Ficha Técnica:
Titulo: Mario Bava.
Autor: Carlos Aguilar.
Diseño de portada: Aderal.
Formato: Tapa blanda.
Editorial: Cátedra.
Páginas: 336 Págs.
PVP: 14,20 €.
ISBN: 978-84-376-3096-0.
Sinopse:
Uma viagem pela figura e filmografia do realizador italiano Mario Bava, que entre 1960 e 1977 se consagrou como um dos grandes mestres do cinema de fantasia e terror através de clássicos como “A Máscara do Demônio” (La Maschera del Demonio, Mario Bava, 1960), “As três faces do medo” (I Tre Volti della Paura, Mario Bava, 1963), “Seis mulheres para o assassino” (Sei Donne per l’assassino, Mario Bava, 1964) ou “Baía de Sangue” (Ecologia del Delitto, Mario Bava, 1971), entre outros. A sua brilhante carreira como diretor de fotografia e especialista no tratamento de efeitos especiais, o seu salto para a realização de longas-metragens a solo no período mais emocionante do fantástico italiano, o ostracismo profissional a que foi injustamente condenado e a sua triste morte com apenas 65 anos anos de idade são revistos na primeira monografia espanhola dedicada a Bava.
Crítica:
“Não sou diretor, sou um homem normal. Um técnico, que conhece vários truques de câmera” – Mario Bava.
Numa das citações incluídas em “Mario Bava”, John Phillip Law, o protagonista de “Diabolik” (id, Mario Bava, 1967) afirmou que muita gente o tomava como uma piada, mas que Mario Bava era um génio. O realizador italiano, que segundo entrevistas e testemunhos de actores e profissionais que com ele trabalharam, se caracterizava por ter grande modéstia (a citação inicial serve de prova), disse uma vez que um realizador de cinema tinha que ser verdadeiramente um génio Não há dúvida, considerando vários dos seus filmes mais famosos como os mencionados na sinopse, que a melhor definição que se pode fazer de Mario Bava é a de “Mago”, sobretudo se tivermos em conta as condições de trabalho com quem realizou suas filmagens ao longo de toda a sua carreira, com a possível exceção do já citado “Diabolik” (id, Mario Bava, 1967), produção de Dino De Laurentiis na qual Bava, no entanto, teve que usar seu imaginação para resolver vários efeitos ópticos.
Nem mesmo sendo o pai de grandes sucessos como “A Máscara do Demônio” (La Maschera del Demonio, Mario Bava, 1960) – início do terror gótico ao estilo italiano – ou “Seis Mulheres para o Assassino” (Sei Donne per l 'assassino), Mario Bava, 1964) – considerado o início “oficial” do chamado “Giallo” – permitiu-lhe ter acesso a orçamentos e horários de filmagem mais flexíveis que os do que ele merecia. Sem falar em poder contar com roteiros melhores do que, por exemplo, “Cinco Bonecos para a Lua de Agosto” (5 Bambole per la luna d'Agosto, Mario Bava, 1970) ou “Roy Colt e Winchester Jack” (Roy Colt & Winchester Jack, Mario Bava, 1970). Ser, nas palavras imortais de Sergio Leone, “pai de muitos filhos da puta” não lhe proporcionou melhores condições de trabalho nos últimos dez anos de carreira. Bava, aliás, tem alguns paralelos com Leone em termos de sua biografia que se refletem no livro em questão.
Qualquer leitor que tenha acompanhado a carreira de Carlos Aguilar saberá que uma das suas grandes paixões cinematográficas é o cinema fantástico, em particular o cinema italiano. Assim, em 2013 escreveu “Mario Bava” para a editora Cátedra dentro da sua coleção “Signo e imagem / cineastas”. Acabando assim por ser a primeira monografia espanhola dedicada ao cineasta italiano, colmatando assim uma importante lacuna editorial, outra das especialidades. Este livro, no fundo, era inevitável. Na verdade, podemos traçar a sua origem nas diversas edições do seu “Guia do Cinema”, onde Aguilar comentava com muito entusiasmo os grandes filmes de Bava, mas também, de forma muito mais especial, num artigo escrito para a já lendária “Antologia do Cinema Italiano”. Cinema Fantástico” de “Quatermass” em que faz um relato da carreira e da vida de Bava, de forma muito mais resumida por questões de espaço.
Com “Mario Bava”, Carlos Aguilar desenvolve de forma mais extensa quais são as principais virtudes de Bava e do seu cinema. Como comenta praticamente logo no início do livro: “O imperecível escritor português Fernando Pessoa distinguiu dentro de qualquer tipo de arte entre as categorias de originalidade e singularidade. Segundo a sua sábia avaliação, a primeira depende das ideias expressas e a segunda deriva das emoções despertadas. Pois bem, contemplando esta taxonomia, o falecido cineasta italiano Mario Bava é um artista original e singular ao mesmo tempo.” (Páginas 11 e 13). Detalhando os principais sucessos dos seus filmes – Tanto, claro, na sua secção visual, como em termos de guião e conteúdo – e os seus erros e defeitos quando apropriado, como sempre de forma argumentada e convincente, embora naturalmente um podem discordar de algumas de suas opiniões sobre filmes. Destacam-se especialmente as resenhas de “A Máscara do Demônio” (La Maschera del Demonio, Mario Bava, 1960) e “Diabolik” (id, Mario Bava, 1967), dois clássicos indiscutíveis pelos quais Aguila
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