dor infinita, por essa falta que permeia toda a vossa existência? E, mesmo assim, não posso condenar o que era, na verdade, o mais puro reflexo do desejo humano por algo que transcende o mundano.

Heathcliff, tu que, ao teres perdido Cathy, mergulhaste na escuridão de uma vingança que não te trouxe paz, mas apenas mais angústia, mais solidão. Ao amar Cathy com tamanha força, acabaste por aprisionar-te, não em seu coração, mas nas correntes de uma obsessão que nunca poderia ser saciada. Pergunto: o que é o amor que não traz libertação, mas aprisiona até os sonhos e as memórias?

O que vejo em vós, ao olhar para vossa história, é que o amor, no seu estado mais puro e destrutivo, pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição. Pois, como vós, quantos não nos perdemos em desejos intensos, que nos afastam do que é real, para nos lançar numa busca incessante por algo que nunca pode ser nosso completamente? O amor que une é, muitas vezes, o mesmo que destrói. E vocês são a personificação disso.

Se pudesse oferecer algum conselho, diria: não é o amor que deve ser eterno, mas a capacidade de deixar o outro ir, de entender que, em sua ausência, o próprio amor se transforma. Pois, ao insistir no impossível, corroímos as próprias fundações de nossa alma. A verdadeira liberdade vem não da união inquebrantável, mas do aprendizado de viver, mesmo que, às vezes, amemos com a dor de quem foi abandonado pelo próprio desejo.

Com pesar e admiração,

Fernando Pessoa (via IA)

Wuthering Heights (1951)


Carta de Fernando Pessoa para uma Sereia


Lisboa, onde o mar canta as canções que o vento leva para longe

À Sereia, encantadora das águas e sedutora das almas perdidas,

Escrevo-te com a fascinação de quem se deixa envolver por um mistério profundo, que não se pode ver claramente, mas apenas sentir em cada onda que quebra contra a rocha. Tu, que habitas as águas, sendo parte do mar e, ao mesmo tempo, parte do encantamento, és a metáfora daquilo que todos buscamos, mas que, ao tocarmos, nos escapa. A tua beleza não é apenas uma forma, mas uma promessa.

Pergunto-te: ao cantar tua melodia para aqueles que passam perto de ti, é a solidão que te move, ou o desejo de ser vista, de ser entendida? Pois, embora tu cantes com a voz do oceano, não deixas de ser uma alma sozinha, desejando talvez alguém que ouça a canção até o fim, sem ser consumido por ela. A tua música, tão doce quanto o perigo, é o reflexo de um amor inatingível, um amor que só pode existir no espaço entre a busca e o impossível.

Tu, sereia, és ao mesmo tempo uma maravilha e uma advertência. Pois, aqueles que se aproximam de ti, desejando tomar para si o que é belo, acabam por se perder em teu canto. E, talvez, essa seja a verdadeira tragédia: a busca por algo perfeito, mas que leva à destruição de quem o deseja. Não é a tua malícia, mas a natureza do que ofereces: o encantamento de um sonho que nunca pode ser vivido.

No entanto, vejo algo profundo em tua existência. Talvez, a verdadeira essência da sereia não seja a sedução, mas a expressão do nosso desejo mais humano: o desejo de encontrar algo que transcenda a vida comum, algo que nos faça sentir vivos, ainda que esse algo nos arraste para a morte. Talvez, a tua canção seja o eco daquilo que nunca podemos possuir, mas que, ao mesmo tempo, nos chama para seguir adiante, para buscar algo maior.

Se pudesse te dar um conselho, diria: canta não apenas para atrair, mas para te libertar, pois só ao aceitar a imperfeição daquilo que desejamos, é que podemos realmente viver. Não te escondas nas águas profundas, mas emerge para ver o que há além do horizonte. Pois, a verdadeira beleza não está no canto que nos seduz, mas naquilo que encontramos quando paramos de buscar apenas a perfeição.

