segunda-feira, setembro 01, 2008
UMAS E OUTRAS
VICTOR JARA
Me aproximei da música de Víctor Jara quando estive no Chile, no ano passado. Agora, em 2008, ano em que se assinala 35 anos da sua morte, a Justiça chilena volta a reabrir o processo da tortura e morte brutal do cantor e diretor de teatro
DESPEDIDA
"Sei que este é o meu último dia", disse Víctor Jara para os companheiros no Estádio Chile. Jarra acabava de ser torturado, os ossos das mãos quebrados para que não pudesse voltar a tocar guitarra.
REBELDE
Num gesto de desafio, Jara terá cantado parte de um hino de apoio ao Governo de Unidade Popular de Salvador Allende, derrubado dias antes no golpe de Estado de Augusto Pinochet.
MORTO
A 16 de Setembro de 1973, o seu corpo foi encontrado abandonado nos arredores de Santiago do Chile, crivado com 44 balas.
O TORTURADOR
Até agora, apenas um homem foi condenado: o ex-coronel Mario Manríquez Bravo, que era o responsável pelas operações no Estádio Chile - que hoje tem o nome de Víctor Jara.
VIDA
Nascido a 28 de Setembro de 1932 numa família de camponeses, Víctor herdou da mãe, Amanda, o gosto pela música. Ele tem uma música com esse nome. 'Te recuerdo Amanda'. Lindíssima.
AMANDA
Foi ela que lhe ensinou a tocar a guitarra e a cantar as canções do folclore chileno. Amanda também é o nome de uma de suas duas flihas.
FRASE
"Para mim o artista é o autêntico criador e por isso é, na sua essência, um revolucionário."
POLÍTICA
Pertenceu ao movimento cultural da "Nova Canção Chilena", impulsionado pelo escritor Pablo Neruda. O objectivo era lutar contra a influência cultural imperialista e resgatar os valores da identidade cultural chilena.
VITÓRIA
O movimento ganhou força durante a campanha da Unidade Popular, em 1970, que levou Salvador Allende à Presidência.
CANTO DO CISNE
"Somos cinco mil/ nesta pequena parte da cidade/ somos cinco mil/ Quantos seremos no total nas cidades e em todo o país?", dizia o último poema escrito por Jara, intitulado Estádio Chile.
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