NOS ACOMPANHE TAMBÉM :

quarta-feira, agosto 18, 2010

O Mundo corre perigo!

O rapaz abaixo confundiu Wold com World. E deu no que deu...
Clique na foto para ampliar...


Eu prefiro o OpenOffice
"

terça-feira, agosto 17, 2010

Mansão Tavares Guerra

Cenário ideal para um filme de arte ou terror gótico, a Mansão Tavares Guerra é uma das mais belas de Petrópolis. Fica na belíssima Avenida Ipiranga 716 .
Foi construída no final do século 19 e se mantém de pé. O pessoal também a chama de Casa dos Sete Erros, devido ao estilo assimétrico. Repare que o lado esquerdo tem detalhes completamente diferentes do lado direito.

Repare nos detalhes assimétricos. Clique na foto para ampliar.
De MANSÃO TAVAREZ GUERRA

A "casinha" do relógio era a antiga cocheira. Hoje funciona um restaurante. Infelizmente não tenho fotos internas da mansão, onde os detalhes são muito bem preservados pelos herdeiros.

Cocheira
De MANSÃO TAVAREZ GUERRA

Eis o histórico da casa:
Construída em 1884 por José Tavares Guerra, afilhado do Barão de Mauá. Seus jardins foram projetados pelo botãnico francês Auguste Glaziou. Na antiga estrebaria localiza-se o primeiro relógio de torre da cidade.
Para construir a mansão tipo "Queen Victoria", foram importados grande parte do material (inclusive trabalhos em madeira de lei brasileira, lá entalhada), além de maçanetas e dobradiças de bronze, os brocados que revestem paredes dos salões, as lareiras de mármore de Carrara, os monumentais lustres e os apliques da famosa Fundição Barbedienne encimados por cristais Baccarat, assim como os espelhos, igualmente franceses, que cobrem parte das paredes do salão.



Vista lateral
De MANSÃO TAVAREZ GUERRA

Os tetos pintados sobre tela ou diretamente na madeira (há outros exemplares na cidade), são obra do pintor alemão Schaeffer, que acabou aqui se radicando. No "fumoir" da sala de jantar, as pinturas são atribuídas ao pintor italiano Dall'Ara, que também pintou os afrescos da "Villa Itararé", outra linda mansão nesta cidade. Um dos salões é todo forrado em seda e outro em papel trabalhado a ouro com relevos.



Detalhe do chafariz central 
De MANSÃO TAVAREZ GUERRA

segunda-feira, agosto 16, 2010

Briga!

Cadê a turma do 'deixa disso"? 


As Aventuras da Turma do Posto 4

Uma das melhores aventuras da Turma
 do  Posto 4
Passei minha infancia e parte da adolescencia tentando conhecer Luiz de Santiago, autor de uma série de livros infanto-juvenis que fizeram sucesso nos anos 70/80. Os livrinhos da Tecnoprint eram febre naqueles tempos, muitos deles indicados pelas escolas.
Santiago é o autor da série A Turma do Posto 4, livros de aventuras de uma turminha de Copacabana. O meu favorito é "Operação Torre de Babel".
Bem, recentemente conheci Luiz de Santiago. Na verdade, descobri que ele él Hélio do Soveral Rodrigues de Oliveira Trigo,mais conhecido como Hélio do Soveral. Um portugues de Setubal, que veio ao mundo em 1918!
Morou em Copacabana por cerca 60 anos. Ficou viuvo em 1976. Anos depois  se mudou para Brasília, onde tinha a companhia da filha Anabelí, funcionária da Câmara dos Deputados. Alguns meses depois de se mudar para a capital, no dia 21 de março de 2001, Hélio do Soveral morreu atropelado por uma moto, aos 82 anos de idade.
Chegou a escrever cerca de 230 livros, além de várias novelas para o rádio e peças teatrais. Aliás, consta que Hélio foi um dos pioneiros da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Foi também redator de programas de Haroldo de Andrade, no rádio e na televisão. Trabalhou também na antológica editora Brasil América, a EBAL.
Além da Turma do Posto 4, criou "Os Seis" com o pseudonimo de Irani de Castro. A série era protagonizada por Zé Luís, Dudu, Marilene, a doutora sabe-tudo Anete, Beto-Ferrugem e o cãozinho Saci, que juntos formam a Sociedade Secreta dos Seis (SS6). No total, foram publicados 19 livros da coleção Os Seis: em cada livro uma aventura diferente da turma.
"Missão Perigosa" - outra série infanto-juvenil escrita por Hélio do Soveral, que narrava as aventuras da dupla Ju-Ju – Júlio César e Jussara – um casal de jovens repórteres brasileiros que fazem a cobertura jornalística de diversos casos misteriosos pelo mundo à fora. Ao escrever Missão Perigosa, Hélio do Soveral usou também o pseudônimo de Yago Avenir.
"A Turma do Posto 4" - série escrita por ele, a partir de 1973. Era protagonizada por uma turma de garotos: Lula, Príncipe, Pavio-Apagado, Cidinha e Carlão, que, juntos, desvendavam os mais complicados mistérios. Hélio do Soveral usou o pseudônimo de Luís de Santiago ao escrever esta série, que teve 35 títulos diferentes, também em formato "livro de bolso".
Como radialista, trabalhou na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Nas noites das quartas-feiras apresentava o Teatro de Mistério. Hélio do Soveral criava peças de rádioteatro que enfocavam histórias de crimes e mistérios investigados pelo Inspetor Santos (Domicio Costa)e seu auxiliar, o japonês Minôro (Cauê Filho).
Soveral chegou a roteirizar histórias em quadrinhos que foram publicadas em revistas como Spektro, Pesadelo, entre outras. Algumas até mesmo desenhadas por Flavio Colin, um dos mais conceituados desenhistas do Brasil.
Aqui, apresento a Turma do Posto 4, liderada por Luiz de Santiago Helio Soveral.

