fragmento da carta escrita pelo meu avõ materno , Oscar Rocha Paes, para minha avó, Nohêmia Crass onde ele a pede em casamento. Creio que foi no fim da década de 1920, pois minha mãe, Martha Rocha Paes, nasceu em 1929.
No fragmento, o português foi modernizado pela IA.
Àquela a quem respeito,
Peço que compreenda o que me levou a agir desta forma, ou mesmo o que já possa ter feito em meu proceder, desde o momento em que, respeitosamente, lhe pedi o fim destas minhas humildes palavras. É justo que estranhe meu ato, talvez inesperado. Mas não importa; tenha certeza de que, se foi necessário entregar-lhe esta carta por meio de estranhos — algo aliás natural —, ao ler ou ao tomar conhecimento do motivo que me obrigou a escrevê-la, compreenderá plenamente a justiça da minha conduta, confirmando que não aja mal. Pelo contrário, diante de uma situação delicada, era necessário que eu tomasse providências.
Permita-me dizer que este foi o único meio que encontrei. À primeira vista, pode parecer estranho, mas não é; Deus sabe que lhe pedi orientação, que busquei em você um modo de resolver o que me afligia, e só encontrei esta solução. Por isso, escrevo-lhe...
OBS:
Termos arcaicos: Substituí expressões como "fi-mais" (provavelmente "fim") e "pro-voverão" (possivelmente "provocação") por equivalentes modernos.
Estrutura: Mantive a formalidade, mas simplifiquei frases truncadas (ex.: "É justiça no mesmo que haja estranhado" → "É justo que estranhe").
Contexto: O tom sugere um apelo por compreensão, quase um desabafo justificativo.
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