terça-feira, março 30, 2010
Banda de um homem só
Última música do show do Lendário Chucrobillyman, no Fernandes Bar em Maringá, no sábado, 27.O show é parte do Zombilly ( http://zombilly.blogspot.com/ ), do Andye Iore. O rockeiro mereceu uma reportagem da RIC Record Maringá.
segunda-feira, março 29, 2010
Homenagem a Armando Nogueira (1927 - 2010)
"O Botafogo tem tudo a ver comigo: por fora, é claro-escuro, por dentro, é resplendor; o Botafogo é supersticioso, eu também sou. O Botafogo é bem mais que um clube - é uma predestinação celestial. Seu símbolo é uma entidade divina. Feliz da criatura que tem por guia e emblema uma estrela. Por isso é que o Botafogo está sempre no caminho certo. O caminho da luz. Feliz do clube que tem por escudo uma invenção de Deus."
-Armando Nogueira, jornalista.
domingo, março 28, 2010
Maria Valente
Estava deixando Petrópolis quando ela deixou Maringá. Maria Valente está na minha cidade Natal desde 1995. Chegamos a nos encontrar em algumas reportagens (eu trabalhava pela Radio Imperial e 107 FM), Acho que está sendo um dos intercâmbios involuntários mais longos que já vi. Só fiquei sabendo que ela era de Maringá quando eu já estava por aqui, na pauta da RPC, em 1997. Valente permanece na InterTV, afiliada da Globo na região Serrana do Estado do Rio. Eis o perfil dela no site da emissora.
Nasci em Maringá, no Paraná, o que faz de mim uma autêntica “pé vermelho”, nome carinhoso que recebem os habitantes do norte do Estado, por causa da terra roxa, muito fértil, daquela região.
Nasci em Maringá, no Paraná, o que faz de mim uma autêntica “pé vermelho”, nome carinhoso que recebem os habitantes do norte do Estado, por causa da terra roxa, muito fértil, daquela região.
Sou formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, na capital de São Paulo. Anos depois cursei a Pós-Graduação na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.
Meu primeiro emprego foi no jornalismo impresso, quando ainda cursava a Faculdade, em São Paulo. Depois me aventurei pelo rádio, AM e FM. Mas a televisão me acolheu de braços abertos e foi meu maior desafio profissional. Comecei na Televisão Cultura, afiliada da Rede Globo em Maringá, que hoje compõe a Rede Paranaense de Televisão. Depois trabalhei, sempre como repórter, na EPTV do Sul de Minas, em Varginha, por um período curto mas muito gratificante. Logo fui transferida para a EPTV de Campinas. Anos depois aceitei o convite para integrar o jornalismo da TV Serra Mar em Petrópolis, hoje a Rede INTER TV Serra Mar.
Era o ano de 1995. Já são 14 anos nesta região encantadora do Estado do Rio, onde eu tenho a satisfação de viver e fazer o que mais gosto: contar histórias.
Era o ano de 1995. Já são 14 anos nesta região encantadora do Estado do Rio, onde eu tenho a satisfação de viver e fazer o que mais gosto: contar histórias.
Tributo a Louise Brooks
Ela era uma gracinha. Em 1929 Louise Brooks entrava para a história do cinema em A Caixa de Pandora, uma obra-prima de G.W.Pabst. É a primeira vamp do cinema. Uma beleza digna para entrar na galeria de musas do cinema do jovem Elton Telles, um dos apresentadores do programa Cinema Falado. Em tempo: sabe qual é o título de "A Caixa de Pandora" em Portugual? Clique AQUI
É de manteiga
Vipula Athukorale é chef de cozinha. Tem 46 anos. Nasceu no Sri Lanka. Hoje mora na Inglaterra. VVez ou outra ele gela as mãos para que o calor do corpo não derreta a manteiga. E assim, Vípula faz esculturas...
sábado, março 27, 2010
Flávio Cavalcanti
Nossos comerciais, por favor!". Esse era um dos bordões de Flávio Barbosa Cavalcanti, um dos apresentadores mais populares da televisão nas décadas de 70 e 80.
Começou em 1957 na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro. Na década de 60, ficou famoso por ter entrevistado Jonh Kennedy na Casa Branca e também fez a barba do perigoso Tenório Cavalcanti.
Na década seguinte, ficou famoso ao mostrar reportgens sensacionalistas , sempre com gestos teatrais.
