🗡️📚 Tesouros do Folhetim: Michel Zévaco e o romance “Buridan” na revista Fon-Fon!
Você já ouviu falar de Michel Zévaco, mestre do folhetim francês? Pois é, direto do fundo do baú da imprensa brasileira, ressurge uma verdadeira preciosidade: o fascículo de “Buridan”, publicado na coleção O Romance de Fon-Fon! entre as décadas de 1930 e 1940.
Com preço popular (500 réis no Rio de Janeiro!) e capas ilustradas que chamavam a atenção nas bancas, essa série transportava os leitores para a França medieval, em meio a espadas, intrigas palacianas e amores proibidos.
Quem foi Michel Zévaco?
Zévaco (1860–1918) foi um dos grandes autores de romances de capa e espada. Suas histórias misturam aventura, crítica social, política e romance, muitas vezes inspiradas em personagens reais. Entre seus heróis mais famosos estão Jean Buridan, os Pardaillan e Fausta — nomes que marcaram gerações de leitores na Europa e no Brasil.
Em “Buridan”, o filósofo e clérigo francês do século XIV é reinventado como um herói romântico, enfrentando conspirações e paixões violentas. Um prato cheio para quem ama literatura histórica, suspense e ação medieval.
A Fon-Fon! e o fascínio do folhetim no Brasil
A revista Fon-Fon!, um dos grandes ícones da imprensa ilustrada brasileira (fundada em 1907), percebeu cedo o poder dos folhetins para conquistar o público. Assim nasceu a série “O Romance de Fon-Fon”, que trazia semanalmente capítulos de Zévaco e outros autores de aventura.
Cada edição vinha com:
✔️ Capa ilustrada em estilo litográfico, cheia de drama e movimento.
✔️ Tipografia típica de jornal antigo, com textos longos e envolventes.
✔️ Chamada para o próximo fascículo, despertando a curiosidade e incentivando a coleção.
Além de Buridan, foram anunciadas obras como “Os Pardaillan”, “Fausta”, “A Ponte dos Suspiros”, “João Sem Medo” e até romances sobre Nostradamus e os Bórgia.
Por que esses fascículos são tão importantes?
Hoje, essas edições raras são verdadeiros documentos da cultura editorial brasileira. Elas mostram como o país estava conectado à tradição europeia do folhetim — equivalente aos famosos pulps americanos.
Mais que literatura de entretenimento, essas histórias revelam o gosto popular, a estética gráfica do período e até práticas editoriais, como a venda por assinatura e o apelo ao colecionador.
Um convite à memória e ao colecionismo
Resgatar fascículos como esse é revisitar não só a obra de Michel Zévaco, mas também a própria história da leitura no Brasil.
📜 Folhetim, sim — e com muito orgulho
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