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sexta-feira, fevereiro 17, 2012

o seu desencanto não tem fim


De Colombina o infantil borguezim
​Pierrot aperta a chorar de saudade.
O sonho passou. Traz magoado o rim,
Magoada a cabeça exposta à umidade.

[…] O seu desencanto não tem fim.
Pobre Pierrot! Não lhe queiras assim.
que são teus amores?…- Ingenuidade
e o gosto de buscar a própria dor.

Ela é de dois?… Pois aceita a metade!
Que essa metade é talvez todo o amor​
De Colombina…

MANUEL BANDEIRA, 1993, p. 92, in "Carnaval"

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