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sexta-feira, agosto 13, 2010

Prêmio da Música Brasileira

Maria Bethânia se destacou mais uma vez no Prêmio da Música Brasileira, cuja 21ª edição ocorreu na noite desta quarta (11) no Teatro Municipal do Rio. Ela conquistou o troféu de melhor cantora de MPB, seu disco "Encanteria" foi o melhor do gênero dentre os lançados em 2009, e a música "Feita na Bahia", de Roque Ferreira e gravada por ela, ganhou do júri o título de melhor do ano.

Nomes desconhecidos do grande público ganharam mais de um troféu. O veterano mangueirense Tantinho ganhou nas categorias disco ("Tantinho Canta Padeirinho da Mangueira") e cantor de samba. O conjunto baiano Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz, que costuma tocar na praça do Pelourinho, levou melhor grupo instrumental e artista revelação. E Juraildes da Cruz, nascido em 1954 no hoje Estado do Tocantins, surpreendeu vencendo como cantor na categoria voto popular, em que a escolha é feita pela internet.

Artistas famosos também subiram ao palco para receber seus prêmios. Caetano Veloso foi o melhor cantor pop, por causa do disco "Zii e Zie". No mesmo segmento, o melhor disco foi "Rock 'n' Roll", de Erasmo Carlos, e o melhor grupo, os Paralamas do Sucesso. Já Ney Matogrosso ("Beijo Bandido") sagrou-se melhor cantor de MPB. Cauby Peixoto recebeu emocionado o prêmio de cantor popular, em função do disco dedicado à obra de Roberto Carlos.

Alcione, por "Acesa", foi eleita a melhor cantora de samba. Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó venceram, respectivamente, em dupla de canção popular e dupla regional. Elba Ramalho ganhou o troféu de cantora regional. "Partimpim Dois", de Adriana Calcanhotto, venceu como disco infantil. E o DVD "Luz Negra", de Fernanda Takai, foi o melhor do ano.

A homenageada da noite foi Dona Ivone Lara, que cantou na abertura ("Sorriso Negro") e no fechamento ("Sonho Meu") do espetáculo de duas horas, sentada numa cadeira, por causa dos 89 anos. Foi reverenciada por todos os chamados a entregar prêmios e, também, pelos que cantaram suas músicas na noite, casos de Caetano ("Acreditar") e Lenine ("Alguém me Avisou"), dentre outros.

A apresentadora da festa foi Débora Bloch, que recebeu elogios por seus dois vestidos. Mas o vestido que mais chamou atenção foi o rosa brilhante de Alcione, que ela disse ter encomendado assumidamente "para dar pinta". Ele correu riscos ao ser pisado, no palco, pelo salto alto de Daniela Mercury, mas resistiu.

A cantora baiana cometeu uma das pequenas gafes da noite ao chamar Padeirinho, o compositor do disco de Tantinho, de "Pandeirinho". Já Sandra de Sá se confundiu na hora de entregar os prêmios nas categorias infantil, língua estrangeira e DVD, trocando todos os troféus -- o de Adriana Calcanhotto, por exemplo, foi parar nas mãos de Fernanda Takai.

Lançado como Prêmio Sharp, o Prêmio da Música Brasileira, organizado por José Maurício Machline, já foi Caras, Tim e agora tem o patrocínio da Vale. A mineradora aproveitou para lançar um concurso de interpretações de composições de Dona Ivone para funcionários e público em geral. Os vencedores receberam seus prêmios no Municipal, em meio aos principais nomes da música brasileira.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

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