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sexta-feira, março 20, 2009

Umas e Outras

CONFRARIA
Depois de dois anos sem troca de idéias, os senhores De Paula, João Paulo, Reginaldo, Dirceu Herrero e Bulga voltaram a se reunir dentro da Confeitaria das Letras.

FALTARAM
Vieira, Anselmo e Carlos Venâncio

CHEGOU
Rogério Fischer.

DE PAULA
O ilustre confeiteiro Antonio Roberto De Paula foi quem reuniu todo mundo, há dois anos, no Sesc.

LOCAL
Ontem, De Paula propôs um restaurante japonês, em frente ao Bosque 2, avenida Nóbrega, atrás da Maçonaria. Além do local agradável, está estrategicamente instalado perto da casa do respectivo ilustre.

ATA
Ficou estabelecido que Antonio Roberto de Paula passará a ser chamado, a partir daquela data, de ‘Tonico’.

REGINALDO
O prestigiado petista está disponibilizando um link de acesso para a desprestigiada revista Veja: http://veja.abril.com.br/acervodigital/

RACISMO
Dirceu Herrero distribuiu um texto sobre o racismo, colocando lenha da polemica sobre o fim do feriado da consciência negra em Maringá. Ele é contra a folga no dia 20 de novembro.

CREIO
Independente se o feriado é válido ou não, o que se discute é forma de como as coisas são tratadas. O feriado havia sido aprovado pela Câmara até que a associação comercial alegou que ele “traria prejuízo’ de trinta e poucos milhões pra cidade.

IMEDIATAMENTE
O prefeito vetou o feriado e criou uma ‘Semana Afro’ em substituição.

E ENTÃO...
Até os dirigentes da associação comercial passaram a palpitar sobre a importância do negro, defendendo a semana e minimizando os efeitos do veto ao feriado.

E MAIS...
Ninguém sabe ainda como será essa semana afro, criada às pressas. Teremos o quê? Axé, afoxé, Santander, bumba-meu-boi, bunda lê lê?

DESAFIO
Se é pra fazer uma ‘Semana Afro’ que ela seja a melhor manifestação negra do Paraná, uma referencia cultural.

CASO CONTRÁRIO
Será um algo tão insosso como uma escola de samba maringaense.

CULTURA
É coisa séria. Estamos mexendo com o passado de um povo, de uma etnia, de um país que foi o último a abolir a escravidão.

DIVISÃO
Os movimentos negros de Maringá têm se posicionado. Uma parte defende o feriado e outra aceita a semana afro.

PELO FERIADO
Aracy Adorno, uma educadora consciente da importância do negro da conjuntura brasileira. Ela quer O Dia da Consciencia Negra.

PELA SEMANA
Não posso deixar de mostrar uma grande admiração pela Mãe Lurdes, uma liderança religiosa na luta pelo reconhecimento das religiões afrobrasileiras.

DIRCEU ESCREVEU
“Hoje, com orgulho, repito aos meus filhos: somos da raça negra! Não tenho nada contra a raça branca. É uma questão de aceitação do que sou: sou orgulhoso de ser brasileiro e não tenho nada contra outros povos.”,

ENTENDO...
Para um povo mestiço como somos, é importante tomarmos posições afirmativas de nossas origens. Pra que dizer que somos descendentes de europeus e esquecer o nosso discriminado lado afro? Se tenho dois braços diferentes, defenderei o lado mais fraco.


PRA FECHAR...
Aceitar que somos racistas é o primeiro passo para acabar com a hipocrisia. E com o racismo. Não é possível uma festa sem ações afirmativas e nem um feriado sem consciência.

FIM
Termino com Canto das Três Raças, música de Mauro Duarte e letra Paulo César Pinheiro na voz daquela que foi a esposa dele, Clara Nunes. Valeu Zumbi! Ou melhor, valeu Dirceu...

 Clara Nunes - Clara Nunes - Canto das tres raças - Cigana Luiza




Ninguém ouviu um soluçar de dor
No canto do Brasil.
Um lamento triste sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro e de lá cantou.

Negro entoou um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares, onde se refugiou.
Fora a luta dos inconfidentes
Pela quebra das correntes.
Nada adiantou.

E de guerra em paz, de paz em guerra,
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar,
Canta de dor.

E ecoa noite e dia: é ensurdecedor.
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador...
Esse canto que devia ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dor

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