Veja o que fazer com seus vinis. Está no site Design on the Rocks. Um trabalho do designer Pavel Sidorenko.
Site do designer: www.pavel-sidorenko.com
Fonte: www.designontherocks.com.br
sábado, julho 31, 2010
quarta-feira, julho 28, 2010
Muito além da miopia
O primeiro sutiã a gente não esquece. No meu caso, acredito que tenham sido os meus primeiros óculos. Traumático. Tinha eu uns dez anos quando a miopia me descobriu. Não gostava daquilo que esteticamente me incomodava. Tanto é que resolvi não usar óculos todos os dias.
Eu participava de uma colônia de férias do Batalhão de Infantaria Motorizada em Petrópolis. Em 1975 para ser mais exato.
A colônia era a festa que o regime militar fazia pra alegria da garotada e dos pais que enfim tinham um lugar barato para enfiar os filhos durante o mês de janeiro. A colônia era de graça.
E lá ia eu: tênis conga, short azul, camiseta branca e uma estranha boina com listas pretas e brancas que identificava a minha turma: a número 5, batizada como a Turma do Zero, homenagem ao personagem Recruta Zero. Tudo a ver. Éramos chamados de ‘colonins”.
A turma 5 era só de meninos na faixa dos dez anos. A turma 9 era a correspondente do sexo feminino. E na minha opinião infantil, meninas não deviam gostar de meninos de óculos.
Aquele estranho aparelho, pendurado nas orelhas e alicerçado pelo pequeno nariz, me inibia. E resolvi ir de óculos “de vez em quando”.
Essa minha briga com os óculos chamou a atenção de um garoto gordinho, o Olavo. Ele queria saber a razão de eu ‘usar e não usar óculos’. Vi ali uma oportunidade para tornar a situação um pouco mais divertida.
- Olavo, quem usa óculos não sou eu.
O gordinho arregalou os olhos de curiosidade. E remendei:
-Eu sou o Marcelo. Quem usa óculos é o Pedro.
-?
- Ele é meu irmão gêmeo.
Olavo não acreditou. Então, cadê o meu “outro”? Expliquei.
- É que nossa mãe, quando veio fazer a ‘matrícula’ na colônia de férias, descobriu que só tinha uma vaga. Não tinha como matricular nós dois.
O gorducho Olavo parecia interessado no assunto e acreditando a fundo. Bingo! E continuei com uma voz meio que humilde e triste ao mesmo tempo.
- Então, minha mãe me matriculou. Como somos gêmeos, o Pedro vem um dia e eu venho em outro.
“Caramba!”, exclamou o garoto. Antes de qualquer outra exclamação, fiz ele jurar que não contaria para ninguém o fantástico segredo.
Confesso que ganhei o dia e a semana toda com aquela história. Agora eu tinha uma outra identidade: Pedro!
Acontece que quem começa a usar óculos começa a perceber o aumento gradativo da dependência por daquele aparelho. Eles começam a fazer falta. Não tardou para que “Pedro” começasse a freqüentar a colônia de férias com mais assiduidade do que o “Marcelo”.
- Pobre mano Marcelo! Vive doente...
Enfim, veio o encerramento da colônia. Uma festa de balões coloridos pelos ares, personagens infantis, discursos ufanistas, pais emocionados e um colonim preocupado em manter a dupla identidade naquele momento. O Olavo não poderia se aproximar de minha mãe. Mas nada impediu que ele apresentasse o “Pedro” à mãe dele.
- Cadê o Marcelo?
- Não sei. Me perdi dele. Deve estar com minha mãe. Vou lá buscar!
Como achei que os pais de Olavo seriam mais espertos do que o primogênito, resolvi não retornar.
No mês seguinte, estava eu e minha turminha de rua numa matinê de carnaval do Clube Petropolitano. Nosso entretenimento era brincar de policia e ladrão pelos jardins e salões do grande clube.
Eu tentava me esconder da ‘policia’ quando surge um gordinho com um sorriso inconfundível, esbaldando simpatia. E me abraçou perto dos meus amigos.
- Pedro!
Ninguém entendeu nada. Sorri amarelo e disfarcei. Assim que Olavo se foi, emendei:
- Dupla identidade, entendem?
João Carlos, Luis Cláudio e Júnior, um trio que não era nada bobo, não parava de rir.
