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quarta-feira, julho 25, 2007

DE VOLTA AO COMEÇO

Estaremos voltando pra casa nesta quarta. Queriamos ir na quinta, direto de Santiago pra Maringà, mas por problemas alheios a nossa vontade, teremso que partir amanha ao meio dia e meia. Serà um pinga pinga: Santiago - Cordoba - Possadas - Maringa.
Hoje o dia estava belissimo. Frio gostoso com muito sol. O sol daqui è diferente. Esquenta sem nos ferir.
No zoologico, animais um tanto exoticos: urso polar, pinguins, tarantulas, leao marinho... Um hipopotamo me encarou de frente. Talvez ele compreenda outras coisas do mundo... Nas minhas costas, somente muralhas, as cordilheiras que cercam toda Santiago...
Santiago è puro vinho. Deve saber ser apreciada. Se parece um pouco com as ruas do centro do Rio, mas sem aquela agitacao.
È uma cidade onde as pessoas se reunem em pubs. Nao ha jornaleiros como no Brasil. Somente pequenos quiosques fechados que vendem mais balas do que revistas.
Em todas as nossas compras, atè quando compramos um simples refrigerante, eles nos entregam uma nota fiscal. Estamos colecionando...
Hoje tomei o meu segundo sorvete chileno. Adoro os sorvetes daqui, feitos de frambuesa e outras frutas silvestres. Aqui, eu aprendi a morder as frutas.
Estou levando doce de leite. Tem um gosto de bala toffe. Para adocar a vida e ganhar calorias, tem que ter qualidade.
Salvador Allende è pop. Tem posters dele pra vender em quiosques de artesanato. Allende està misturado com Che Guevarra, Nirvana, Janis Joplin, Pablo Neruda e Homer Simpson.
Os jornais hoje abriram espaço para a gloriosa selecao sub 20 que conquistou o terceiro lugar no Mundial. Eu jà havia previsto: jornalistas de plantao ao lado de garotas fanaticas esperando seus idolos no aeroporto. Todas e todos merecem os cuidados da pátria. Herois nacionais.
As meninas aqui sao umas gracinhas, mas todas iguais. Sao todas emo. Parece que estou numa cidade cercado de Raquel Coelho por todos os lados. Os rapazes tambem nao fogem a regra, mas ainda falta nossa diversidade racial. Tudo igual como dois e dois sáo quatro. Monótono.
Encontramos mais brasileiros por aqui. È tao facil encontrar brasileiros em Santiago como esbarrar em petropolitanos na praia do Peró em Cabo Frio. Falamos portugues.
Eu e dona Ana estamos passando os ultimos dias em aventura solo. Ela està indo bem no espanhol. Hoje conseguiu atè pechinchar. Ganhou brindes. Faz parte do seu show.
Em pouco mais de uma semana, as palavras em espanhol me soam mais claras.Um dia ainda vou ler um poema de Pablo Neruda no original. Serei poeta, pois fui um fracasso como filòsofo. Náo sei nada de alemao.
Por falar em filosofia, aqui tem azeitonas diferentes. Sao azeitonas existencialistas. Nao sao boas nem ruins, apenas sao.
Vou agora para o quarto tomar uma cerveja chilena. Mesmo do quarto, a cordilheira me espia (tenho que postar essa foto). Desafia, espera e novamente vai me engolir em seu ventre. Santiago dorme. Doce Santiago.
A cidade ficou pequena. Tenho o metro perto do hotel e vamos para todos os lados, mas para chegar a Maringà, vou de Crucero del Norte. Será minha hora de dormir. Santiago está escura nessa hora. Há luzes como vagalumes, nos pubs.

2 comentários :

Anônimo disse...

Não estou conseguindo postar meus comentários, que raiva! Mas esse eu vou tentar até o fim, só para dizer que não sou emo!!!

Anônimo disse...

Pensando bem, me passou algo pior pela cabeça: seria eu igual a todo mundo??? Rs..

Queria eu comer essas azeitonas existencialistas e esse sorvete de framboesa. Não junto, é claro. Não deve combinar!

Quando voltar, vamos marcar um encontro para ouvir essas aventuras de Marcelo e Ana.

Beijão e aproveitem bem aí!