Mesmo simpático ao regime militar, foi alvo da ditadura quando em março de 73 entrevistou um mineiro que havia emprestado a mulher a outro homem. O programa foi suspenso por 60 dias.
Mesmo conservador, também protegeu em sua casa, em Petrópolis, a atriz Leila Diniz, outro alvo da censura.
Será lembrado por quadros como Um Instante, Maestro que revelava talentos da MPB.
Morreu aos 63 anos quando apresentava seu programa no SBT.
Na redação da RIC Curitiba
Fui muito bem recebido ontem na redação da RIC Curitiba. Luanne & Cia me deixaram muito à vontade. Desde já agradeço a todos pela confiança na nossa equipe em Maringá.
quinta-feira, março 25, 2010
Festivais da Cerveja em Abril
Helsinki Beer Festival - Helsinki (Finlândia) - http://www.helsinkibeerfestival.com/
Great International Beer Festival - Boston (EUA) - http://www.beerfestamerica.com/
Boston Beer Summit - Boston (EUA) - http://www.beersummit.com/
Craft Brewers Conf. & BrewExpo America - EUA - www.beertown.org/events/cbc
World Beer Cup - EUA - www.beertown.org/events/wbc
San Francisco International Beer Festival - São Francisco (EUA) - http://www.sfbeerfest.com/
Festival Nacional do Chopp de Feliz - Feliz (Brasil) - http://www.festivaldochopp.com.br/
Fonte: o excelente blog LOIRA & GELADA
terça-feira, março 23, 2010
Vanessa Bellei
Vanessa Bellei e o maridão no desfile da Imperatriz Leopoldinense, Carnaval 2010. Hoje ela é a nova produtora da RIC Record Maringá.
Umas & Outras
Superprodução
Em termos de Maringá. É o espetáculo “O Mercador de Veneza” que começa a sair do papel.
Com quem?
Pedro Ochoa, Bem Hur e Cia estão na parada.
Festival
Pery de Canti começa articular uma nova edição do Festival de Cinema de Maringá.
Quando?
Desta vez será em junho, longe da concorrência de outros eventos alusivos ao aniversário da cidade, em maio.
Literatura
Antonio Roberto de Paula prepara mais uma. Desta vez um livro em CD Rom. Contos.
Regressiva
Até o final de abril teremos uma nova equipe na RIC Maringá.
Religião?
Cheguei agora do postinho de saúde. Fui me vacinar contra febre amarela. Exigência para viajar a Argentina.
Estranho
A atendente me perguntou coisas óbvias, tipo endereço, idade etc.
Isso mesmo. O que religião tem a ver com vacina?
Se fosse...
Um consultório psiquiátrico... vai lá...
Respondi
Não tenho... Ou tenho?
Em termos de Maringá. É o espetáculo “O Mercador de Veneza” que começa a sair do papel.
Com quem?
Pedro Ochoa, Bem Hur e Cia estão na parada.
Festival
Pery de Canti começa articular uma nova edição do Festival de Cinema de Maringá.
Quando?
Desta vez será em junho, longe da concorrência de outros eventos alusivos ao aniversário da cidade, em maio.
Literatura
Antonio Roberto de Paula prepara mais uma. Desta vez um livro em CD Rom. Contos.
Regressiva
Até o final de abril teremos uma nova equipe na RIC Maringá.
Religião?
Cheguei agora do postinho de saúde. Fui me vacinar contra febre amarela. Exigência para viajar a Argentina.
Estranho
A atendente me perguntou coisas óbvias, tipo endereço, idade etc.
Isso mesmo. O que religião tem a ver com vacina?
Se fosse...
Um consultório psiquiátrico... vai lá...
Respondi
Não tenho... Ou tenho?
sexta-feira, março 19, 2010
Paisagem da Batalha
Elton Telles
Encerrando a série dedicada aos filmes indicados ao Oscar 2010, o Cinema Falado finaliza esse especial comentando o grande vencedor da premiação, “Guerra ao Terror” (2009), dirigido por Kathryn Bigelow. O filme consagrou-se o vencedor do Oscar, papando 6 estatuetas e deixando “Avatar” e os demais concorrentes desarmados e comendo poeira. O programa é apresentado pelo trio de cinéfilos Thiago Ramari, Marcelo Bulgarelli e Elton Telles, e vai ao ar nesta sexta-feira (19/03), às 21h, com horários alternativos no domingo, às 18h; na segunda-feira, às 2h; quarta-feira, às 3h e na sexta-feira, às 5h.