E hoje essa história me vem completa ao ver antigas fotos de um menino que enxergava o mundo pelos olhos de Marcelo e de Pedro. E que apesar de até hoje usar óculos, nunca mais viu Olavo.
terça-feira, julho 27, 2010
Música de Brinquedo
Acabamos de conferir Música de Brinquedo, o décimo disco do Pato Fu. A bela capa é da designer Andrea Costa Gomes. Agora, Fernanda Takai e Cia fazem músicas tocando instrumentos de brinquedo. O resultado fica entre um trabalho infantil e experimental (uma marca do grupo)
Já me disseram que Pato Fu é como os Gremlins: fofinhos que se transformam em monstrinhos. Banda única e de respeito.
Aqui você confere Live and Let Die, dos Wings, banda inglesa encabeçada por Paul McCartney e Linda McCartey nos anos 70. Eis o repertório: de Música de Brinquedo:
Já me disseram que Pato Fu é como os Gremlins: fofinhos que se transformam em monstrinhos. Banda única e de respeito.
Aqui você confere Live and Let Die, dos Wings, banda inglesa encabeçada por Paul McCartney e Linda McCartey nos anos 70. Eis o repertório: de Música de Brinquedo:
1. Primavera (Vai Chuva) (Cassiano e Sílvio Rochael)
2. Sonífera Ilha (Branco Mello, Marcelo Fromer, Toni Bellotto,
Ciro Pessoa e Carlos Barmak)
3. Rock and Roll Lullaby (Cynthia Weil e Barry Mann)
4. Frevo Mulher (Zé Ramalho)
5. Ovelha Negra (Rita Lee)
6. Todos Estão Surdos (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
7. Live and Let Die (Paul McCartney e Linda McCartney)
8. Pelo Interfone (Ritchie e Bernardo Vilhena)
9. Twiggy Twiggy (Lalo Schifrin, Nanako Sato, Burt Bacharach, Hal David e Morton Stevens)
10. My Girl (Smokey Robinson e Ronald White)
11. Ska (Herbert Vianna)
12. Love me Tender (Elvis Presley e Vera Matson)
2. Sonífera Ilha (Branco Mello, Marcelo Fromer, Toni Bellotto,
Ciro Pessoa e Carlos Barmak)
3. Rock and Roll Lullaby (Cynthia Weil e Barry Mann)
4. Frevo Mulher (Zé Ramalho)
5. Ovelha Negra (Rita Lee)
6. Todos Estão Surdos (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
7. Live and Let Die (Paul McCartney e Linda McCartney)
8. Pelo Interfone (Ritchie e Bernardo Vilhena)
9. Twiggy Twiggy (Lalo Schifrin, Nanako Sato, Burt Bacharach, Hal David e Morton Stevens)
10. My Girl (Smokey Robinson e Ronald White)
11. Ska (Herbert Vianna)
12. Love me Tender (Elvis Presley e Vera Matson)
O disco chega em agosto nas lojas.
segunda-feira, julho 26, 2010
9ª Festa da leitoa na brasa
No dia 8 de agosto ocorrerá a 9ª Festa da leitoa na brasa, organizada pelo Rotary Club Maringá Norte, em prol do Recanto do Menor – CEMIC, no CTG de Maringá. É festa pra 1600 pessoas!
Informações: 44 9831-2127.
Informações: 44 9831-2127.
Che Guevara em Maringá
Leio no blog Maringá Histórica a possibilidade de Ernesto Guevara de la Sierna ter estado em Maringá entre os anos de 1958 e 1964.
De acordo com Miguel Fernando, administrador do blog, em 1961, Che Guevara esteve no Brasil, onde acabou recebendo uma honraria do então presidente, Jânio Quadros. Há quem diga que ele nunca recebeu tal oferenda Contradizendo a capa da revista Mamchete de 2 de setembro de 1961.
Enfim, talvez não tenha sido nessa visita em caráter oficial, que ele esteve em terras maringaenses, mas é sábido que Che esteve pelo Paraná (região Oeste), planejando sua ida à outras regiões da América do Sul.
AMas há quem diga que ele pernoitou na cidade, pois estava seguindo em direção à Argentina. O hotel de sua estada teria sido o Hotel Vila Rica, na Rua Joubert de Carvalho.