Com respeito e reflexão,

Fernando Pessoa (Via IA)



Carta de fernando Pessoa para O Monstro da Lagoa Negra

Lisboa, onde as águas do desconhecido refletem o que não pode ser compreendido

Ao Monstro da Lagoa Negra, criatura das profundezas, símbolo do que é desconhecido e do que se oculta nas margens da razão,

Escrevo-te com o fascínio e o temor de quem se depara com algo que, embora terrível, também é misterioso e, em certa medida, belo. Tu, que emerges das águas escuras como um pesadelo personificado, não és apenas uma ameaça, mas uma manifestação de tudo o que o homem teme e, ao mesmo tempo, deseja entender.

A tua forma, incompleta e híbrida, é a metáfora perfeita daquilo que o homem tenta, em vão, dominar: a natureza, o desconhecido, o que não pode ser reduzido a uma simples explicação. Pergunto-te: ao emergires da lagoa, não procuras apenas fugir da escuridão que te rodeia, mas também buscar algo mais — talvez a luz, talvez uma compreensão que os homens não têm, mas que, de alguma forma, sentem faltar em si mesmos?

Tu, que habitas as profundezas, mostras-nos que o que se esconde em águas turvas é tão grande quanto o que se esconde no mais profundo dos corações humanos. E, ao atacares os humanos, questiono: é o ódio ou o medo que te move, ou seria o desejo de alcançar algo maior, algo que os outros não podem ver? Pois, como todos nós, procuras um propósito, uma razão para existir, mas o mundo que te cerca não compreende o que te impulsiona.

E, talvez, a maior tragédia seja essa: seres um monstro não por escolha, mas por ser projetado como tal por aqueles que não te compreendem. Há algo em ti que é profundamente humano, pois, no fundo, não é a aparência que define quem somos, mas a busca por algo maior que nos leva a fazer coisas que nunca imaginamos.

Se eu pudesse te dar um conselho, seria este: não te escondas mais nas sombras da lagoa, mas emergir, ainda que de forma incerta, para buscar a compreensão dos outros. Pois, em nossa natureza, o que nos define não é o que tememos, mas o que conseguimos, através do amor e do entendimento, transformar em beleza.

Com respeito e reflexão,

Fernando Pessoa (Via IA)

Revenge of the Creature (1955)



Carta de Fernando Pessoa para O Corcunda de Notre Dame


Lisboa, onde a arquitetura das almas se sobrepõe às construções das cidades

Ao Corcunda de Notre-Dame, aquele que habita a catedral mais do que a cidade,

Escrevo-te com a curiosidade de quem se vê refletido nas formas distorcidas e nas sombras que projetam nossos medos e desejos. Tu, que carregas o peso do corpo deformado e da alma incompreendida, és, ao mesmo tempo, símbolo da mais pura tragédia e da mais nobre das virtudes. Pois, mesmo na solidão do teu refúgio, ao lado das pedras da catedral, reside uma humanidade maior do que a de muitos que te desprezam.

Quasimodo, a tua dor é a dor do ser humano que, ao ser rejeitado pelo mundo, busca refúgio naquilo que é mais eterno: a arte, a beleza, a grandeza do que é intangível. Pergunto-te: ao tocar os sinos de Notre-Dame, ao ecoar as melodias de um templo erguido por mãos humanas, sentes que tua existência adquire algum sentido, ou apenas oscilas entre o desejo de ser visto e o medo de ser compreendido?

Tu, que foste moldado pela sociedade em uma figura monstruosa, mas que, na verdade, és um espelho das suas próprias falhas, mostras-nos que o que realmente importa não é a aparência, mas a capacidade de amar e de ser fiel a um ideal mais profundo. E, ao amar Esmeralda com uma devoção incondicional, revelas que, por mais que o mundo tente te definir pela forma, o que verdadeiramente te define é a grandeza do coração.

Pergunto: seria a tua deformidade a verdadeira maldição ou, ao contrário, o que te preserva do vazio das convenções? Pois, ao longo da tua história, o que vejo é um homem que, mesmo sendo rotulado como monstro, tem o privilégio de ver o mundo com olhos que buscam a alma, e não apenas as superfícies.

