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terça-feira, março 02, 2010

Confiança, ética e tranquilidade


Na China, numa tarde, cheia de amor ao filho, uma mãe fiava tranqüilamente a lã.
Alguns homens irromperam, de estalo, em sua casa e lhe lançaram em rosto:
- Teu filho não passa de um assassino! Ele acaba de matar alguém!
A mãe não acreditou no que ouvira e não parou com a roda de fiar. Mas outro homem chegou e confirmou:
- Sim! sim! Ele matou!
A mãe, todavia, continuou a fiar tranqüilamente.
- Não - disse ela, prosseguindo no trabalho -, não. Acredito em meu filho.
Verificou-se, mais tarde, que as notícias eram falsas.
Quando a fé verdadeira entre pais e filhos, marido e mulher, discípulos e mestres não existe ... Sobrevém o demônio.
Mas a verdadeira intimidade não se expõe, não se conta, não se certifica, não se mostra! Não precisamos exibi-la, nem desculpar-nos, pois o dualismo já não existe.
A Tigela e o Bastão – 120 contos Zen – Ed. Pensamento

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