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quinta-feira, novembro 05, 2009

Be bop a Lula...









Por Elton Telles
 Para inaugurar a série “Diretores”, cujos nomes foram escolhidos pelos próprios ouvintes por meio da enquete disponibilizada no site da Rádio Universitária Cesumar, o Cinema Falado dedica o programa desta sexta-feira (06/11) a um dos cineastas mais emblemáticos e originais do cinema norte-americano: David Lynch. Como base da discussão, comentaremos seu quinto filme, o romance bizarro Coração Selvagem lançado em 1990. O programa é apresentado por Thiago Ramari, Marcelo Bulgarelli e Elton Telles, e vai ao ar, ao vivo, às sextas-feiras, às 21h, com horários alternativos aos domingos, às 18h; às segundas-feiras, às 2h; quartas-feiras, às 3h e sextas-feiras, às 5h.
Escrito pelo próprio diretor, “Coração Selvagem” leva o espectador como acompanhante na viagem de Sailor (Cage) e Lula (Dern), dois jovens apaixonados, que, em um conversível, fogem das garras de Marietta (Ladd), a mãe psicótica e controladora da garota. Para recuperar a filha e matar seu namorado, que está cumprindo pena condicional, Marietta contrata Santos (Freeman), um assassino profissional que já arquitetou outros crimes a mandos da mulher.
Nas mãos de outro diretor, é provável que essa história se transformaria em um filme de perseguição, sustentado pelos clichês do gênero. Porém, conduzido por David Lynch, “Coração Selvagem” ganha contornos surreais e alegóricos, reproduzindo um ambiente soturno, comum na filmografia do diretor, responsável por obras-primas como “Veludo Azul” e “Cidade dos Sonhos”. Quanto ao elenco, Nicolas Cage e Laura Dern exibem uma química admirável como os amantes, ao passo que Diane Ladd cria uma mulher descontrolada e impulsiva, que alterna o trágico com a comicidade e a esquisitice – uma personagem tipicamente “lynchiana”, que rendeu a Ladd uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.
“Coração Selvagem”” também se refere a símbolos e metáforas, que assaltam a tela e ganham significado. Um deles é o fogo, que remete tanto à selvageria como à paixão desenfreada do casal protagonista. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, alguns afirmam que se trata do filme mais convencional de David Lynch, mas, com certeza, “convencional” não é a palavra certa para definir uma fábula de amor, que mescla elementos da cultura pop dos anos 1950 (como Elvis Presley) com a história infantil de “O Mágico de Oz”.




TÍTULO: CORAÇÃO SELVAGEM
TÍTULO ORIGINAL: WILD AT HEART
ANO: 1990
PAÍS DE ORIGEM: ESTADOS UNIDOS
DIREÇÃO E ROTEIRO: DAVID LYNCH
ELENCO: NICOLAS CAGE, LAURA DERN, DIANE LADD E WILLEM DAFOE

RÁDIO UNIVERSITÁRIA CESUMAR - 94,3
O programa pode ainda ser ouvido, no horário da tranmissão, através do sitehttp://www.radiocesumar.com.br/

Para participar do programa:
Telefone: (44) 3031-6367
e-mail: cinemafalado@gmail.com / atendimento@radiocesumar.com.br

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