O Babadook, criatura surgida de um livro infantil, não é apenas um monstro físico, mas uma representação metafórica dos medos e traumas de Amelia. O monstro encarna a culpa, a raiva, a solidão e o desespero que a assombram desde a morte do marido. A medida que a presença do Babadook se intensifica, a linha entre a realidade e a fantasia se torna cada vez mais tênue.
O filme aborda de forma visceral a experiência da maternidade, especialmente para mães solteiras. Amelia se vê isolada e sobrecarregada, e a figura do Babadook se torna uma projeção de seus próprios medos e inseguranças. A jornada de Amelia é um retrato cru e honesto das dificuldades de criar um filho, especialmente quando se está emocionalmente fragilizada.
O Babadook é mais do que um simples filme de terror; é uma obra-prima do gênero psicológico. A direção de Jennifer Kent é impecável, criando uma atmosfera de suspense e tensão que nos mantém grudados na tela. A trilha sonora inquietante e a fotografia sombria contribuem para a imersão na história.
Essie Davis in THE BABADOOK (2014)
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