Existe uma versão de que o revolucionário teria estado inclusive com uma mulher naquela noite. LEIA MAIS EM MARINGA HISTÓRICA
De acordo com Miguel Fernando, administrador do blog, em 1961, Che Guevara esteve no Brasil, onde acabou recebendo uma honraria do então presidente, Jânio Quadros. Há quem diga que ele nunca recebeu tal oferenda Contradizendo a capa da revista Mamchete de 2 de setembro de 1961.
Enfim, talvez não tenha sido nessa visita em caráter oficial, que ele esteve em terras maringaenses, mas é sábido que Che esteve pelo Paraná (região Oeste), planejando sua ida à outras regiões da América do Sul.
AMas há quem diga que ele pernoitou na cidade, pois estava seguindo em direção à Argentina. O hotel de sua estada teria sido o Hotel Vila Rica, na Rua Joubert de Carvalho.
Existe uma versão de que o revolucionário teria estado inclusive com uma mulher naquela noite. LEIA MAIS EM MARINGA HISTÓRICA
domingo, julho 25, 2010
Parabéns, Bar do Ferreirinha!
Uma verdadeira instituição completa hoje 51 anos na cidade de Caicó. É o fantástico Bar do Ferreirinha. É o mais democrático bar das Américas.
Tem até atração internacional - confira Love Hurts no clip abaixo.
Tem até atração internacional - confira Love Hurts no clip abaixo.
Mafalda
Em Buenos Aires eu vi Mafalda por todos os cantos. E num desses cantos,encontrei Mafalda. Criação imortal de Quino.
Os Inocentes (The Innocents) 1961
Filme que não pode faltar na estante da sala É o clássico Os Inocentes com Débora Kerr. Detalhe: é a estréia de Pamela Franklin ainda menina. Mais tarde ela faria A Casa da Noite Eterna. .
Algo e estranho e sinistro estava acontecendo naquela casa, pensou senhora Giddens, contratada para cuidar de Flora e Miles, dois irmãos que ficaram órfãos em circunstâncias misteriosas. Com o passar do tempo, Giddens acredita que existe alguma coisa escondida nas trevas da mansão, fazendo com que as crianças tenham um comportamento muito assustador. E a jovem governanta não sabe se terá forças para enfrentar esse perigo oculto na face de crianças inocentes demais para cometer algum mal. Será mesmo? Uma das mais completas adaptações para o cinema da obra de Henry James, 'A volta do parafuso', estrelada por Deborah Kerr em um de seus memoráveis desempenhos nas telas.
Elenco
Deborah Kerr ... Miss Giddens
Peter Wyngarde ... Peter Quint
Megs Jenkins ... Sra. Grose
Michael Redgrave ... The Uncle
Martin Stephens ... Miles
Pamela Franklin ... Flora
Clytie Jessop ... Miss Jessel
Isla Cameron ... Anna
Eric Woodburn ... The coachman
Ficha Técnica
Título no Brasil: Os Inocentes
Título Original: The Innocents
País de Origem: EUA
Gênero: Suspense
Classificação etária: 12 anos
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 1961
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:
Direção: Jack Clayton
“Oh willow I die…”
The Innocents (1961)
sexta-feira, julho 23, 2010
Inferno na Torre (The Towering Inferno) 1974
O blog Tup Cine é o caminho para conferir essa produção de 1974 campeã de bilheteria. Inferno na Torre surgiu um ano depois do incendio do Edificio Joelma, em São Paulo. A tragédia brasileira ficou conhecida em todo o mundo e acelerou essa superprodução com um elenco milionário.
O filme faz parte do ciclo "cinema-catastrofe" iniciado em 1970 com "Aeroporto".
Junto desses filmes, acrescente Terremoto, O Destino do Poseidon, S.O.S Submarino Nuclear, o Enxame e outros menores.
O grande charme de O Inferno na Torre é realmente o elenco. Na direção, Irwin Allen, o mestre que criou nos anos 60 os seraidos cult "O Tunel do Tempo", Perdidos no Espaço" e "Terra de Gigantes".
