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quinta-feira, julho 19, 2018

Sergio Cardoso

O carioca Sergio Cardoso é o nome de um rua sem saída no Quarteirão Ingelhein, em frente ao Campo do Serrano, em Petrópolis.
rua sem saída no Quarteirão Ingelhein, em frente ao Campo do Serrano, em Petrópolis. 

 Cardoso era um jovem piloto de carros de corrida e que teria um fim trágico no circuito de de rua no centro, em 19 de julho de 1968. Foi num sábado, quando ele fazia o reconhecimento do circuito que havia mudado para o sentido anti-horário. Muitos pilotos,  como o experiente Mario Olivetti, haviam questionado as mudança, mas nada adiantou. O circuito passou a sair da avenida 15 de novembro (atual Rua do Imperador),  seguia pela rua Floriano Peixoto (que no sentido anti-horário se transformou num funil), sdepois Alberto Torres, Avenida Ipiranga (contornava a Catedral),  avenida Tiradentes e novamente a Avenida 15.
 Em sua segunda volta, justamente na curva da Floriano Peixoto, Sérgio Cardoso derrapou e bateu violentamente contra dois postes. O carro parou na rua completamente destruído. Cardoso foi retirado das ferragens ainda com vida pelos bombeiros e levado para o hospital na Alfa de Mario Olivetti, mas ele não resistiu.

o carro de Sérgio Cardoso

Mesmo assim, a corrida ocorreu no dia seguinte. Naquela mesma curva, o piloto  Carol Figueiredo, que vinha no Bino Mark I, número 21, derrapa da mesma forma, batendo na parede, depois em um poste, atravessando a pista indo chocar-se contra um segundo poste.
De forma incorreta, os próprios pilotos retiraram  Figueiredo do carro. Foi Wilsinho Fittipaldi (que recusou-se a correr naquelas condições) quem pegou o amigo nos braços. Felizmente, o piloto acidentado não ficou com maiores sequelas.
Mas teve mais: um caminhão do Corpo de Combeiros seguiu em direção ao local, entrando na pista e colocando-se depois da saída da curva. Nisso, completando a quarta volta, vinha o pelotão, liderado por Luiz Pereira Bueno.
 Carol Figueiredo escapa na mesma curva em que Sergio Cardoso se acidentou. 

Cacaio (Joaquim Carlos Telles de Matos), que também era piloto, estava trabalhando como bandeirinha e, vendo o enorme risco que os competidores iriam encontrar ao sair da curva, correu em direção aos carros desesperado, agitando os braços e gritando para pararem.  Acabou atropelado em cheio pela Ford Willys número 47. O corpo, inerte, mas com vida, caiu na rua com uma grande abertura no abdômen, provocada pelo retrovisor, provavelmente.  Cacaio morreu 39 dias depois, mas devido a uma infecção generalizada.

Segundo as autoridades locais, cerca de 50 mil pessoas estava assistindo a prova ao longo do circuito separadas da pista em alguns pontos por uma simples corda. Depois daquele fatídico domingo, nunca mais foi realizada a corrida de Petrópolis.   

 Fotos e  informações do Nobres do Grid

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