Conheci essa bala por acaso num passeio por Guimarães, Portugal, perto
do Porto. Além de suas propriedades terapêuticas, é uma delícia. Sua composição
básica é açúcar, glucose, alteia e mel com xarope de plantas medicinais.
Álvaro Justino Matias era
um jovem que trabalhava como atendente numa mercearia em Lisboa. Já pensava em emigrar
para o Brasil até que em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, Matias
atendeu um médico francês exilado em Portugal. A partir desse dia, Dr. Bayard
passou a ser cliente assíduo e, com o passar do tempo, tornar-se-ia amigo e
próximo de Matias.
Nas horas vagas, o ele virava
guia turístico ao médico e sua família e em troca, o médico dava-lhe aulas de
francês.
Um dia, a situação econômica do
Dr. Bayard não era boa e Matias o ajudou até com comida. Quando acabou a
guerra, o médico francês e sua família regressaria para França, mas como
agradecimento, deixou a receita secreta dos “rebuçados peitorais Dr. Bayard”,
guardada dentro de uma lata pequena e redonda, com o desenho de uma pessoa a
tossir.
Em 1949, Matias começou a
fabricação, sempre com a assinatura e desenhos originais Dr. Bayard. O negócio
prosperou.
Em 1969, agora em linha industrial, surgiu a Fábrica de
Rebuçados Dr. Bayard, na rua Gomes Freire, em Amadora. Até hoje continua
no mesmo lugar. A fábrica é tocada pelo filho do fundador e pelos seus
netos.
A receita entregue por Dr.
Bayard permanece, até hoje, guardada a sete chaves, dentro da lata de metal,
num lugar bem escondido naquela fábrica da rua Gomes Freire. Nunca foi
alterada. E não será.
(*)
(*)
(* com informações do site do fabricante) |
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