Em São Francisco, Doug Roberts (Paul Newman), um arquiteto, retorna de longas férias e encontra quase terminado o arranha-céu que projetou. Na verdade, se trata do maior edifício do mundo, com 138 andares de escritórios e residências, além de ter um restaurante de luxo e um heliporto na cobertura. No dia da festa de inauguração, descobre que as especificações da instalação elétrica não foram seguidas e que o prédio está sujeito a curtos-circuitos. E o pior acontece quando um incêndio começa, deixando vários convidados presos no andar de cima, sendo esta a principal preocupação de Michael O'Hallorhan (Steve McQueen), o chefe dos bombeiros, pois além da coragem da sua equipe não existe equipamento contra incêndio que consiga atingir os andares mais altos desta colossal construção e, se o fogo não estiver logo controlado, o número de vítimas será imenso. Além disto, alguns convidados se apavoram, dificultando o resgate.
Elenco
Steve McQueen ... Chief O'Hallorhan
Paul Newman ... Doug Roberts
William Holden ... Jim Duncan
Faye Dunaway ... Susan
Fred Astaire ... Harlee Claiborne
Susan Blakely ... Patty
Richard Chamberlain ... Simmons
Jennifer Jones ... Lisolette
Ficha Técnica
Título no Brasil: Inferno na Torre
Título Original: The Towering Inferno
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 158 minutos
Ano de Lançamento: 1974
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:
Direção: John Guillemin / Irwin Allen
quinta-feira, julho 22, 2010
Umas & Outras
Satisfação
Desde segunda-feira sem postar. É a correria.
Novidade
Comecei nesta semana na RPC – Rede Paranaense de Comunicação – TV Cultura Maringá, afiliada da Rede Globo.
Com quem?
Estou entre amigos. Pessoas que eu já admirava profissionalmente e outras até do convívio do dia a dia profissional. E até pessoal.
Deixo
A chefia da RIC Record nas boas mãos do amigo companheiro Leonardo Filho, de apenas 27 anos mas com uma vivência em radiotelevisão desde os 14 .
E muda
Taís Santana – que trabalhava como terceirizada para o programa Balanço Geral – agora será contratada da RIC.
.
Pombas
O casal de pombas amargosas voltou a investir na jardineira da sacadinha do apê.
Cria
Dois filhotes.
Porém
Tem mais bicho com fome.
Quem?
A coruja –que também deve ser mamãe – invadiu o ninho para desespero dos pais amargosos e da dona Ana que tentou inutilmente salvar os pequenos pombinhos.
Mas...
A coruja levou a melhor. O casal de pombinhas se foi. Sem filhotes.
A natureza
É cruel.
Cruel...
De tão lógica.
Desde segunda-feira sem postar. É a correria.
Novidade
Comecei nesta semana na RPC – Rede Paranaense de Comunicação – TV Cultura Maringá, afiliada da Rede Globo.
Com quem?
Estou entre amigos. Pessoas que eu já admirava profissionalmente e outras até do convívio do dia a dia profissional. E até pessoal.
Deixo
A chefia da RIC Record nas boas mãos do amigo companheiro Leonardo Filho, de apenas 27 anos mas com uma vivência em radiotelevisão desde os 14 .
E muda
Taís Santana – que trabalhava como terceirizada para o programa Balanço Geral – agora será contratada da RIC.
.
Pombas
O casal de pombas amargosas voltou a investir na jardineira da sacadinha do apê.
Cria
Dois filhotes.
Porém
Tem mais bicho com fome.
Quem?
A coruja –que também deve ser mamãe – invadiu o ninho para desespero dos pais amargosos e da dona Ana que tentou inutilmente salvar os pequenos pombinhos.
Mas...
A coruja levou a melhor. O casal de pombinhas se foi. Sem filhotes.
A natureza
É cruel.
Cruel...
De tão lógica.
segunda-feira, julho 19, 2010
Fama (Fame) 1980
O blog tup-cine é o caminho para quem quer conferir esse clássico moderno do cinema estadunidense. Tinha eu uns 16 anos e assisti sessões contínuas de Fame em Copacabana, no extinto cinema Caruso. Na época eu fazia e estudava teatro e Fame representou muito naquele momento. E a trilha sonora embalou muita festinha adolescente.
Em tempo: esqueça o remake perfumadinho de 2009.
Em Nova York, os estudantes de diversas origens sociais de uma escola de arte cênicas se deparam com seus sonhos e suas frustrações no decorrer do curso, mas acima de tudo almejam serem amados e reconhecidos artisticamente.