LUIZ DE SANTIAGO (LULA) - chefe da patota e autor do livro que vocês vão ler. Tem 14 anos de idade, nasceu em Copacabana e é filho de imigrantes portugueses. O pai dele é gerente de uma confeitaria da Rua Barata Ribeiro. Lula é um garoto moreno, nem magro nem gordo, tem cabelos pretos e topete, olhos verdes e se amarra na literatura. Freqüenta o 3. ano ginasial e é ponta-direita do Atlântica Futebol Clube, um time de futebol de praia com escudo, camisa e tudo. Seu maior orgulho é um canivete sensacional, com saca-rolhas, que tem lâmina Solinger.
MARIA APARECIDA DE CARVALHO (CIDINHA) - é a namorada de Lula. Tem 12 anos de idade, cursa o 1.ano ginasial e nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais. É miúda, sardenta, loura (cabelos feito espiga de milho) e tem os olhos grandes e azuis. As vezes, banca o juiz de futebol, nos jogos entre o Atlântica e os seus rivais de Copa.
CARLOS CAVALCANTI (CARLAO) - nasceu no Ceará, tem 15 anos de idade e é o mais parrudo da turma.Estuda no mesmo ginásio, e cursa o mesmo ano que Lula. Seus pais são pobres (imigrantes nordestinos) e, por isso, à tarde ele trabalha numa academia de judô e karatê da Rua Santa Clara.
ANTôNIO MATTEWS (PRÍNCIPE) - é o rapazinho mais granfino da patota, daí seu apelido. Tem a mesma idade de Carlão (15 anos), mas é gorduchinho, de cabelos louros, compridos e anelados, e usa óculos de aros de ouro. Príncipe não gosta de esportes violentos, mas tem uma cuca genial e sabe de tanta coisa que parece uma enciclopédia ambulante. Estuda em casa, com professores particulares. Seu pai é inglês, muito rico, e tem uma fábrica de máquinas pesadas em São Paulo, mas a família mora no Rio, no Edifício Mattews da Avenida Atlântica. Príncipe nasceu na capital paulista.
FRANCISCO DA CONCEIÇAO (PAVIO APAGADO) - é um crioulinho de 10 anos, magro e meio torcido para a frente, igual ao pavio de uma vela. Sua cabeça é escura e pelada. Ele estuda numa escola pública, onde cursa o 3.° ano primário. Seu pai é o porteiro do Edifício Mattews e sua mãe lava roupa para fora. Pavio Apagado é esperto e mentiroso, mas honesto e leal. Nasceu na favela da Catacumba e é o maior craque (ponta-esquerda) do Atlântica F. C.
Como se vê, embora alguns dos personagens principais deste livro não tenham nascido no Rio de Janeiro, são todos cariocas. A maioria dos cariocas não nasceu na Guanabara. Ser carioca é uma questão de temperamento.

