(...)
"E Sidarta:
– Gozemos desses frutos e aguardemos o resto. O primeiro fruto cujo sumo devemos ao Buda consiste no fato de ele ter-nos aliciado para
longe dos samanas. Resta saber se ele tem ainda outras coisas, coisas melhores, a oferecer-nos, mas isso, meu amigo, podemos
aguardar com toda a calma.
Nesse mesmo dia, Sidarta comunicou ao decano dos samanas a decisão que tomara, no sentido de separar-se dele. Falou ao ancião com
a cortesia e a modéstia que convêm aos jovens e aos discípulos. Mas o samana enfureceu-se, ao saber que os dois rapazes desejavam
abandoná-lo. Começou a gritar, usando nomes feios.
Govinda, todo assustado, ficou perplexo. Sidarta, porém, aproximou a boca da orelha do amigo e sussurrou-lhe:
– Agora mostrarei ao velho que aprendi dele algumas coisinhas."
HESSE, Hermann. Sidarta. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1976, pág. 21
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