Elenco
Irene Cara .... Coco Hernandez
Lee Curreri .... Bruno Martelli
Laura Dean .... Liza Monroe
Antonia Franceschi .... Hilary van Doren
Boyd Gaines .... Michael
Albert Hague .... Shorofsky
Tresa Hughes .... Sra. Finsecker
Steve Inwood .... François Lafete
Paul McCrane .... Montgomery MacNeil
Ficha Técnica
Título no Brasil: Fama
Título Original: Fame
País de Origem: EUA
Gênero: Musical
Tempo de Duração: 134 minutos
Ano de Lançamento: 1980
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:
Direção: Alan Parker
domingo, julho 18, 2010
Carta a um Jovem Ator
O homem foi feito para sonhar e criar ilusões. Por isso os artistas são, em geral, mais felizes que os outros. Criam mais. Por isso tem tanta gente aqui querendo fazer teatro. Em que grau de ilusão você prefere viver? Essa é a sua única escolha. E, a partir daí, tome toda a responsabilidade dos seus atos. Você só faz o que quer. Senão faria outra coisa. Papai e mamãe foram dormir, estão, talvez, engendrando outro neném. Você está sozinho e isso não é mau. Nem Deus teve pai e mãe.
Abaixo, conselhos práticos para ser feliz.
Sempre lembrando que o bom conselho é aquele que a gente não tem que seguir.
1. Viver cada dia como se fosse o último.
Já fizeram um ótimo filme sobre esse assunto. Um filme de jovens, A Sociedade dos Poetas Mortos. Carpe diem. Sim, porque cada dia pode ser o último. Por exemplo, cada filme que faço pode ser o último. As produtoras podem não querer mais botar dinheiro, eu posso não ter mais vontade de fazer filmes e posso, naturalmente, morrer antes das filmagens. Viver cada dia como se fosse o último é, na verdade, viver bem o quanto se pode. Tirar de todo momento o máximo que tiver para dar. Como eu estou fazendo com este momento aqui. Viver cada dia como se fosse o último não é ficar pensando na morte. É prezar a vida. Saber de todos os prazeres que ela pode dar e aproveitá-las. Avidamente.
2. Respeitar os seus desejos. A máquina de desejar do homem é muito frágil. Engui¬ça com muita facilidade. Se você me convi¬da para tomar um sorvete e eu digo "Ah, não quero não", é capaz de você desistir de tomar o sorvete. E este será um sorvete a menos na sua vida. Porque desejar é viver. O desejo é a fonte de toda saúde, de toda produtividade. Ele tem que ser cuidado, respei-
ta do. O menor desejo de um homem deve ser atendido o mais depressa possível. Se contrariamos muito alguém, por exemplo, obrigando-o a acordar todos os dias às 6 horas da manhã para ir trabalhar naquilo que não gosta, a máquina quebra. Depois de al¬gum tempo, esse homem não deseja mais nada. E, não desejando, deseja o mal. Não deixe isso acontecer com você. Todo mundo tem que fazer o que gosta. Todo mundo tem que ganhar dinheiro no final do mês para pagar as suas contas. O Herói Moderno, o sábio, o gênio moderno, é aquele que con¬segue unir essas duas coisas. Esse deveria
ter as suas mãos beijadas nas ruas.
3. Mas seja humilde. Com o grau elevado de auto-estima, porém humilde. Humildade é sinônimo de inteligência. O homem que sabe, sabe que não sabe. Já o burro ignora a sua burrice. Cuidado com ,os burros.
4. Melhor se arrepender" de ter feito do que de não ter feito. Exemplo simples: garota ao seu lado. Você tem vontade de agarrá¬Ia. O máximo que pode acontecer é ela te dar um tapa, se você agarrá-la. Se não, o mí¬nimo que pode acontecer é você ficar baten¬do com sua cabeça na parede de arrependi¬mento. Diante da dúvida, não fazer é uma atitude antiga, do século 20. Chama-se a cautela. Uma atitude careta, por assim dizer. Uma coisa boa para as crianças.
5. Você deve terminar tudo aquilo que começa. Um curso, um namoro, nem de sair do filme no meio eu gosto. Terminar aquilo que se começa é o segredo, que ninguém nos ouça, da produtividade e, portanto, da riqueza. So¬mente terminando aquilo que você começou é que você vê se era um lixo ou uma maravi¬lha. Começar sem acabar é depressão. Até um amor. Você deve ir até o fim. Até a vida.