Barato Promocional

O sensacional Toque Musical  postou este álbum promocional dos paulistanos do 'Premeditando o Breque'. , São 2700 segundos de folga para o radialista. É uma folga para o operador de áudio que pode até almoçar enquanto o disco rolava na vitrola. "A voz do Premê' (1986)  tem  roteiro  criado pelo grupo em parceria com Tim Rescala. Trata-se da apresentação das músicas do disco oficial, 'O melhor dos iguais' em formato de programa de rádio. Participam da comédia Tim Rescala, Arrigo Barnabé, Lulu Santos, Herbert Vianna e Renato Russo. Tenho o vinil. Um barato promocional!

sexta-feira, agosto 13, 2010

Depois daquele beijo...


As milhares de pessoas que visitam diariamente a Times Square, em Nova York, podem ver, a partir desta sexta-feira, uma estátua que retrata o famoso beijo entre um marinheiro e uma enfermeira, imortalizado pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt. A ideia é que, assim como há seis décadas, os casais revivam momentos felizes aos pés do monumento. A estátua  tem oito metros faz parte das comemorações dos 65 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. 


14 de agosto de 1945. A guerra havia acabado. O Japão se rendeu. Os Estados Unidos celebravam e o fotógrafo   Alfred Eisenstaedt  em plena Times Square, no centro de Nova York, flagra o marinheiro Carl Muscarello c a linda enfermeira Edith Shain. O beijo vai para a capa da revista Life. É uma das grandes fotos do século 20. Em 1980, Edith foi localizada, mas o marinheiro desconhecido não foi encontrado. Muitos se diziam que eram ele, mas Edith sabia desmascará-los. Ela só fazia uma pergunta: o que eles haviam conversado naquele dia. Só Muscarello, cinqüenta anos depois, em 1995, acertou. A resposta correta: eles não disseram nada!
. "Depois do beijo. eu sumi. Estava muito  feliz naquele dia e beijei muitas mulheres", contou o policial aposentado.
O beijo, 50 anos depois, foi repetido durante um programa de TV.(foto a direita)

Prêmio da Música Brasileira

Maria Bethânia se destacou mais uma vez no Prêmio da Música Brasileira, cuja 21ª edição ocorreu na noite desta quarta (11) no Teatro Municipal do Rio. Ela conquistou o troféu de melhor cantora de MPB, seu disco "Encanteria" foi o melhor do gênero dentre os lançados em 2009, e a música "Feita na Bahia", de Roque Ferreira e gravada por ela, ganhou do júri o título de melhor do ano.

Nomes desconhecidos do grande público ganharam mais de um troféu. O veterano mangueirense Tantinho ganhou nas categorias disco ("Tantinho Canta Padeirinho da Mangueira") e cantor de samba. O conjunto baiano Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz, que costuma tocar na praça do Pelourinho, levou melhor grupo instrumental e artista revelação. E Juraildes da Cruz, nascido em 1954 no hoje Estado do Tocantins, surpreendeu vencendo como cantor na categoria voto popular, em que a escolha é feita pela internet.

Artistas famosos também subiram ao palco para receber seus prêmios. Caetano Veloso foi o melhor cantor pop, por causa do disco "Zii e Zie". No mesmo segmento, o melhor disco foi "Rock 'n' Roll", de Erasmo Carlos, e o melhor grupo, os Paralamas do Sucesso. Já Ney Matogrosso ("Beijo Bandido") sagrou-se melhor cantor de MPB. Cauby Peixoto recebeu emocionado o prêmio de cantor popular, em função do disco dedicado à obra de Roberto Carlos.

Alcione, por "Acesa", foi eleita a melhor cantora de samba. Zezé Di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó venceram, respectivamente, em dupla de canção popular e dupla regional. Elba Ramalho ganhou o troféu de cantora regional. "Partimpim Dois", de Adriana Calcanhotto, venceu como disco infantil. E o DVD "Luz Negra", de Fernanda Takai, foi o melhor do ano.

