Na biblioteca do Bar do Bulga, o livro Geração Beat (Ed.Brasiliense, 1968), uma coletânea com textos de uma galera muito pirada. E aqui está um texto de Jim Grady, um cara do Ohio, que serviu no Exército, freqüentou a New School em Manhattan e buscou a glória na Broadway escrevendo peças de teatro. Ele afirma sem rodeios a necessidade de ganhar dinheiro e tece comentários amargos sobre Sua Majestade o Dólar. “Em suma: um indivíduo rijo, sardônico e inteligente, possuindo ainda, surpreendentemente, uma grande alma. Tudo isso temperado com aquele brilhante humor irlandês”.
A Grana é Minha Bênção
Leva-me ao pólo ou às estações de água,
Arrasta atrás de mim as mulheres que se oferecem; o artista humilde é meu assistente.
Ela me introduz nas casas decentes, onde poucos entram, Já que seu nome é o primeiro em nossa terra.
Ainda que eu ande pelas veredas da pobreza miserável
Não afastarei minha vista dos lugares imundos, porque ela está comigo.
Com a mão no bolso contemplarei as dificuldades da existência e pregarei aos homens as idéias universais de trabalho e higiene;
recomendarei a todos o conforto e uma vida ensolarada.
Enquanto estiver dentro das minhas possibilidades, adotarei uma conduta extremamente generosa, ajudando aqueles que se ajudam a si mesmos.
Claro que há bastante para todos nós: não possuímos porventura uma oportunidade igual de nos salvarmos?
Parti, pois em direção aos grandes caminhos e procurai lá pelo Encarregado – ele vos fará viver numa eterna fatura.
Sim, havereis de viver uma vida aprazível, ums perfeita existência americana.
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