Sergipe, Nordeste do Brasil: Paulo Freire começa uma nova jornada de trabalho com um
grupo de camponeses muito pobres, que estão se alfabetizando.
– Como vai, João?
João se cala. Amassa o chapéu. Longo silêncio, e finalmente ele diz:
– Não consegui dormir. A noite inteira sem fechar os olhos.
Mais palavras não saem da sua boca, até que ele murmura:
– Ontem, eu escrevi meu nome pela primeira vez.
Eduardo Galeano
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