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domingo, maio 22, 2016

Disco music

Título original: Disco music vive até hoje
Data: 28/Jun/96
Autor: Erika Palomino
Editoria: Ilustrada

A disco music, o som das discotecas, é o estilo musical característico dos anos 70.
Seus itens peculiares eram arranjos sofisticados, inspiração na soul music e elementos como violinos e guitarrinhas tipo "wah-wah". Potente som de baixo e de bumbo davam efeito de "peso".
Ainda, as boas melodias propiciavam a presença de divas como Donna Summer, Jocelyn Brown e Gloria Gaynor, bem como backing vocals históricos como os de Loleatta Holloway.
O fim dos anos 70 viram também o fim da era disco. Mas até isso foi influência. Sem hits para tocar, DJS como Frankie Knuckles tiveram que pôr a mão na massa, originando a house, que fez tudo andar.
Um dos revivals da disco nos anos 90 foi chamado neodisco. Trechos de hits da disco e estruturas típicas do estilo aparecem na atual produção de house/garage.
O hit "Le Freak", do Chic, inspirou-se no Studio 54. O refrão "aaaah, freak out" deveria ser "fuck off" (em tradução educada, "dane-se"'). É que seus autores foram devidamente barrados pela "door policy" de Steve Rubell.


Espaço virou casa de striptease

O Studio 54 tinha capacidade para 2.000 pessoas, mas nunca deixava a sensação de superlotação.
O projeto de iluminação foi feito por uma equipe da Broadway. Sua estrutura, bem como a da decoração, era de teatro, de modo que cada grande festa mudasse a cara da casa. A idéia era fazer com que cada noite parecesse diferente.

Com exceção do técnico de som, Richard Long, ninguém do staff havia trabalhado antes numa casa noturna, para garantir o frescor e a novidade do empreendimento.
O som, por sua vez, também era uma experiência. Possantes graves no chão faziam com que se sentisse tudo tremer. A mesma equipe -responsável pela maior parte dos clubes gays de Nova York à época- veio depois a responder ao também lendário -e extinto- Sound Factory, em Nova York.
Entre os DJS do Studio 54, tem-se notícia de Little Louie Vega, hoje top DJ/produtor.
Por algum motivo, antes de ser o Studio 54, o prédio se chamava Studio 52. Depois de uma reforma que consumiu US$ 500 mil e durou seis semanas, virou Studio 54.
Enquanto a dupla de donos estava na prisão, o Studio 54 foi comprado e depois fechado de vez em 83. O Palladium reabriu em 85 o mesmo espaço, custando US$ 10 milhões.
Virou um clube de relativo sucesso nos anos 80, o Red Zone, e depois, o novo Ritz. Antes de fechar para as reformas do Cyberdome, abrigou um clube de striptease.



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