Escrito pelo jornalista Mark Boal, baseado no próprio artigo escrito para a revista Playboy, em 2006, “Guerra ao Terror” acompanha alguns dos obstáculos que soldados norte-americanos enfrentaram durante a invasão do Iraque, mais uma guerra patrocinada pelos Estados Unidos por caprichos capitalistas. Mesmo armados dos pés à cabeça, o filme não foca em soldados que combatem especificamente no front, mas em recrutas especialistas em desarmar bombas implantadas por insurgentes e rebeldes iraquianos.
(Pouco) conhecida de uma filmografia quase exclusiva de filmes de ação, a diretora Kathryn Bigelow realiza seu trabalho mais expressivo com este filme e recebe o reconhecimento devido da Academia em coroá-la como a primeira mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção. Utilizando um estilo semidocumental, Bigelow abusa da “câmera nervosa” e é fantástica por garantir um clima de tensão e contra-ataque até mesmo em cenas naturalmente mais arrastadas, como um tiroteio no deserto. Favorecido por uma edição que prima pela agilidade e fluidez, além do elenco eficiente e fotografia saturada, que enaltece a aridez do local, “Guerra ao Terror” é um filme tecnicamente primoroso e com um discurso antibelicista, que focaliza a derrota do espírito humano dos soldados em meio à guerra.
A escolha da Academia em premiar um filme independente, de baixo orçamento (aproximadamente 11 milhões), em detrimento da maior bilheteria da história é um avanço. Sem querer desmerecer “Avatar”, que é um baita filme e uma experiência fantástica de se assistir no cinema em terceira dimensão, mas a preferência dos votantes por “Guerra ao Terror” foi, praticamente, uma resposta à indústria cinematográfica de que não há efeitos visuais e tecnologia digital que prevaleça sobre uma boa história.
TÍTULO: GUERRA AO TERROR
TÍTULO ORIGINAL: THE HURT LOCKER
ANO: 2009
PAÍS DE OIRGEM: ESTADOS UNIDOS
DIREÇÃO: KATHRYN BIGELOW
ROTEIRO: MARK BOAL
ELENCO: JEREMY RENNER, ANTHONY MACKIE, GUY PEARCE E RALPH FIENNES
TRAILER
http://www.youtube.com/watch?v=OJS4maWtw5s
RÁDIO UNIVERSITÁRIA CESUMAR - 94,3
O programa pode ainda ser ouvido, no horário da tranmissão, através do site http://www.radiocesumar.com.br/
Para participar do programa:
e-mail: cinemafalado@gmail.com / atendimento@radiocesumar.com.br
Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=14478758
quarta-feira, março 17, 2010
Ninguém sabe o duro que dei...
Assisti um dos melhores documentários de 2009: Wilson Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Dei. Simplesmente uma aula de cinema documental capaz de agradar até mesmo quem nunca ouviu falar do Simonal, o primeiro artista pop brasileiro. Sincero, humano e isento. Um cara que agitava as massas, cantou ao lado de celebridades como Sarah Vaughan ou James Brown.Terminou cantando para pacientes de um hospital. Mostra que a esquerda pode ser tão perversa como a direita. Adorado pela massa. Esquecido pela massa.
segunda-feira, março 15, 2010
Tô véio...
Acredite: eu tive esse brinquedo. Eram umas capsulas (parecidas com as de remédios) com uma bola de metal por dentro.A bola corria dentro da capsula que descia o tobogã. Eu ganhava as corridas dando uma 'envenenada': diminuía o tamanho da capsula com uma tesoura. Assim, com a capsula menor, eu corria mais. A Atma é ótima!
domingo, março 14, 2010
Domingo com Nouvelle Vague
Nouvelle Vague faz uma reeleitura de punk e do new wave tendo como base a bossa nova.
É pra deitar e rolar...
Tá valendo uma rodada de cerveja!
Essa veio do blog OLHARES ALTERNATIVOS do amigo Roberto Moraes. Pegue lapis e papel antes de começar...
Não trapaceie!
É rápido!
1. Primeiro: escolha o número de vezes que você gostaria de tomar cerveja na semana (mais do que 1 menos que 10)
2. Multiplique o número por 2 (apenas para ser ousado);
3. Adicione 5;
4. Multiplique por 50 (vou esperar enquanto você pega uma calculadora);
5. Se você já tiver feito aniversário esse ano some 1760. Se não tiver feito, some 1759.
6. Agora subtraia os quatro dígitos do ano em que você nasceu.
Você agora deve ter um número de três dígitos. O primeiro digito foi o número que você escolheu!