6. Tudo é sexo. Gente, essa eu não preciso explicar. Sexo é a força da qual emana tudo. Talvez seja o sexo que une os átomos, tornando a matéria coesa. Até hoje acho que, quando um homem e uma mulher enfiam-se um dentro do outro, a Terra treme. Osjovens de hoje dão menos importância ao sexo que os da minha geração. Não vamos analisar isso. Mas vamos acabar com isso. Sexo é uma forma de conhecimento absolutamente notável. Somente na cama as pessoas revelam como realmente são, é curiosíssimo, deslumbrante. Muito educativo. O amor é o efeito colateral do sexo. E também a paixão, embora esta tenha maior transcendência. Se existe algo na vida que desperta senti¬mentos modificadores, isto é o sexo.
DOMINGOS OLIVEIRA é cineasta, autor de Juventude (2008) e Todo Mundo Tem Problemas Sexuais (2008), entre vários outros.Revista Bravo, novembro 2008.
Leca apresenta Espanca
A Leca mandou o poema. E de qubra, visitamos o belo blog Mente Que Flutua
Perdidamente...
Poesia de Florbela Espanca
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Para Balestra
O presente veio do meu sobrinho Miguel Angelo Henley que hoje mora em Piracicaba. É engenheiro e músico amador. Gostei tanto que divido com vocês. Essa vai em homenagem ao Balestra, cliente do bar.
Para voces que (ainda) não conhecem o violonista Alessandro Penezzi, piracicabano, de infancia pobre e um dos maiores violonistas do mundo e que coleciona premios e mais premios,
discipulo do mestre Sérgio Beluco tambem piracicabano, vai aqui uma amostra (só não sei se voces vão gostar da música).Alessandro Penezzi toca em um violao produzido pelo luthier Lineu Bravo.
PS: A primeira vez que ouvi esta obra prima do Chico Buarque foi com meu tio Marcelo Bulgarelli, no apartamento da rua Barata Ribeiro, em Copacabana.
sábado, julho 17, 2010
Vá e Veja (os horrores da guerra)
: "
Vá e Veja - produção russa de 1985. Esqueça qualquer filme sobre os horrores da guerra. Esse é um soco no estômago, simplesmente o melhor. Só para se ter uma idéia: o jovem ator que faz o personagem principal precisou ser hipnotizado para fazer a maior parte das cenas. Um estranho envelhecimento precoce. Pertubador.
Sinopse
A Bielorússia atravessa a II Guerra Mundial. Estamos no campo, junto à fronteira com a Polónia. Um jovem deixa a sua aldeia para se juntar aos resistentes que lutam contra os nazis. Perde-se dos outros e é obrigado a voltar para casa, apenas para descobrir que ela foi arrasada, os seus habitantes massacrados e os corpos empilhados ao calhas num monte por detrás de uma quinta. Perdido, só e ensurcedido nada podia ser pior.
Nenhum outro filme é igual a Idi I Smotri, na sua inquietude de pesadelo. Não existe enredo algum, apenas uma viagem picaresca e aterradora em que o rapaz atravessa os campos e encontra cenários de horror, uns atrás dos outros. Não há feitos de heroísmo ou sacrifício; nem discursos patríóticos exaltantes incitando as pessoas a lutar contra o inimigo. Somente mortes, brutalidade, aleatoriedade e a condição de se ser vítima, lá onde a sobrevivência é inteiramente arbitrária, e possivelmente uma ironia cósmica cruel.
Este é um dos mais impressionantes filmes de guerra alguma vez feitos. Realizado por Elem Klimov e com argumento do escritor e Ales Adamovich, 'Vem e Vê' é baseado em factos verídicos e no livro 'The Khatyn Story' de Adamovich. Embora o filme tenha como pano de fundo a 2ª Guerra Mundial no período de 1941 a 1945, interessa-lhe muito mais explorar os efeitos devastadores da mesma no curso da História. Os autores descrevem os locais e os acontecimentos que se tornaram símbolos desta tragédia.
O filme está no blog :My one thousand movies em duas partes, e com legendas em português.
