O filósofo disse no jornal de ontem que Deus está morto.
No corredor, O rinoceronte solto,chora a morte do Criador.
Mas os atalhos do destino são uma era coincidência entre Pontes e abismos.
O pintor de paredes está nu com o corpo coberto de expressionismo.
No céu, um aeroplano vermelho racha as nuvens levando uma faixa onde se lê:
Seu futuro é o presente de quem crê.
No quarto e sala, o namorado vai indo embora levando trapos e o armário embutido de barato e memória.
Tudo vale a pena quando se quebra os óculos, tendo velas e faltando fósforos.
Chama o sol como faziam os índios com seus ritos, abra os braços em cruz
E cante uma canção dos Beatles...
(Marcelo Bulgarelli, Petrópolis, primavera 1994)
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