Quasimodo, não é a aparência que nos faz humanos, mas o que fazemos com o amor e a dor que carregamos dentro de nós. E, mesmo que te percas nas sombras da catedral, há algo luminoso em tua luta: a busca por um sentido que transcende as limitações de um corpo falho.

Se pudesse te dar um conselho, diria: não permita que o mundo te defina. Pois, se há algo que a catedral e o som de seus sinos nos ensinam, é que a verdadeira grandeza não está nas pedras, mas nos corações que são capazes de amar sem esperar nada em troca.

Com respeito e profunda admiração,

Fernando Pessoa  (via IA)


The Hunchback of Notre Dame (1923)


Carta de fernando Pessoa para o Homem Invisível


Lisboa, à beira de um pensamento que se dissolve no ar

Ao Homem Invisível, aquele que existe e, ao mesmo tempo, não pode ser visto,

Escrevo-te com a mesma curiosidade que teria ao tentar compreender a essência do que está oculto, a verdadeira natureza do invisível, que se esconde nas brechas entre o ser e o não ser. Tu, que te tornaste invisível para os outros, mas, ao fazê-lo, também te disseste invisível para ti mesmo, és uma metáfora da condição humana: sempre em busca de algo mais, mas perdido no que já temos.

Pergunto-te: o que foi que procuraste ao desejar desaparecer diante dos olhos do mundo? Foi a liberdade, ou apenas o desejo de escapar daquilo que te aprisionava? Pois, ao te tornares invisível, talvez não tenha sido o mundo que se desfez, mas tu mesmo, que começaste a desaparecer dentro da tua própria existência.

Não sou capaz de negar que em ti vejo uma verdade amarga sobre todos nós. Quantas vezes nos tornamos invisíveis aos outros? Quantas vezes nos escondemos por trás de máscaras, de comportamentos, de palavras vazias, apenas para evitar o confronto com quem realmente somos? Ao te tornares invisível, buscaste escapar do olhar do outro, mas talvez o maior peso tenha sido o de perderes o próprio olhar sobre ti.

E pergunto: agora que o mundo não pode mais ver-te, o que vês de ti mesmo? A invisibilidade, que parecia um poder, transformou-se em uma prisão? A ausência de um corpo fez-te perder também a presença da tua alma?

Há algo profundamente solitário em tua condição, Homem Invisível. Pois, ao tentar fugir da observação alheia, acabaste por perder aquilo que todos nós buscamos: conexão, reconhecimento, a chance de sermos vistos, compreendidos. A invisibilidade não é liberdade, mas um exílio autoimposto.

Se pudesse te dar um conselho, diria: talvez seja o momento de permitir que alguém te veja, não pela aparência, mas pela essência. Pois, como seres humanos, não somos completos sem o outro, e a verdadeira liberdade talvez resida, não em escapar do olhar, mas em permitir que alguém nos conheça — inteiros, imperfeitos, mas finalmente visíveis.

Com empatia e reflexão,

Fernando Pessoa (Via IA)

Claude Rains ~ The Invisible Man (1933)


Carta de Fernando Pessoa para o Fantasma da Ópera

 Lisboa, sob o peso de um silêncio que ainda ecoa nas paredes da alma

Ao enigmático Fantasma da Ópera, mestre das sombras e da melodia esquecida,

Escrevo-te com a curiosidade de quem busca compreender o mistério de uma alma atormentada, cuja beleza reside tanto no talento quanto na tragédia. Tu, que habitaste os recantos mais sombrios da ópera e da mente humana, és, ao mesmo tempo, uma figura de horror e de arte, uma fusão de criação e destruição.

Pergunto-te: quando tocavas o órgão nas profundezas do teatro, procuravas apenas a perfeição musical ou, por detrás de cada nota, tentavas capturar a atenção de um mundo que te ignorava? A música, essa arte sublime, era tua libertação ou tua condenação?