Parte 1
Parte 2
Imdb
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Vá e Veja - produção russa de 1985. Esqueça qualquer filme sobre os horrores da guerra. Esse é um soco no estômago, simplesmente o melhor. Só para se ter uma idéia: o jovem ator que faz o personagem principal precisou ser hipnotizado para fazer a maior parte das cenas. Um estranho envelhecimento precoce. Pertubador.
Sinopse
A Bielorússia atravessa a II Guerra Mundial. Estamos no campo, junto à fronteira com a Polónia. Um jovem deixa a sua aldeia para se juntar aos resistentes que lutam contra os nazis. Perde-se dos outros e é obrigado a voltar para casa, apenas para descobrir que ela foi arrasada, os seus habitantes massacrados e os corpos empilhados ao calhas num monte por detrás de uma quinta. Perdido, só e ensurcedido nada podia ser pior.
Nenhum outro filme é igual a Idi I Smotri, na sua inquietude de pesadelo. Não existe enredo algum, apenas uma viagem picaresca e aterradora em que o rapaz atravessa os campos e encontra cenários de horror, uns atrás dos outros. Não há feitos de heroísmo ou sacrifício; nem discursos patríóticos exaltantes incitando as pessoas a lutar contra o inimigo. Somente mortes, brutalidade, aleatoriedade e a condição de se ser vítima, lá onde a sobrevivência é inteiramente arbitrária, e possivelmente uma ironia cósmica cruel.
Este é um dos mais impressionantes filmes de guerra alguma vez feitos. Realizado por Elem Klimov e com argumento do escritor e Ales Adamovich, 'Vem e Vê' é baseado em factos verídicos e no livro 'The Khatyn Story' de Adamovich. Embora o filme tenha como pano de fundo a 2ª Guerra Mundial no período de 1941 a 1945, interessa-lhe muito mais explorar os efeitos devastadores da mesma no curso da História. Os autores descrevem os locais e os acontecimentos que se tornaram símbolos desta tragédia.
O filme está no blog :My one thousand movies em duas partes, e com legendas em português.
Parte 1
Parte 2
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quinta-feira, julho 15, 2010
Paulo Moura apresenta Dorival Caymmi
Discaço postado pelo ótimo blog Abracadabra. Nossa homenagem a Paulo Moura. Tinha eu 26 anos, ainda aprendiz (eterno) da MPB quando comprei esse vinil. Somente agora vou poder ouvi-lo novamente graças aos heróicos blogs. Jóia rara.
Paulo Moura & Ociladocê -
Interpretam Dorival Caymmi (1991)
Chorus/Som Livre (406.0120)
download
01 - Noite de temporal (Dorival Caymmi)
02 - Só louco (Dorival Caymmi)
03 - Doralice (Antônio Almeida - Dorival Caymmi)
04 - Marina (Dorival Caymmi)
05 - Acalanto (Dorival Caymmi)
06 - O mar (Dorival Caymmi)
07 - Dora (Dorival Caymmi)
08 - Mãe Menininha (Dorival Caymmi)
09 - Sargaço mar (Dorival Caymmi)
• Promessa de pescador (Dorival Caymmi)
10 - Suíte dos pescadores (Dorival Caymmi)
Arranged by Paulo Moura
Paulo Moura - soprano sax, alto sax, clarinet
Banda Ociladocê:
Alex Meirelles - keyboards, piano
Paulo Muylaert - guitar
Ricardo Feijão - electric bass
Marcos Suzano - pandeiro, percussion
Carlos Negreiros - vocal, atabaques, keyboards
Joviniano - percussion
"
terça-feira, julho 13, 2010
Perdemos Paulo Moura
Perdemos o clarinetista Paulo Moura, 77 anos . Morreu de câncer, no fim da noite de segunda-feira (12), no Rio de Janeiro Estava internado desde 4 de julho. Tenho em minha discoteca um discão de Paulo Moura interpretando Caymmi.
No vídeo, o mestre ao lado de outro mestre: Turíbio Santos.
No vídeo, o mestre ao lado de outro mestre: Turíbio Santos.
Kaiser Bock
No inverno, o bom é Kaiser Bock. Pena que só a encontramos no inverno. Abaixo, a propaganda do lançamento da cerveja em 1994. O filme foi gravado na Adega dos Frades, Itaipava, distrito de Petrópolis, RJ.