A homenageada da noite foi Dona Ivone Lara, que cantou na abertura ("Sorriso Negro") e no fechamento ("Sonho Meu") do espetáculo de duas horas, sentada numa cadeira, por causa dos 89 anos. Foi reverenciada por todos os chamados a entregar prêmios e, também, pelos que cantaram suas músicas na noite, casos de Caetano ("Acreditar") e Lenine ("Alguém me Avisou"), dentre outros.

A apresentadora da festa foi Débora Bloch, que recebeu elogios por seus dois vestidos. Mas o vestido que mais chamou atenção foi o rosa brilhante de Alcione, que ela disse ter encomendado assumidamente "para dar pinta". Ele correu riscos ao ser pisado, no palco, pelo salto alto de Daniela Mercury, mas resistiu.

A cantora baiana cometeu uma das pequenas gafes da noite ao chamar Padeirinho, o compositor do disco de Tantinho, de "Pandeirinho". Já Sandra de Sá se confundiu na hora de entregar os prêmios nas categorias infantil, língua estrangeira e DVD, trocando todos os troféus -- o de Adriana Calcanhotto, por exemplo, foi parar nas mãos de Fernanda Takai.

Lançado como Prêmio Sharp, o Prêmio da Música Brasileira, organizado por José Maurício Machline, já foi Caras, Tim e agora tem o patrocínio da Vale. A mineradora aproveitou para lançar um concurso de interpretações de composições de Dona Ivone para funcionários e público em geral. Os vencedores receberam seus prêmios no Municipal, em meio aos principais nomes da música brasileira.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

Caderno de Turismo

Por Marcelino Freire
Zé, essa é boa.
O que danado a gente vai fazer em Lisboa? Bariloche e Shangri-lá? Traslados para lá. Para cá. Travessia de barco pelos Lagos Andinos. Nunca tinha ouvido falar em Viña Del Mar, Valparaíso. A gente não devia sair do lugar.
Quem já viu se aventurar na Ilha do Cipó? Ilha do Marajó? Itacaré? Fugir de dentada de jacaré? O que você quer, homem? Sem dinheiro, chegar onde? Não tem sentido. Oklahoma, nos Estados Unidos. É delírio. Peregrinar até as múmias do Egito.
Que história é essa de cruzeiro marítimo? Caribe, Terra dos Vikings, Mediterrâneo? Enfrentar o Oceano Atlântico? Canadá, Canaã? Deserto de Atacama? Que besteira! Ir para Bali, Beijing, Xian, Xangai, Hong Kong.
Zé, olhe bem defronte: que horizonte você vê, que horizonte? Pensa que é fácil colocar nossos pés em Orlando? Los Angeles? Valle Nevado? Que língua você vai falar no Cairo? Em Leningrado? Nem sei se existe mais Leningrado.
Zé, esquece.
Nada de Andaluzia. Tahiti. A gente fica é aqui. Que Sevilha? Roteiro Europa Maravilha. Safári na África pra quê? Passar mais fome? Leste Europeu, Escandinávia, PQP.
Presta atenção: a gente nem conhece o Brasil direito. Bonito, Chapada Diamantina. Dos Veadeiros. A América Latina. Guiana e Guiana Francesa. Não existe beleza. Rota do Sol. Rota das Estrelas. Perca. Atrase a viagem, Zé. Não parta.
Você não vai para a ilha de Malta, não vai. Eu não deixo. A vida da gente é aqui mesmo. Sempre foi aqui mesmo. Não nascemos no Berço da Civilização, Istambul e Capadócia.
Zé, o que deu na tua cabeça? Ora, joça! Estamos Longe de Miami, homem. Acapulco e Suriname. Nosso destino é um só. A gente não tem dólar. A gente não tem cartão. Deixa de imaginação. Você não tem medo de avião? Tanta asa que cai pelo chão. Atentado, bomba em Bengasi, doença em Botsuana.
Zé, estou sendo franca: olha bem pra nossa cara.
Por que partir para Dinamarca? Caracas? Cancún, Congo? Cachorro a gente enterra em qualquer canto. Enterra aí no quintal, Zé. E pronto.

