Arthur Bispo do Rosario (1909-1989) é uma das mais complexas figuras das artes plásticas brasileiras.
O sergipano Bispo do Rosario passou mais de 50 anos de sua vida na Colônia Juliano Moreira, um hospício em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Assim ele bordou em seu manto, o dia em que foi internado:
"22 dezembro 1938 meia noite acompanhado por 7 anjos em nuves especias forma esteira mim deixaram na casa nos fundo murrado rua são clemente 301 botafogo entre as ruas das palmeiras e matriz", bordou em seu manto.”.
Sozinho, idealizou um outro mundo: "de ouro, prata e bronze, só de planícies, sem doença mental, violência nem sofrimento"
Inventou mantos, capas, estandartes e "assemblages", criados com objetos de uso no cotidiano. Essas obras já rodaram o mundo e representaram o Brasil na Bienal de Veneza, em 1995.
"Os doentes mentais são como beija-flores, nunca pousam. Ficam a dois metros do chão"
Arthur Bispo do Rosario
O Bispo diante de uma de suas criações |
"Os doentes mentais são como beija-flores, nunca pousam. Ficam a dois metros do chão" |
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