"
segunda-feira, julho 12, 2010
O fim do Jornal do Brasil
O presidente do Jornal do Brasil, Pedro Grossi, demitiu-se do cargo que ocupou por apenas 6 meses. Em e-mail enviado aos editores e diretores do JB disse que sua saída é em protesto à tentativa de investidores de acabarem com a versão impressa do jornal, tornando-se apenas a edição online.
:
“Prezados,
Em almoço realizado hoje, na presença do Dr. Ronaldo Carvalho e da Dra. Angela Moreira, o Dr. Nelson Tanure informou que publicará na edição de amanhã do Jornal do Brasil (JB) uma notificação assinada pela direção da empresa e dirigida aos leitores na qual explica a transposição do jornal escrito para o tecnológico.
Considerando que isto contraria a razão pela qual fui contratado, solicito, sem perda de meus direitos, que o expediente do jornal e de todas as revistas não conste mais meu nome.
Respeitosamente,
Pedro Grossi Jr.”
O JB foi o grande jornal para diversas gerações de jornalistas. Era a cara do Rio e em diversos momentos da história do país se destacou pela independência, até mesmo ao driblar a censura na época da ditadura. É um crime perder um jornal centenário. Perdeu até o imponente prédio da avenida Brasil (vai virar um hospital)
A jornalista Tereza Cristina Levy fala desse período romantico no JB.
domingo, julho 11, 2010
Feinho, né?
É. Não gostei dessa logo. Parece uma pessoa tampando o rosto com a mão. Lembra até uma imagem de Munch ou Brugel.
E aquele '2014' grudado na orelha ficou meio coió...
Nova dupla sertaneja
Crédito: ((( TRETA ))).
- – -“DORMI NA CELA” – “BRUNO & NARDONI”
- – -“DORMI NA CELA” – “BRUNO & NARDONI”
EU FUI PERSEGUIDO, POR VIATURAS – NÃO CONSEGUI UM ALVARÁ DE SOLTURA
COMETI UM CRIME MACABRO – FIZ TUDO PRA ESCONDER… ATÉ QUE DIVULGARAM NA TV
CHAMARAM DE BANDIDO, MELIANTE – UM POLICIAL VIRIL ME ALGEMOU
XINGADO PELO POVO APÓS DESCER DO CAMBURÃO – EU FUI JOGADO AQUI NESSA PRISÃO
REFRÃO
SEU GUARDA EU NÃO SOU ASSASSINO, NÃO SOU DELINQUENTE, JURO, EU SOU INOCENTE
TÔ LONGE DE CASA – DORMI NA CELA, AAAAAH
SEU GUARDA OS PRESOS ME BOLINAM, ME BATEM, ME BEIJAM, FAZEM TUDO COMIGO
ENTÃO NÃO ME DEIXE – VOLTAR PRA CELA
Holanda x Espanha na MPB
A final da Copa com Holanda e Espanha será neste domingo, às 15h30, em Johannesburgo. Mas antes daquele polvo profeta, Milton Nascimento e Leila Diniz já cantavam "Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco". Está no disco Sentinela, do Milton, em 1980. A canção cita Espanha e Holanda, duas potências da era das grandes navegações, entre os séculos XV e XVII. A Folha de São Paulo encontrou e nós colocamos aqui.
Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco
(Milton Nascimento e Leila Diniz)
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
É de quem sabe amar
Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco
(Milton Nascimento e Leila Diniz)
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
Por que não sabem que o mar
É de quem sabe amar
José Agrippino de Paula
Esse paulistano é José Agrippino de Paula, dramaturgo (O rito do amor selvagem), escritor (Lugar público) e cineasta (Hitler do 3º mundo). É o autor de PanAmérica, livro citado por Caetano Veloso na música Sampa através do verso "Pan América de Áfricas utópicas". A obra foi lançada em 1967 e é cultuada até hoje. O texto é bem tropicalista, uma mistura de personagens - de Marilyn Monroe a Che Guevara, de Karl Marx a Harpo Marx - que vivem uma aventura bem doida que acaba com a destruição do mundo. Na época, o físico Mario Schenberg classificou Agrippino de Paula como uma das personalidades mais poderosas e significativas daquela geração. Em PanAmérica não há parágrafos, nem travessão. E nenhuma introdução sobre os personagens.
José Agrippino de Paula faleceu em 4 de julho de 2007, aos 69 anos.
Abaixo o filme de Miriam Chnaiderman com o escritor. Está em duas partes.
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