Marcelino Freire nasceu em 20 de março de 1967 na cidade de Sertânia, Sertão de Pernambuco. Vive em São Paulo desde 1991. É autor de EraOdito (Aforismos, 2ª edição, 2002), Angu de Sangue (Contos, 2000), BaléRalé (Contos, 2003) publicados pela Ateliê Editorial, e Contos Negreiros (Contos, 2005) pela Record. Em 2002, idealizou e editou a Coleção 5 Minutinhos, inaugurando com ela o selo eraOdito editOra. É um dos editores da PS:SP, revista de prosa lançada em maio de 2003, e um dos contistas em destaque nas antologias Geração 90 (2001) e Os Transgressores (2003), publicadas pela Boitempo. Blog: www.eraodito.blogspot.com E-mail: mjfreire@uol.com.br
Posted by Picasa

Silvia

Certa vez alguem me perguntou qual seria a "pior" composição de Chico Buarque. Não encontrei algo realmente "ruim". Descobri Silvia, uma parceria dele com Vinicius Cantuária. Sinceramente eu gosto desse pop meio anos oitenta. Acho que a assinatura de Chico é um luxo, um presente para Cantuária, um amigo das peladas de fim de semana. Em tempo: Silvia é o nome de uma das filhas de Chico, ex-namoradinha de um amigo meu dos tempos da faculdade.

Silvia
Com Vinicius Cantuaria
Composição: Vinícius Cantuária & Chico Buarque


Vai me usar
E jogar fora
Ou pode ficar
Até gostar do meu número
Me apertar
Como uma uva
Me desfrutar
Na sua boca
Uma música
Na dúvida
Tanto faz
Jaz
Morre de amor quem é capaz
Silvia
Jaz
Morro de amor e quero mais
Silvia
Me alugar
E dormir fora
Me extraviar
Me ver no meio do público
Me acenar
Como uma luva
Vai combinar
Na minha mão
Uma música
Na dúvida
Tanto faz
Jaz
Morre de amor quem é capaz
Silvia
Jaz
Morro de amor e quero mais
Silvia

Fabrício Carpinejar e Marcelino Freire


O encontro foi muito legal, divertido. Uma viagem. Se você esteve por lá, clique na foto e veja o album completo.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Hoje: Carpinejar e Marcelino Freire em Maringá

Hoje vou (tentar) mediar o encontro entre dois gigantes da nova literatura brasileira. Trata-se do projeto Autores & Idéias do Sesc. O tema de hoje : Narrativas Breves. Na pauta, o universo da literatura nos microblogs O encontro será no Sesc de Maringá, às 20 horas. Entrada Franca. Carpinejar é famoso no twitter. Ele publicou os seus melhores tweets em livro. Já o pernambucano Marcelino Freire reuniu histórias de até 50 letras no volume Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século. Dois grandes nomes em Maringá.

                                                                    

Marcelino Freire nasceu em 1967 em Sertânia, PE. Vive em São Paulo desde 1991. É um dos principais nomes (e divulgadores) da nova geração de escritores brasileiros. É autor, entre outros, de “Contos Negreiros” (Editora Record), vencedor do Prêmio Jabuti 2006, e de “RASIF – Mar que Arrebenta” (Record). Em 2004, idealizou e organizou a antologia “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século” (Ateliê Editorial). Vários de seus contos foram adaptados para teatro e cinema. É o criador e curador do evento BALADA LITERÁRIA, que reúne anualmente, desde 2006, quase uma centena de escritores, nacionais e internacionais, pelo bairro paulistano da Vila Madalena. Mais informações sobre autor e obra, acesse: www.eraodito.blogspot.com