E os próximos dois números são SUA IDADE!
Depois me paga uma gelada pelo meu talento e fica tudo certo.
Ok, Roberto, eu pago a cerveja!
Não trapaceie!
É rápido!
1. Primeiro: escolha o número de vezes que você gostaria de tomar cerveja na semana (mais do que 1 menos que 10)
2. Multiplique o número por 2 (apenas para ser ousado);
3. Adicione 5;
4. Multiplique por 50 (vou esperar enquanto você pega uma calculadora);
5. Se você já tiver feito aniversário esse ano some 1760. Se não tiver feito, some 1759.
6. Agora subtraia os quatro dígitos do ano em que você nasceu.
Você agora deve ter um número de três dígitos. O primeiro digito foi o número que você escolheu!
E os próximos dois números são SUA IDADE!
Depois me paga uma gelada pelo meu talento e fica tudo certo.
Ok, Roberto, eu pago a cerveja!
Bom domingo!
O BAR DO FERREIRINHA lembrou e aqui está. Poesia do Drummond e música de Paulo Diniz. Casamento tão perfeito que é impossível ler o poema sem lembrar da música.
José
Carlos Drummond de Andrade
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
José
Carlos Drummond de Andrade
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Obras primas deJos Stelling
Outro dia digitalizei o excelente O Ilusionista. Agora consegui com boa qualidade outro filme que eu só tinha em VHS (e com imagem sofrível): O Homem da Linha (De wisselwachter) 1986 (vide capinha do VHS), também do holandês Jos Stelling (Vencedor da Mostra Internacional de São Paulo). A sinopse e o filme estão AQUI.
Uma jovem francesa desce de um comboio certa de ter chegado ao seu destino. Mas depara-se com uma pequena estação quase deserta e no meio do nada,onde vive apenas um empregado, responsavel pela manutenção da linha. Os comboios raramente param ali, assim ela é obrigada a conviver com aquele estranho que nunca teve contacto íntimo com uma mulher. Joss Stelling cria um clima de tensão e claustrofobia a partir da obsessão de um homem solitário por uma mulher. A presença dela destrói o equilibrio pessoal que ele tinha construido durante anos, formando um trampolim para vários acontecimentos humoristicos e dramáticos.
Este, é um pequeno filme holandês, que se não fosse o Fantasporto, provavelmente nunca teria sido divulgado em Portugal. No Fantasporto, ganhou o prémio de Melhor Actor(Jim van der Woude), e o prémio da Audiência. Teve ainda divulgação por outros festivais pelo mundo fora, como em Veneza, onde ganhou uma menção especial, e no festival de São Paulo, onde também ganhou o prémio da audiência.
Uma jovem francesa desce de um comboio certa de ter chegado ao seu destino. Mas depara-se com uma pequena estação quase deserta e no meio do nada,onde vive apenas um empregado, responsavel pela manutenção da linha. Os comboios raramente param ali, assim ela é obrigada a conviver com aquele estranho que nunca teve contacto íntimo com uma mulher. Joss Stelling cria um clima de tensão e claustrofobia a partir da obsessão de um homem solitário por uma mulher. A presença dela destrói o equilibrio pessoal que ele tinha construido durante anos, formando um trampolim para vários acontecimentos humoristicos e dramáticos.
Este, é um pequeno filme holandês, que se não fosse o Fantasporto, provavelmente nunca teria sido divulgado em Portugal. No Fantasporto, ganhou o prémio de Melhor Actor(Jim van der Woude), e o prémio da Audiência. Teve ainda divulgação por outros festivais pelo mundo fora, como em Veneza, onde ganhou uma menção especial, e no festival de São Paulo, onde também ganhou o prémio da audiência.
quarta-feira, março 10, 2010
Homenagem aos filmes de terror
Na noite do Oscar 2010, a Academia de Artes e Ciências de Hollywood fez um tributo aos filmes de terror. Esqueceram completamente dos flimes da Hammer, a produtora inglesa que marcou época com classicos do genero nos anos 60.
terça-feira, março 09, 2010
Oscar 2010 - Melhor Animação
Confira aqui o curta metragem que venceu o Oscar 2010. Logorama é uma produção francesa. Tem de tudo: ação, perseguição, etc. O bacana é que os personagens são logomarcas. São 17 minutos de aventuras.
domingo, março 07, 2010
sexta-feira, março 05, 2010
quinta-feira, março 04, 2010
Cartas a um jovem poeta
Quando comecei a escrever meus primeiros textos, por volta dos 13, 14 anos, ganhei da minha tia Regina o livro de Rilke.E hoje é um dos meus clássicos. Uma aula para quem pensa ou quer escrever aquilo que sente ou sonha em sentir.
Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda a escrever; examine se estende suas raízes elos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se tudo lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: “sou mesmo forçado a escrever?”. Escave dentro de si uma resposta profunda.
Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usuais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para se produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes. Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate suas mágoas e seus desejos, seus pensamentos passageiros, sua fé em qualquer beleza - relate tudo isto com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas de seu ambiente, as imagens de seus sonhos e os objetos de suas lembranças. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas, riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente. Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar: aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre sua infância, essa esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? Volte a atenção para ela. Procure soerguer as sensações submersas desse longínquo passado: sua personalidade há de reforçar-se, sua solidão há de alargar-se e transformar-se numa habitação entre lusco e fusco diante da qual o ruído dos outros passa longe, sem nela penetrar. Se depois desta volta para dentro, deste ensimes¬mar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por esses seus trabalhos, pois há de ver neles sua querida propriedade natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Neste caráter de origem está o seu critério, - o único existente. Também, meu prezado senhor, não lhe posso dar outro conselho fora deste: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é que encontrará a resposta à questão de saber se deve criar. Aceite-a tal como se lhe apresentar à primeira vista sem procurar interpretá-Ia. Talvez venha a significar que o senhor é chamado a ser um artista. Nesse caso aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora. O criador, com efeito, deve ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si e nessa na¬tureza a que se aliou.
Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o senhor de renunciar a se tornar poeta. (Basta, como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-la). Mesmo assim, o exame de consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.
(Reiner Maria Rilke – Cartas a um Jovem Poeta – Ed.Globo)
Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda a escrever; examine se estende suas raízes elos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se tudo lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: “sou mesmo forçado a escrever?”. Escave dentro de si uma resposta profunda.
Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usuais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para se produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes. Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate suas mágoas e seus desejos, seus pensamentos passageiros, sua fé em qualquer beleza - relate tudo isto com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas de seu ambiente, as imagens de seus sonhos e os objetos de suas lembranças. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas, riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente. Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar: aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre sua infância, essa esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? Volte a atenção para ela. Procure soerguer as sensações submersas desse longínquo passado: sua personalidade há de reforçar-se, sua solidão há de alargar-se e transformar-se numa habitação entre lusco e fusco diante da qual o ruído dos outros passa longe, sem nela penetrar. Se depois desta volta para dentro, deste ensimes¬mar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por esses seus trabalhos, pois há de ver neles sua querida propriedade natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Neste caráter de origem está o seu critério, - o único existente. Também, meu prezado senhor, não lhe posso dar outro conselho fora deste: entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é que encontrará a resposta à questão de saber se deve criar. Aceite-a tal como se lhe apresentar à primeira vista sem procurar interpretá-Ia. Talvez venha a significar que o senhor é chamado a ser um artista. Nesse caso aceite o destino e carregue-o com seu peso e sua grandeza, sem nunca se preocupar com recompensa que possa vir de fora. O criador, com efeito, deve ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si e nessa na¬tureza a que se aliou.
Mas talvez se dê o caso de, após essa descida em si mesmo e em seu âmago solitário, ter o senhor de renunciar a se tornar poeta. (Basta, como já disse, sentir que se poderia viver sem escrever para não mais se ter o direito de fazê-la). Mesmo assim, o exame de consciência que lhe peço não terá sido inútil. Sua vida, a partir desse momento, há de encontrar caminhos próprios. Que sejam bons, ricos e largos é o que lhe desejo, muito mais do que lhe posso exprimir.
(Reiner Maria Rilke – Cartas a um Jovem Poeta – Ed.Globo)
A Brisa levou Johnny Alf
Morreu na tarde desta quinta o pianista e compositor Johnny Alf, após longa luta contra um câncer na coluna vertebral. Tinha 80 anos. Ele foi autor de clássicos da música brasileira como Eu e a Brisa, Ilusão à Toa e Rapaz de Bem.
Alf estava internado no hospital Mário Covas, em Santo André, na Grande São Paulo.
Alf estava internado no hospital Mário Covas, em Santo André, na Grande São Paulo.
"Fernão Capelo Gaivota".
