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segunda-feira, julho 23, 2007

DE SANTIAGO

Olà! Finalmente me sobrou um tempo para escrever. Estou no hotel Riviera, ao lado do Palacio La moneda. Estamos cercados de brasileiros. Incrivel, mas a gente nao precisa abrir a boca para todos descobrirem quem somos.
Ficamos todos esses dias na casa de uma familia tipica chilena. Sao todos muito amorosos e acolhedores. Ontem fizeram uma festa especialmente pra gente com a preseca de um politico local. O pessoal em trajes tipicos dancaram a La Cueca. Eu e dona Ana tambem dancamos (nao tem cedilha nesse teclado).
Descobrimos que:
A vida è mais dificil do que a gente imagina
A energia eletrica e a comida è algo caro
Devemos dar mais valor a agua

Hoje o país parou ( acreditem) para comemorar o terceiro lugar do Chile na Copa do mundo Sub 20. Estavamos no Mercado Central onde se vende peixes e frutos do mar e podemos acompanhar a partida.
Anteontem fomos a praia. Conheci o Pacìfico ! Nosso primeiro contato foi num passeio de barco em San Antonio onde avistamos lobos marinhos. Dona Ana queria brincar com eles, mas desistiu ao saber que eles expirram seus excrementos pelo nariz.
A gasolina do barco acabou. Ficamos a deriva atè a chegada do socorro.
Conhecemos Valparaiso e a mais charmosa cidade chilena: Vina del Mar.
Hoje fomos andar de funicular (especie de bonde que sobre morros). Anteontem
dormimos numa casa de praia. Minha roupa:
tenis
meiao
calca de malha
calca de jeans
camiseta
camisa moleton
camisa de nylon
gorro
cachecol
A praia e muito hermosa, mas é gelada.

E fomos a balada. Nossos grupo de sete è formado por gente jovem (eu sou o tiozao) e encaramos uns casas noturnas. Encarei numa boa pois aqui a cerveja tambem è vendida em baldes. Alem se ser barata, nao hà erro na conta. È mais facil contar baldes do que copos.
Na segunda boate, o tio dormiu. Acreditem: eu dormir um sono pesado no meio da barulheira. Acordei ao lado de Dona Ana num quarto cedido por um amigo chileno muito gente boa. Nas paredes do quarto, posteres de Che Guevara e do ìdolo de todos os chilenos que conheci: Salvador Allende. O pessoal, mesmo sendo gente simples, è muito politizado. Allende è um mito, um orgulho.
Tambem fomos no museu mais lirico e poetico que conheci: A casa de Pablo Neruda em Isla Negra. DEpois eu conto os detalhes. Neruda era amigo de Allende e morreu meses depois do golpe militar de 21 de setembro de 73. A casa de Neruda, sobretudo a biblioteca, foi saqueada pelos militares.
A casa onde estavamos era muito acolhedora, mas eu e dona Ana ressolvemos passar os nossos ultimos dias sozinho em um hotel. Amanhá, Lunes, encontraremos a turminha na estacao rodoviaria para comprar nossas passagens de regressos ao Brasil (saudades do portugues, do feijao com arroz e de nossa variedade de racas).
Devemos pegar o bus da Crucero del Norte (eu so quero viajar nessa empresa) na terca por volta do meio dia. Isso se a Cordilheira nao estiver fechada . Caso contràrio, ficarei exilado no Chile.


Hasta la vista! Devo entrar em contato novamente amanhá, via Bar do Bulga.
Beijos em todos, poupem agua e nao despedicem energia. Sejam simples pois a vida è rara.

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