Fabrício  Carpinejar nasceu em 1972, na cidade de Caxias do Sul (RS). Carpinejar, é poeta, cronista, jornalista e professor, autor de dezesseis livros, oito de poesia. Ao mesmo tempo em que seus poemas são recitados pela cantora Ana Carolina nas turnês "Dois Quartos" e "Nove", aparecem como questão de grande parte dos vestibulares do Rio Grande do Sul, como a UFRGS, a Unisc e a UCS.
Sua coletânea "Canalha!" (Bertrand Brasil) venceu o 51º Prêmio Jabuti/2009, um dos mais importantes do país, da Câmara Brasileira do Livro, na categoria Contos e Crônicas. Publicou o primeiro livro no Brasil com frases do twitter, www.twitter.com/carpinejar/ (Bertrand Brasil, 2009), reunião de mais de 400 máximas e aforismos.
Em junho, lançou "Mulher Perdigueira" (Bertrand Brasil, 2010), uma defesa apaixonada da mulher ciumenta, sucesso instantâneo de crítica e de público.
Neste ano, foi escolhido pela revista Época como uma das 27 personalidades mais influentes na internet. Seu blog já recebeu mais de 1 milhão e meio de visitantes e o twitter já conta com 35 mil seguidores.
Além disso, "Um terno de pássaros ao sul" (2000, 3ª edição, Bertrand Brasil) é objeto de referência nos The Book of the Year 2001 da Enciclopédia Britânica, o Programa Nacional Biblioteca Escola (PNBE) adotou o juvenil "Diário de um apaixonado: sintomas de um bem incurável" (Mercuryo Jovem, 2008), e o infantil "Filhote de Cruz-credo" (Girafinha, 2ª edição, 2006) inspirou peça de teatro, adaptada por Bob Bahlis.



Canalha - Carpinejar

Dominguinhos é o vencedor do Prêmio Shell de Música 2010

Com mais de 50 anos de carreira e autor de muitos sucessos da música brasileira, o pernambucano José Domingos de Morais, o Dominguinhos, foi o grande vencedor do Prêmio Shell de Música 2010.
A cerimônia de entrega do prêmio será realizada no Rio de Janeiro, em data e local ainda indefinidos. Dominguinhos será premiado com R$ 15 mil e um troféu desenhado pelo joalheiro Caio Mourão.
Entre os grandes sucessos compostos por Dominguinhos nessas décadas de carreira estão “Eu Só Quero um Xodó”, “De Volta Pro Meu Aconchego” e “Isso Aqui Tá Bom Demais”.

As Bicicletas de Belleville


Assisti agora a pouco a excelente animação As Bicicletas de Belleville que será o  filme em debate no programa Cinema Falado da Radio Cesumar, nesta sexta, as 20h30. Adorei. Tem várias citações a um dos meus cineastas favoritos: Jacques Tati.  Abaixo, uma mostra da ótima trilha-sonora, a crítica de Elton Telles e o trailler do filme. Adorável.



“As Bicicletas de Belleville” é um filme atrativo por ser, principalmente, aquém da maioria das animações. Seja pelo gráfico desestruturado, quase cubista, pelos personagens que transbordam carisma sem nem mesmo proferir uma palavra durante a projeção ou pela aura que beira o bizarro e o pitoresco. Trata-se de uma animação que não se apropria da técnica para atrair público, foi apenas a alternativa, o método adotado pelo diretor francês Sylvain Chomet para contar sua fábula. Sem necessidade de embasar a trama, somos apresentados, de imediato, à velha matriarca portuguesa Madame Souza, que divide a casa com seu triste e cabisbaixo neto, o pequeno Champion – nome mais que sugestivo. Dentre as tentativas frustradas de ver o garoto esboçando um mero sorriso, sua avó acaba lhe presenteando com uma bicicleta, e o garoto recebe a novidade com a maior alegria, demonstrando amor incondicional pela “magrela”. O tempo passa e Champion, ciclista profissional com as panturrilhas maiores que a cabeça, vai disputar o concorrido Le Tour de France. Durante a competição, o jovem é sequestrado por dois homens de preto e a avó diligente, com a ajuda das novas amigas cantoras – as Trigêmeas de Belleville, o nome original do filme – partem em busca do cativeiro onde ciclista está clandestinamente hospedado.
Já ficou maçante bater na tecla de que “animação não é mais filme para crianças”, mas este, definitivamente, não é mesmo. Alguns conseguem conciliar o prazer infantil com algum senso de conscientização coletiva ou conteúdo mais adulto – a Pixar tá aí pra isso – mas acredito que “Belleville” seja muito complexo para ser compreendido e apreciado por mentes puras e imaturas. A principal justificativa para tal constatação é a crítica ao consumismo implícita na estética da cidade francesa presente no título. Aqui, Belleville é estruturada sobre os alicerces da futilidade e do capitalismo que destrói tradições, é a “americanização” da sociedade, a destruição de identidades próprias que se acomodam nos modismos e na superficialidade imperceptível. Um dos grandes destaques do filme é mesmo as desengonçadas e carismáticas trigêmeas francesas, cuja excentricidade é natural e cativante. Concordo com aqueles que afirmam que o filme merecia uma garimpada em algumas cenas muito longas, mas Chomet merece todo o reconhecimento pela condução de um filme que se sustenta apenas por imagens, desprovido (quase) totalmente de diálogos, presenteando a todos com uma animação diferente, cínica e, ao mesmo tempo, encantadora. (Elton Telles)