Fernão Capelo é uma gaivota que não se limita a buscar alimento. Quer voar sempre melhor e cada vez mais alto.
Uma noite, as gaivotas que não praticavam o vôo noturno juntaram-se na praia, para pensar. Fernão reuniu toda a sua coragem e dirigiu-se à gaivota mais velha, que, segundo diziam, devia passar em breve para outro mundo.
- Chiang ... - começou ele, um pouco nervoso. A velha gaivota olhou-o com bondade.
- Diga, meu filho.
Em vez de enfraquecer, a idade dera força ao Mais Velho. Em vôo batia qualquer gaivota do bando, e aprendera perícias de que os outros só muito lenta e gradualmente começavam agora a aperceber-se.
- Chiang, este mundo não é o paraíso, é?
O mais velho sorriu ao luar:
- Você está aprendendo outra vez, Fernão Gaivota.
- Bem, e o que é que acontece depois disso? Para onde vamos?
Não há um lugar chamado paraíso?
- Não, Fernão, não há tal lugar. O paraíso não é um lugar nem um tempo. O paraíso é ser perfeito. - Ficou em silêncio durante um momento. - Você voa com muita velocidade, não voa?
- Eu ... Eu gosto da velocidade - respondeu Fernão, surpreendido mas orgulhoso de que o Mais Velho o tivesse notado.
- Você começará a se aproximar do paraíso, no momento em que alcançar a velocidade perfeita. E isso não é voar a mil e quinhentos quilômetros por hora, nem a um milhão e quinhentos mil, nem voar à velocidade da luz. Porque nenhum número é um limite, e a perfeição não tem limites. A velocidade perfeita, meu filho, é estar ali.
Sem avisar, Chiang evaporou-se e apareceu à borda da água, à distância de quinze metros, numa centelha de instante. Depois evaporou-se outra vez e surgiu ao lado de Fernão, no mesmo milésimo de segundo. - É divertido -comentou.
Fernão ficou atordoado. Esqueceu-se de fazer perguntas acerca do paraíso.
- Como é que se faz isso? O qué é que se sente? A que distância se pode ir?
- Desde que você o deseje, pode ir a qualquer lugar e a qualquer momento - disse-lhe o mais velho. - Que me lembre, já fui a todos os lugares e a todos os momentos. - Olhou o mar, pensativo. - É estranho ... As gaivotas que desprezam a perfeição por amor ao movimento não chegam a parte alguma, devagar. As que ignoram o movimento por amor à perfeição chegam a toda parte, instantaneamente. Lembre-se, Fernão, o paraíso não é um lugar nem um tempo, porque lugar e tempo não significam nada. O paraíso é ...
- Pode ensinar-me a voar assim?
Fernão Gaivota tremia de ansiedade por conquistar outro desconhecido.
- Claro, se você deseja aprender.
- Desejo, sim! Quando podemos começar?
- Se quiser, podemos começar já.
- Eu quero aprender a voar assim - disse Fernão, um brilho
estranho a iluminar-lhe os olhos. - Diga-me o que devo fazer.
Chiang falou devagar, observando cuidadosamente a gaivota mais nova.
- Para voar à velocidade do pensamento, para onde quer que seja, você deve começar por saber que já chegou ...
(Richard Bach)
Esse comentário do Balestra tinha que entrar aqui. Não podia ficar de fora. Confira:
Bulgarçom, a fábula do Fernão Capelo Gaivota é deliciosa. Você matou uma saudade minha agora... Quem a lê não esquece jamais. A li em meados de 75, então recém casado.
Tenho um exemplar em espanhol, cujo título é “Juan Salvador Gaviota – um relato”, adquirido em Assunção em 15.11.1980 (o ticket do caixa conservo até hj dentro do livro... rsrsrsr). Olha a introdução: "Al verdadero Juan Gaviota, que todos llevamos dentro".
O incentivo à força interior para a superação da vida que traz a alegoria do Fernão é simplesmente magistral. Richard Bach é de um talento incrível pra esse estilo de literatura. Os diálogos dele fluem com graça, e deixam marcas boas na gente. Eis um trechinho em espanhol aqui da versão que tenho, do exato que você transcreveu aí:
“...Una noche, las gaviotas que no estaban practicando vuelo nocturnos se quedaron em la arena, pensando. Juan echó mano de todo su coraje y se acercó a la Gaviota Mayor, de quien se decía iba pronto a trasladarse más allá de este mundo.
