Revista Manchete, 12 julho de 1975 |
25/09/2005 21:53
Marcelo Bulgarelli
De hippie, a jovem passou a ser cocota. Apenas um outro rótulo, o mais atualizado, para definir o estilo de vida adotado por adolescentes: o uso e abuso dos jeans, do tênis, da sandália havaiana, o gosto por atividades livres, como o surfe e a curtição do rock e das gírias.
E assim existiu uma geração de meninas da faixa de 15 anos que nos anos 70 foi cocota.
O modismo - ou comportamento - se espalhou em todo o país. Em Maringá, as cocotas durariam até o surgimento de discotecas como a Senzala, no final da década. Foi o momento de dar o lugar para a febre disco.
As cocotas tinham dificuldades para expressar opiniões. No máximo, emitiam interjeições:É isso aí. Podes crer. Não tá com nada.
Na matéria da revista Manchete, uma das cocotas tenta se explicar: cocota é o nome que deram às menininhas sofisticadinhas, cheias de preconceitos, que não tem nada a ver. "Não ter nada a ver" é uma das expressões mais usadas. Presume-se que o ouvinte já esteja ciente dos complementos - a ver com que?. E pelo visto, até hoje, não mudou nada.
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