ACOMPANHE O PROGRAMA CINEMA FALADO – SEXTA - 13/08, ÀS 20h30, AO VIVO
FILME EM CARTAZ: “AS BICICLETAS DE BELLEVILLE” (2003)
O Cinema Falado é um programa semanal transmitido pela Rádio Universitária Cesumar. Atualmente na 5ª temporada, toda sexta-feira Apresentação de Elton Telles, Thiago Ramari e Marcelo Bulgarelli,


atendimento@radiocesumar.com.br
Comunidade no Orkut
Sessões semanais são às sextas-feiras, ao vivo, às 20h30.
Para ouvir, clique aqui.
"

Toquinho e Vinicius de Moraes - O Bem Amado (1973)













Um dos meus primeiros contatos com a MPB. Tinha uns nove anos quando ficava acordado até tarde (23h!) para ver O Bem Amado, novela de Dias Gomes,  a primeira "colorida" da Globo. A trilha era composta somente por canções originais assinadas por Toquinho e Vinicius de Moraes. 


01 - Paiol de pólvora (Toquinho - Vinicius de Moraes) Toquinho e Vinicius
02 - Patota de Ipanema (Toquinho - Vinicius de Moraes) Maria Creusa
03 - Veja você (Toquinho - Vinicius de Moraes) Toquinho e Maria Creusa
04 - Cotidiano n°2 (Toquinho - Vinicius de Moraes) Toquinho e Vinicius
05 - O bem amado (Toquinho - Vinicius de Moraes) Coral Som Livre
06 - Meu pai Oxalá (Toquinho - Vinicius de Moraes) Toquinho e Vinicius
07 - Se o amor quiser voltar (Toquinho - Vinicius de Moraes) Maria Creusa
08 - Um pouco mais de consideração (Toquinho - Vinicius de Moraes) Toquinho
09 - Quem és? (Toquinho - Vinicius de Moraes) Nora Ney
10 - Se o amor quiser voltar (Toquinho - Vinicius de Moraes) Orquestra Som Livre
11 - No colo da serra (Toquinho - Vinicius de Moraes) Toquinho e Vinicius


arranjos:
Rogério Duprat (1)
Chiquinho de Morais (2,3,4,5,6,7,8,9,10,11)


Trilha Sonora da Novela da TV Globo

"

Tempos modernos

Do Kibe Loco
Da série “Anúncios que gostamos de ver por aí”:

Facebook-Moma

Twitter-Moma

Skype-Moma

YouTube-Moma

quarta-feira, agosto 11, 2010

Lizandra Gomes


A jovem Lizandra Gomes estréia na equipe de jornalismo da TV Maringá-Band. Ex-aluna de Elaine Guarnieri e Daniela Fernandes. Algo me diz que essa menina vai longe.
Fonte: Agnaldo Vieira

terça-feira, agosto 10, 2010

Ronald de Carvalho

Uma noite em Los Andes

"Naquela noite de Los
Andes eu amei como nunca o Brasil.

De repente,
Um cheiro de Bogari, um cheiro de varanda
carioca balançou no ar...

Vinha não sei de onde o murmúrio de um
córrego tranqüilo,
escorregando como um lagarto pela terra
molhada.

A sombra vestia uma frescura de folhas
úmidas.

Um vagalume grosso correu no mato.
Queimou-se no sereno.

Eu fiquei olhando uma porção de cousas
doces maternais...

Eu fiquei olhando, longo tempo o céu da
noite chilena as quatro estrelas de um
cruzeiro pendurado fora do lugar..."

Carlos Drummond de Andrade

A rua diferente
Na minha rua estão cortando árvores

botando trilhos

construindo casas.

Minha rua acordou mudada.

Os vizinhos não se conformam.

Eles não sabem que a vida

tem dessas exigências brutas.

Só minha filha goza o espetáculo

e se diverte com os andaimes,

a luz da solda autógena

e o cimento escorrendo nas formas.