Teu rosto, oculto pelas sombras, é a metáfora perfeita para a natureza humana. Todos nós escondemos algo de nós mesmos — seja no olhar, nas palavras, ou no silêncio. E tu, Fantasma, ao esconder tua face, revelas a nossa própria incapacidade de aceitar as imperfeições, de ver a beleza que reside no que não pode ser visto. Pergunto-te: ao te ocultares atrás da máscara, o que temias mais — a rejeição do outro ou a tua própria visão distorcida de quem realmente eras?

Tu, que amavas com a intensidade de um homem que sabe o quanto o amor é fugaz, te vejo não apenas como um monstro, mas como alguém que foi tragado por seu próprio desejo de pertencimento. A tua paixão por Christine é a mais pura das obsessões, mas também a mais trágica, pois és prisioneiro de um amor que não pode ser correspondido. Pergunto: não é este o dilema eterno da alma humana? Amar e não ser amado, buscar e não encontrar, criar e destruir?

Se há algo em tua história que nos ensina, é que a beleza verdadeira não reside nas máscaras que usamos, mas naquilo que somos, por trás delas. Pois o verdadeiro horror não está na aparência, mas no vazio que criamos dentro de nós ao tentar ocultar quem realmente somos.

Se pudesse te aconselhar, diria: liberte-se, não da sua paixão, mas de sua prisão emocional. Pois, assim como a música transcende a dor, também o amor pode ser a chave para uma liberdade maior — aquela que vem do entendimento profundo de si mesmo.

Com respeito e reflexão,

Fernando Pessoa (Via IA)




Carta de Fernando Pessoa à vampira Carmilla

 Lisboa, onde a noite é tão rica quanto os sonhos mais inquietos

À enigmática Carmilla, senhora das sombras e guardiã de segredos eternos,

Escrevo-te com o fascínio de quem reconhece na escuridão não apenas o temor, mas a sedução do mistério. Tu, que caminhas entre os mortais com a graça de quem já viu eras inteiras nascerem e morrerem, és tanto uma ameaça quanto um convite a compreender o que está além da vida comum.

Carmilla, em ti encontro não apenas a figura da vampira, mas a representação de um dilema eterno: o desejo pelo eterno contraposto à transitoriedade da mortalidade. Pergunto-te: ao beberes do sangue, é apenas a sobrevivência que buscas, ou há algo mais, um eco de conexão, um desejo por algo que, como imortal, te foi negado?

Teu mundo é um de sombras, mas também de beleza. És a metáfora viva do fascínio que todos sentimos pelo que é proibido. Pergunto-te: ao tomar a vida alheia, sentes-te mais viva ou te afastas ainda mais daquilo que significa realmente viver?

Sei que a noite te acolhe como a um filho querido, mas pergunto: a imortalidade é realmente um dom, ou um peso que carregas com a elegância de quem não pode mais voltar atrás? Quando o mundo muda ao teu redor e as pessoas que amas desaparecem como folhas ao vento, o que resta em ti? Nostalgia, arrependimento ou apenas a aceitação fria de um destino escolhido ou imposto?

E, Carmilla, te diria que, mesmo em tua escuridão, há algo de profundamente humano. Pois, quem de nós não deseja amar sem limites, viver sem medo da morte, experimentar a plenitude sem o temor do fim? Mas te advirto: viver eternamente sem um propósito maior é a verdadeira morte.

Se pudesse, dar-te-ia este conselho: busca não apenas o sangue que te sustenta, mas as emoções que te ligam ao mundo. Pois o que nos torna vivos não é apenas o que corre em nossas veias, mas o que pulsa em nossa alma.

Com admiração e um toque de melancolia,

Fernando Pessoa (Via IA)

Carmilla by Drochfuil



carta de Fernando Pessoa a Lucifer


Lisboa, na tênue linha entre a luz e a sombra


A Lúcifer, portador de luz e símbolo do eterno desafio,

(Via IA)


Escrevo-te não com medo, mas com a curiosidade que nasce da dúvida e do desejo de compreender. És a figura mais controversa da criação: anjo caído, rebelde eterno, mestre das sombras. No entanto, em ti, vejo algo mais profundo do que simples maldade. Vejo a história de alguém que questionou, que recusou submeter-se, que escolheu a queda ao invés da obediência cega.