- Chiang... – dijo, um poco nervioso.
La vieja gaviota lé miró tiernamente.
- ¿Sí, hijo mió?
(...)”
Pode trazer a nota que tô saindo, Bulgarçom...
abs
(PS: O Bar do Bulga também tem uma edição em espanhol - Comprei num sebo e dei de presente para a Ana - hehehehe)
Uma noite, as gaivotas que não praticavam o vôo noturno juntaram-se na praia, para pensar. Fernão reuniu toda a sua coragem e dirigiu-se à gaivota mais velha, que, segundo diziam, devia passar em breve para outro mundo.
- Chiang ... - começou ele, um pouco nervoso. A velha gaivota olhou-o com bondade.
- Diga, meu filho.
Em vez de enfraquecer, a idade dera força ao Mais Velho. Em vôo batia qualquer gaivota do bando, e aprendera perícias de que os outros só muito lenta e gradualmente começavam agora a aperceber-se.
- Chiang, este mundo não é o paraíso, é?
O mais velho sorriu ao luar:
- Você está aprendendo outra vez, Fernão Gaivota.
- Bem, e o que é que acontece depois disso? Para onde vamos?
Não há um lugar chamado paraíso?
- Não, Fernão, não há tal lugar. O paraíso não é um lugar nem um tempo. O paraíso é ser perfeito. - Ficou em silêncio durante um momento. - Você voa com muita velocidade, não voa?
- Eu ... Eu gosto da velocidade - respondeu Fernão, surpreendido mas orgulhoso de que o Mais Velho o tivesse notado.
- Você começará a se aproximar do paraíso, no momento em que alcançar a velocidade perfeita. E isso não é voar a mil e quinhentos quilômetros por hora, nem a um milhão e quinhentos mil, nem voar à velocidade da luz. Porque nenhum número é um limite, e a perfeição não tem limites. A velocidade perfeita, meu filho, é estar ali.
Sem avisar, Chiang evaporou-se e apareceu à borda da água, à distância de quinze metros, numa centelha de instante. Depois evaporou-se outra vez e surgiu ao lado de Fernão, no mesmo milésimo de segundo. - É divertido -comentou.
Fernão ficou atordoado. Esqueceu-se de fazer perguntas acerca do paraíso.
- Como é que se faz isso? O qué é que se sente? A que distância se pode ir?
- Desde que você o deseje, pode ir a qualquer lugar e a qualquer momento - disse-lhe o mais velho. - Que me lembre, já fui a todos os lugares e a todos os momentos. - Olhou o mar, pensativo. - É estranho ... As gaivotas que desprezam a perfeição por amor ao movimento não chegam a parte alguma, devagar. As que ignoram o movimento por amor à perfeição chegam a toda parte, instantaneamente. Lembre-se, Fernão, o paraíso não é um lugar nem um tempo, porque lugar e tempo não significam nada. O paraíso é ...
- Pode ensinar-me a voar assim?
Fernão Gaivota tremia de ansiedade por conquistar outro desconhecido.
- Claro, se você deseja aprender.
- Desejo, sim! Quando podemos começar?
- Se quiser, podemos começar já.
- Eu quero aprender a voar assim - disse Fernão, um brilho
estranho a iluminar-lhe os olhos. - Diga-me o que devo fazer.
Chiang falou devagar, observando cuidadosamente a gaivota mais nova.
- Para voar à velocidade do pensamento, para onde quer que seja, você deve começar por saber que já chegou ...
(Richard Bach)
Esse comentário do Balestra tinha que entrar aqui. Não podia ficar de fora. Confira:
Bulgarçom, a fábula do Fernão Capelo Gaivota é deliciosa. Você matou uma saudade minha agora... Quem a lê não esquece jamais. A li em meados de 75, então recém casado.
Tenho um exemplar em espanhol, cujo título é “Juan Salvador Gaviota – um relato”, adquirido em Assunção em 15.11.1980 (o ticket do caixa conservo até hj dentro do livro... rsrsrsr). Olha a introdução: "Al verdadero Juan Gaviota, que todos llevamos dentro".
O incentivo à força interior para a superação da vida que traz a alegoria do Fernão é simplesmente magistral. Richard Bach é de um talento incrível pra esse estilo de literatura. Os diálogos dele fluem com graça, e deixam marcas boas na gente. Eis um trechinho em espanhol aqui da versão que tenho, do exato que você transcreveu aí:
“...Una noche, las gaviotas que no estaban practicando vuelo nocturnos se quedaron em la arena, pensando. Juan echó mano de todo su coraje y se acercó a la Gaviota Mayor, de quien se decía iba pronto a trasladarse más allá de este mundo.
