Assisti ontem ao polemico A Serbian Film – Terror Sem Limites, filme proibido de ser exibido nas salas de cinema devido a uma ordem judicial despachada a favor de alguns deputados do conservador partido Democratas.
Resolvi assistir por um motivo: estabelecer o meu direito de ver aquilo que eu quero, sem qualquer Estado para me tutelar.
Fernando Gabeira (de óculos) o jornalista Sílvio Barsetti com o cartaz) e a atriz Lucélia Santos: contra a censura |
Confesso que não vi o filme do Godard até hoje. Mas fiz questão de protestar contra a censura. Hoje o filme que mostrava a barriga de grávida de uma personagem que seria mãe de Jesus, é facilmente encontrado em algumas locadoras de vídeo. Até pouco tempo podia ser comprado nas Lojas Americanas por módicos R$12,99. Dizem que a pelicula é chatinha e que Godard estava fora de forma. Enfim, esse eu não vi.
Agora, tive que apelar a um site “Pai de Santo” que baixa muita coisa por aí a fim de acompanhar Terror sem Limites.
Depois de ver o filme sérvio (com legendas em português sobrepostas as de inglês), cheguei a seguinte conclusão: é muita polemica pra pouco filme.
A famosa cenas do estupro de um recém nascido é muito mais sugerida do que mostrada. O boneco usado como bebê não convence e até a barriga da atriz mostrada no parto está muito fake.
Todas as cenas que os conservadores não viram, mas acham que elas existem, são trucagens. O filme não é mais nojento do que O Albergue ( que agora será tema de um parque de diversões nos EUA).
O filme sérvio tem cenas que beiram um pornô soft misturadas com filmes slashers (sanguinolentos) e trash movie. Não há nenhuma apologia a qualquer tipo de aberração humana. Pelo contrário: a loucura acompanha o personagem na medida que ele vai sendo o obrigado a cometer atrocidades.
Diz o diretor que a violência mostrada no filme é um retrato do que se passou com o povo sérvio depois de tantas guerras. Metáfora exagerada.
Filme não agrada, mas graças à polêmica, até crianças vão querer ver. |
3 comentários :
Bulgarçom, obrigado pelo aviso. Então, como diria minha saudosa mãe, Don’Elvira, que papai a chamava "Viróca": - Desse tô 'scape...
Olha, entendo a arte nos filmes e por todos os outros timbres, mas esses estrangeiros, cheios de rancores buscando dinheiros, me enfadam; prefiro nossas "Morte e Vida Severina", a alegria dum’A Pedra do Reino..., e tantas outras primas-obras-primas lindíssimas.
Sei que esses filmes falam muito mais a nós que somos brasileiros, à nossa realidade, mas ¿pra quê o problema alheio se temos o nosso aqui, tão originalmente nosso, sempre co’a quentura dum feijão-com-péia-de-porco feito ind’agorinha, todinho ainda por resolver, interinho pra gente comer mastigado e digerido como um prato de figo?
Por isso me recuso a “engolir” certos “Harry Potters”, “Je vous salue Marie” e outras coisas ditas proibidas pra causarem mais curiosidades... e bilheteria.
Vej'aqui, por exemplo, se a razão não me acompanha:
http://www.youtube.com/watch?v=O6Mu71NzZg8
abs
É por aí, Balestra. O post é para reforçar o nosso proibido proibir. Se o filme é bom ou ruim, tanto faz. Eu só quero é o direito de assisti-lo.
Um abraço!!
AH! Dia 10 tem Autores e Idéias no SESC !
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