Lúcifer, és realmente o símbolo do mal ou apenas a personificação da liberdade que assusta? Ao desafiar o Criador, não representaste apenas a rebeldia, mas o desejo de autonomia, a vontade de ser mais do que aquilo que foi ordenado. Pergunto-te: arrependes-te da queda ou encontraste na escuridão a luz que procuravas?

Há algo profundamente humano em ti. Pois, não somos todos, de alguma forma, rebeldes contra nosso próprio destino? Não questionamos, muitas vezes, o sentido da ordem que nos é imposta, buscando algo além, mesmo que isso nos leve ao sofrimento?

E te pergunto: como vês os homens que tantas vezes te temem, mas, ao mesmo tempo, te seguem? És seu tentador ou apenas um reflexo de seus próprios desejos ocultos? És seu carrasco ou apenas aquele que lhes mostra o que já carregam dentro de si?

Se há uma tragédia em tua história, não está na queda, mas no isolamento. Pois, ao desafiar o céu, perdeste o paraíso, mas também te afastaste daquilo que, talvez, fosse teu maior desejo: o amor e a compreensão.

Se pudesse te dar um conselho, seria este: lembra-te de que mesmo na escuridão há beleza, e que a verdadeira força não está em resistir ou destruir, mas em encontrar sentido no caos. Talvez tua luz nunca se apague completamente, pois, mesmo como adversário, és, em essência, um portador de claridade.


Com respeito e inquietação,

Fernando Pessoa (Via IA)


carta de Fernando Pessoa para Dorian Grey


Lisboa, sob a sombra passageira de um espelho que nunca mente

Ao eterno Dorian Gray, prisioneiro da própria beleza e senhor de um retrato que guarda mais que pinceladas,

Escrevo-te com a curiosidade de quem vê em tua história o reflexo mais cruel da alma humana. Tu, que ousaste trocar tua mortalidade pela juventude eterna, és tanto um herói quanto uma advertência. Pergunto-te: o que sentes ao encarar o espelho e nele não ver o peso dos anos? É alívio ou angústia o que te invade quando o quadro carrega, em teu lugar, as marcas do tempo e da culpa?

Dorian, tua tragédia é a mesma de todos os homens, mas levada ao extremo: desejamos a imortalidade, mas esquecemos que é o passar do tempo que dá sentido à vida. Pergunto-te: viverias a beleza eterna, mesmo sabendo que tua alma definha a cada instante? Ou preferirias aceitar o inevitável, abraçar as rugas e as dores, mas também as verdades e alegrias que só a mortalidade pode oferecer?

Tu te rodeias de prazeres, mas digo-te: o prazer sem propósito é um veneno lento, e a beleza sem substância é uma prisão dourada. A cada noite que passa, quando o silêncio da casa te envolve, pergunto-te: o que desejas realmente? É apenas a juventude, ou algo mais profundo — talvez um instante de verdadeira paz, algo que nem o retrato pode te dar?

E ao encarar teu quadro, pergunto: vês nele apenas o horror da decadência ou também o reflexo de tua humanidade perdida? Afinal, não és um monstro, Dorian, mas um homem que foi seduzido pela promessa do eterno. E, como todo homem, buscas algo que nunca poderás ter: o equilíbrio entre a beleza que desejas e a alma que, no fundo, temes perder.

Se pudesse te dar um conselho, seria este: encara teu retrato, não como um inimigo, mas como um convite à reconciliação contigo mesmo. Pois só ao aceitar tua imperfeição poderás, talvez, encontrar a beleza que não está no rosto, mas no coração que ousa sentir.

