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terça-feira, novembro 02, 2010

poema de Finados - Manoel Bandeira

Amanhã que é dia dos mortos
Vai ao cemitério. 

Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.

Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.

Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho em mais precisão.

O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Posted by PicasaPois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.


(Fotos: Ana Lucia Neves)

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