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domingo, maio 23, 2021

gentileza

Texto de Ricardo Viana Jorge no grupo Botafogo Antifascista.

Estou entrando num novo ramo de negócio. A partir de hoje, trabalharei exclusivamente com a distribuição de gentileza.

Vi a escassez do produto no mercado, e ainda que muitos advirtam que ela pode até estar perto de ser criminalizada, não pretendo desistir.

É uma necessidade minha, ainda que não encontre interessados. Um pé de jatobá não pode oferecer banana, e ele (jatobá) não pode fazer nada se consideram seu fruto menos agradável que o da bananeira.

Sabem, eu sei bater. Com os pés, com as mãos, com a caneta, com a voz. Passei anos no ringue, no dojo, em debates. Aprendi a bater e apanhar. Aprendi que luta se vence apanhando, o boxe e o judo me ensinaram. É quando o golpe do adversário perde a força que a gente puxa o que sobrou e vira o jogo.

Mas também aprendi que a gentileza traz o melhor de mim.
E percebi que não adianta fazer coisa alguma que não tenha este resultado: trazer o melhor de mim.

A gentileza é a trincheira da resistência, é a força que permite ver os golpes do inimigo se esvaziando, e dá certeza que ainda me resta muita força pra virar o jogo.

Não me incomodo com a concorrência, caso alguém esteja querendo fazer o mesmo, mas não recomendo. É um negócio arriscado, como eu disse, andam até tentando criminalizar.

E isso é mais um desabafo do que um convite ou uma tentativa de conversão. Não acredito em proselitismo, não procuro adesão.

Talvez isso seja mesmo apenas uma propaganda. Como disse, é um novo negócio e precisa ser divulgado pra ganhar mercado.

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