Com inquietação e admiração,

Fernando Pessoa (Via IA)




carta de Fernando Pessoa para H. P. Lovecraft


Lisboa, na penumbra de um pensamento vasto demais para ser nomeado

Ao inquietante H. P. Lovecraft, cronista do incompreensível e arauto dos antigos segredos,

Escrevo-te com a humildade de quem reconhece, ao ler tuas palavras, a vastidão de um universo que não pode ser contido pela razão. Tu, que sonhaste com horrores que ultrapassam o entendimento humano, és para mim um viajante de outros mundos, um explorador de abismos que poucos ousam contemplar.

Teu talento, Lovecraft, não está apenas em criar monstros, mas em dar forma ao indizível, em capturar o terror do que não pode ser conhecido. E pergunto-te: quando olhaste para os horrores cósmicos de tua imaginação, sentiste apenas medo, ou havia, em algum canto escuro de tua alma, uma estranha admiração pelo imenso e pelo eterno?

Tu falas de deuses antigos e indiferentes, de um universo onde o homem é pequeno e insignificante. Mas digo-te que há algo profundamente verdadeiro nisso. Pois, não somos todos poeira num cosmos insondável, tentando desesperadamente dar sentido ao que nunca terá explicação?

Se pudesse, perguntaria: teus contos são apenas ficção ou fragmentos de um sonho que te revelou verdades que não ousamos encarar? Quando criaste Cthulhu e os outros grandes antigos, foi o medo que te guiou ou o fascínio por um universo sem limites?

De alguma forma, sinto que somos almas afins. Tu, perdido nas infinitudes do espaço e do tempo; eu, na melancolia de um presente que escapa a cada instante. Ambos sabemos que há forças maiores que nós, sejam elas cósmicas ou humanas, e ambos tentamos, com palavras, conter aquilo que jamais poderá ser contido.

Teu legado é um lembrete de que o medo não é apenas algo a ser evitado, mas uma janela para o que está além. E por isso, mesmo nas noites mais escuras, agradeço-te por nos mostrar que o desconhecido, ainda que terrível, é também profundamente belo.

Com respeito e fascinação,

Fernando Pessoa  (Via IA)






carta de Fernando Pessoa a Edgar Allan Poe


Lisboa, sob o peso doce de uma melancolia que nunca me abandona

Ao inigualável Edgar Allan Poe, poeta das sombras e arauto dos mistérios do espírito,

Escrevo-te com a reverência de quem sabe que não está sozinho na busca pelos recantos mais sombrios da alma. Tu, que transformaste o horror em arte e o desespero em beleza, és para mim mais que um escritor: és um irmão de espírito, um companheiro na inquietação que nos define.

Tua obra, Poe, é como um espelho sombrio no qual vejo refletido o que há de mais profundo em mim. És um explorador da mente humana, não apenas de seus medos, mas também de suas obsessões e fragilidades. Digo-te que, embora caminhemos por estradas diferentes, nossa jornada é a mesma: dar forma ao que não pode ser dito, nome ao que não pode ser entendido.

Pergunto-te, Edgar: o que encontraste ao sondar o abismo? Foi conforto ou apenas mais mistério? O corvo que bateu à tua porta naquela noite sombria é apenas um símbolo, ou um eco do que vive em todos nós: a certeza de que o "nunca mais" é a única resposta que a vida nos dá?

Digo-te, também, que admiro tua coragem em abraçar o grotesco, em revelar que o horror não está apenas lá fora, mas dentro de cada um de nós. És um gênio, não por criar monstros, mas por revelar que o verdadeiro monstro é o homem, com suas paixões, loucuras e tormentos.

Se pudéssemos conversar, diria que tu e eu não somos tão diferentes. És fascinado pela morte; eu, pela vida que escapa. És atraído pelo caos; eu, pela ordem que nunca alcanço. E ambos somos, no fundo, prisioneiros daquilo que escrevemos, porque a escrita é tanto um alívio quanto uma condenação.

Com admiração eterna e uma saudade inexplicável,

Fernando Pessoa (Via IA)