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sábado, junho 11, 2011

Teatro de Terror - Grupo Espanhol




"Não há filme que iguale a experiência de ver ao vivo um espectáculo de marionetas de terror do Teatro Corsário". (Javier Vallejo)
Especializado em transpor para o palco e para marionetas o ambiente negro das histórias clássicas de terror, Jesús Peña consegue nesta encenação de La Maldición de Poe um efeito tanto insólito quanto inesperado. O autor/encenador baseia-se em várias obras do escritor norte-americano Edgar Allan Poe (1809-1849), um dos primeiros e, com certeza, mais influentes autores da literatura fantástica, para construir um espectáculo dramaturgicamente inteligente e fascinante. Num ambiente negro, cruzam-se várias histórias de Poe. A trama principal faz-se com as personagens adolescentes Edgar e Anabell (referência ao poema Anabell Lee). A sua história de amor vai sendo pontuada por obstáculos e pela presença da morte. Esta, de resto, atravessa todas as histórias que aqui se contam, e que vão buscar as suas referências aos famosos contos O Gato Preto e Os Crimes da Rua Morgue.

Além da dramaturgia surpreendente, que se baseia nos próprios teorias literárias de Poe sobre como se deve desenvolver uma história, o espectáculo conta com uma brilhante manipulação de marionetas. Os bonecos, criados nas próprias oficinas do Teatro Corsário, são uma mescla de estética gótica e romântica.

Encenar o terror

Jesús Peña, que em pouco mais de uma década de trabalho como encenador de marionetas de terror ganhou o estatuto de "autor de culto", encenou pela primeira vez La Maldición de Poe em 1994, ano em que a Companhia de Teatro Corsário abriu uma secção dedicada às marionetas. O género fez sucesso e, em 1998, Peña encenou Vampyria, espectáculo concebido a partir do imaginário da literatura sobre os mitos de vampiros. Em 2007, encenou Aullidos, uma versão gótica de A Bela Adormecida. Regressa três anos depois com uma nova versão do seu primeiro espectáculo. Esta ganhou já vários prémios: Melhor espectáculo tanto pelo júri como pelo público no Festival de Lleida e melhor espectáculo no festival de Pula (Croácia).

Teatro Corsário

Com quase 30 anos de carreira, o Teatro Corsário é a mais internacional das companhias da região de Castilla y Leon. Já se apresentou diversas vezes em Portugal. No FITEI, que os revelou ao público português, esteve pela última vez em 2004, com Édipo Rei. A companhia, fundada em 1982, dedicou-se a trabalhar, por um lado, os clássicos da língua espanhola, e por outro, as marionetas. Até ao seu falecimento em Dezembro passado, Fernando Urdiales foi o director da companhia e o grande responsável pelo sucesso desta. Encenou todos os espectáculos de actores. O último foi El caballero de Olmedo, de Lope de Vega.

Ficha Artística/técnica

Autor e encenador: Jesús Peña Actores-manipuladores: Teresa Lázaro, Olga Mansilla, Diego López Maquinista-manipulador: Chechu Hernández Música: Juan Carlos Martín Espaço sonoro: Atila Iluminação: Javier Martín del Río Técnico de som: Javier García Técnico de luz: Santiago Romero Marionetas e cenografia: Teatro Corsario


Texto da autoria do FITEI

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