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terça-feira, junho 07, 2011

Nara Leão

Em 7 de junho de 1989, a MPB perdia Nara Leão. Personagem dos mais importantes para a nossa música. Foi musa da bossa nova, participoou do tropicalismo, revelou Bethania, Chico, Fagner...  E ainda trouxe Raul Seixas para São Paulo. Antenadíssima. Aqui, repicamos uma homenagem feita pelo blog Phoco Musical..

Filha do advogado Jairo Leão e da dona de casa Altina Leão, Nara Lofego Leão foi um dos ícones do movimento musical da década de 60 que ficou conhecido como bossa-nova. Nascida em Vitória (ES) em 19 de janeiro de 1942, Nara veio ainda criança para o Rio de Janeiro com a sua família, onde foi morar na zona sul, junto com a sua irmã, Danuza Leão, que mais tarde também se destacaria como modelo e jornalista.

Extremamente tímida em sua infância, Nara desistiu de aprender o acordeom, instrumento da moda na época, para se dedicar ao violão, que acabou se tornando o companheiro de toda a sua vida. Um de seus primeiros namorados foi Roberto Menescal, ao qual apresentou o ritmo que estava encantando os Estados Unidos, o jazz.

Entediados com as músicas que estavam sendo feitas no país, Nara e seus amigos começaram a se reunir em sua casa para buscar ritmos diferentes e fazer uma nova música. Estava então definido o ponto de encontro de artistas como Ronaldo Bôscoli e João Gilberto, que, juntamente com outros grandes nomes da música brasileira, criou a bossa-nova. Nara Leão tornou-se a musa daqueles rapazes que queriam fazer músicas com poesias.

O sucesso da garota da zona sul chegou com o lançamento do seu primeiro disco, em 1964, onde a cantora surpreendeu com o resgate de músicas de sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho, e de músicas engajadas, fugindo da temática da bossa-nova, que só tratava de temas como o sorriso, o amor e o mar.

A menina tímida, que tinha medo do palco, tornou-se uma mulher com opiniões firmes e contestadoras, chegando a fazer ofensas aos militares em pleno regime militar. 'Os militares podem entender de canhão ou de metralhadora, mas não 'pescam' nada de política', disse a cantora em uma entrevista em 1966.

Após um tempo no exílio na Itália e na França, onde permaneceu casada com o cineasta Cacá Diegues e teve sua primeira filha, Isabel, Nara retornou ao Brasil, onde teve o seu segundo filho, Francisco. Nesta fase, dedicou-se quase que exclusivamente à maternidade e foi estudar psicologia.

Aos 47 anos, na manhã de 7 de junho de 1989, Nara morreu devido a um tumor inoperável no cérebro.
(Fonte: Phoco Musical)


































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