- Chiang... – dijo, um poco nervioso.
La vieja gaviota lé miró tiernamente.
- ¿Sí, hijo mió?
(...)”
Pode trazer a nota que tô saindo, Bulgarçom...
abs
(PS: O Bar do Bulga também tem uma edição em espanhol - Comprei num sebo e dei de presente para a Ana - hehehehe)
Cartaz de Escolha Única
Érico Alessandro anuncia que ficou pronto o Cartaz de Escolha Única. Segundo ele, é o primeiro filme interativo do mundo no circuito comercial para salas de cinema via celular, videolocadoras via controle remoto e televisão via telefone. Érico está em São Paulo para estréia oficial do filme Escolha Única em duas salas de cinema. O cartaz é de Sidney Bonanza do Estúdio Vista de Maringá.
Equilibrio
Quando um arqueiro atira sem alvo e nem mira, está com toda a sua habilidade.
Se atira para ganhar uma fivela de metal, já fica nervoso.
Se atira por um prêmio em ouro. Fica cego
Ou vê dois alvos : Está louco!
Sua habilidade não mudou. Mas o prêmio Cria nele divisões. Preocupa-se.
Pensa mais em ganhar
Do que em atirar -
E a necessidade de vencer esgota-lhe a força.
Thomaz Merton – A via de Chuang Tzu – Ed. Vozes
Se atira para ganhar uma fivela de metal, já fica nervoso.
Se atira por um prêmio em ouro. Fica cego
Ou vê dois alvos : Está louco!
Sua habilidade não mudou. Mas o prêmio Cria nele divisões. Preocupa-se.
Pensa mais em ganhar
Do que em atirar -
E a necessidade de vencer esgota-lhe a força.
Thomaz Merton – A via de Chuang Tzu – Ed. Vozes
Precisamos de sangue
O amigo de fé, irmão camarada, Lukas, precisa de sangue. Quem puder ajudar pode comparecer ao Banco de Sangue Dom Bosco, em frente ao Hospital Maringá. A doação deve ser feita em nome de Marcos César Lukaszewigz.O sobrenome é de origem polonesa.
PS - Ironia: Anemia seria a falta de ferro no sangue.Eu estou com excesso de ferro no sangue e não posso doar. Se eu tiver que fazer uma sangria (retirada do sangue) ele será jogado fora.
PS - Ironia: Anemia seria a falta de ferro no sangue.Eu estou com excesso de ferro no sangue e não posso doar. Se eu tiver que fazer uma sangria (retirada do sangue) ele será jogado fora.
terça-feira, março 02, 2010
Por aquilo que cativas...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita ...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste ...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram
ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços".
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão
um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo ...
E a raposa continuou:
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo ... Por favor, cativa-me!
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.
Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás
primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas,. então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração ...
Assim, o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal;
mas tu quiseste que eu te cativasse ... - Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar!
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
(O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry - texto adaptado)
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste ...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram
ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços".
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão
um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo ...
E a raposa continuou:
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo ... Por favor, cativa-me!
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.
Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás
primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas,. então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração ...
Assim, o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal;
mas tu quiseste que eu te cativasse ... - Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar!
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
(O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry - texto adaptado)
Confiança, ética e tranquilidade
Na China, numa tarde, cheia de amor ao filho, uma mãe fiava tranqüilamente a lã.
Alguns homens irromperam, de estalo, em sua casa e lhe lançaram em rosto:
- Teu filho não passa de um assassino! Ele acaba de matar alguém!
A mãe não acreditou no que ouvira e não parou com a roda de fiar. Mas outro homem chegou e confirmou:
- Sim! sim! Ele matou!
A mãe, todavia, continuou a fiar tranqüilamente.
- Não - disse ela, prosseguindo no trabalho -, não. Acredito em meu filho.
Verificou-se, mais tarde, que as notícias eram falsas.
Quando a fé verdadeira entre pais e filhos, marido e mulher, discípulos e mestres não existe ... Sobrevém o demônio.
Mas a verdadeira intimidade não se expõe, não se conta, não se certifica, não se mostra! Não precisamos exibi-la, nem desculpar-nos, pois o dualismo já não existe.
A Tigela e o Bastão – 120 contos Zen – Ed. Pensamento
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