rua sem saída no Quarteirão Ingelhein, em frente ao Campo do Serrano, em Petrópolis. |
Cardoso era um jovem piloto de carros de corrida e que teria um fim trágico no circuito de de rua no centro, em 19 de julho de 1968. Foi num sábado, quando ele fazia o reconhecimento do circuito que havia mudado para o sentido anti-horário. Muitos pilotos, como o experiente Mario Olivetti, haviam questionado as mudança, mas nada adiantou. O circuito passou a sair da avenida 15 de novembro (atual Rua do Imperador), seguia pela rua Floriano Peixoto (que no sentido anti-horário se transformou num funil), sdepois Alberto Torres, Avenida Ipiranga (contornava a Catedral), avenida Tiradentes e novamente a Avenida 15.
Em sua segunda volta, justamente na curva da Floriano Peixoto, Sérgio Cardoso derrapou e bateu violentamente contra dois postes. O carro parou na rua completamente destruído. Cardoso foi retirado das ferragens ainda com vida pelos bombeiros e levado para o hospital na Alfa de Mario Olivetti, mas ele não resistiu.
o carro de Sérgio Cardoso |
Mesmo assim, a corrida ocorreu no dia seguinte. Naquela mesma curva, o piloto Carol Figueiredo, que vinha no Bino Mark I, número 21, derrapa da mesma forma, batendo na parede, depois em um poste, atravessando a pista indo chocar-se contra um segundo poste.
De forma incorreta, os próprios pilotos retiraram Figueiredo do carro. Foi Wilsinho Fittipaldi (que recusou-se a correr naquelas condições) quem pegou o amigo nos braços. Felizmente, o piloto acidentado não ficou com maiores sequelas.
Mas teve mais: um caminhão do Corpo de Combeiros seguiu em direção ao local, entrando na pista e colocando-se depois da saída da curva. Nisso, completando a quarta volta, vinha o pelotão, liderado por Luiz Pereira Bueno.
Carol Figueiredo escapa na mesma curva em que Sergio Cardoso se acidentou. |
Cacaio (Joaquim Carlos Telles de Matos), que também era piloto, estava trabalhando como bandeirinha e, vendo o enorme risco que os competidores iriam encontrar ao sair da curva, correu em direção aos carros desesperado, agitando os braços e gritando para pararem. Acabou atropelado em cheio pela Ford Willys número 47. O corpo, inerte, mas com vida, caiu na rua com uma grande abertura no abdômen, provocada pelo retrovisor, provavelmente. Cacaio morreu 39 dias depois, mas devido a uma infecção generalizada.
Segundo as autoridades locais, cerca de 50 mil pessoas estava assistindo a prova ao longo do circuito separadas da pista em alguns pontos por uma simples corda. Depois daquele fatídico domingo, nunca mais foi realizada a corrida de Petrópolis.
Fotos e informações do Nobres do Grid
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