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terça-feira, outubro 31, 2017

Halloween Pinups


A eterna "A Feiticeira" Elizabeth Montgomery


Elizabeth Montgomery (do seriado Bewitched A Feiticeira 1964-1972). é modelo para boneca de papel, tipo de brincadeira muito comum nos anos 60-70








Halloween Veronica Lake






Vintage Halloween shopping vibes.






Nelson Rodrigues

Via Blogs Publico PT
Neste mês de Agosto o Brasil tem estado a celebrar o centenário de Nelson Rodrigues, cronista lendário, maior dramaturgo brasileiro de sempre. Uma sua frase lapidar era “Toda unanimidade é burra.” E enquanto vivo Nelson Rodrigues foi tudo menos unânime, sobretudo por razões políticas: apoiou, de forma pública, a ditadura brasileira.

O filho Nelsinho estava do outro lado: na luta armada contra o regime militar. Foi torturado e esteve preso durante quase oito anos. Mas pai e filho nunca se afastaram, basta ouvir Nelsinho falar sobre Nelson. É o que ele mais tem feito: falar do pai. Esta conversa deve ser a centésima dos últimos dias, e nem por isso ele se empenha menos. O filho de Nelson Rodrigues é um cavalheiro.
Impossível confundi-lo. Em todo o Rio de Janeiro não haverá barbas tão vastas. Barbas e cabelos de Matusalém. Cá está, pontualíssimo, à mesa do Sindicato do Chopp, uma esplanada no Leme, junto à casa onde o pai viveu e o filho ainda vive. Nelsinho cumprimenta, galanteia, envolve o empregado numa conversa de futebol (“Rapaz! Não vi o Fluminense!), conta que foi colega de cela de Alípio de Freitas (padre transmontano que se fez revolucionário no Brasil), pergunta de chofre à repórter: “Você conhece o velho?” Chama sempre velho ao pai. Insiste: “Conhece a obra dele?” A repórter diz que até o ler foi adiando, talvez por ter com ele uma questão política. Nelsinho responde: “Você e a torcida do Flamengo.” Ou seja, muita gente.

Então, como pode o filho de um apoiante da ditadura pegar em armas, pagar isso com duras penas e não o cobrar ao pai? Como pode esse pai ser um apoiante da ditadura, por quanto tempo, com que limites? As respostas começam em 1964 — o ano em que os militares tomaram o poder, Nelsinho entrou para a faculdade e o pai, pela primeira vez, não viveu com ele — mas rapidamente voltam atrás, como nas peças de Nelson Rodrigues.
Meu pai casou com minha mãe em 1940 e até 1963 vivi com ele na Vila Isabel [bairro da Zona Norte carioca]. Na véspera do golpe, mudou-se.” Para viver com outra mulher. Como ficaram as relações pai-filho? “Óptimas. Ele morava em Ipanema [com a nova mulher] e trabalhava no Centro. Não havia túnel [através dos morros], era uma viagem. Então ele pedia-me carona, dizia que eu tinha vocação de caronista.” Durante a viagem debatiam tudo. “Eram caronas ideológicas, às nove, dez da noite, quando ele saía da redacção. A crónica dele era a última matéria a rodar. E ele escrevia quatro, cinco por dia, porque também escrevia para São Paulo, etc. Crónicas sensacionais. O velho nasceu para escrever. E minha mãe segurou a barra dele.”

Elza Rodrigues. “Ela o conheceu tuberculoso, candidato a morrer. Casou com o velho, escondida da mãe, no civil a 29 de Abril. Voltou para casa e a 17 de Maio casou no religioso.” Pelo meio, a mãe dela descobriu e teve um ataque. “Minha avó era italiana da Calabria, barra pesada. Detestava o meu pai porque detestava o pai do meu pai, porque ele bebia como o marido dela.” Os noivos se comunicaram por bilhetinhos até um deles cair nas mãos da calabresa. “Minha mãe levou logo um tampão na cara e minha avó começou a dar cabeçadas na parede, teve de ser segura.” Mas “o velho era uma doce figura”, resume Nelsinho. “Ele se dizia uma cambaxirra, que é um passarinho pequenino. A minha avó passou a gostar muito dele. Aliás, não conheci ninguém que o tenha conhecido e não gostasse dele.”
Quando saiu de casa, Nelson falou ao filho: “‘Estou com outra mulher, que está grávida.’” Chamava-se Lúcia, veio a ser mãe de Daniela, a filha de Nelson Rodrigues que nasceu cega. Viveram juntos sete anos.
A saída do velho estava já acertado com a minha mãe, mas ela deu uma caída brava”, lembra Nelsinho. “Eram 23 anos de casamento. Eu diria que metade da obra do velho não teria acontecido se ele não tivesse casado com a minha mãe. Porque ele escrevia, e escrevia, e escrevia. Embora estivesse sempre presente. A gente adorava ele. Todo o dia acordava 9h, 9h30. Minha mãe levava uma banana amassada para ele não fumar de barriga vazia. Depois descia, acabava de tomar o café e ia para o jornal. Nunca botou a mão num filho. Nem admitia peteleco assim…” Dá um piparote no ar. “Não admitia num filho e mais tarde não admitia num preso.” Afectuoso? “Sem ser pegajoso. Não podia pegar criança no colo por causa da tuberculose. Mas todos os domingos eu, minha mãe e ele íamos ao Maracanã, depois chamado Estádio Jornalista Mário Filho, o irmão dele.”
Filho de um fundador de jornais com 14 filhos, Nelson Rodrigues teve vários irmãos jornalistas. Além de jornalista, Mário era um empreendedor, ajudou a erguer o Maracanã. Nelson fez toda uma série de crónicas desportivas e Nelsinho é até hoje, aos 67 anos, jornalista desportivo, além de realizador e argumentista. “Tenho flashes de ver um jogo em 1951 com o Fluminense sendo campeão.” Tinha seis anos. E o pai festejando a vitória. “O velho dizia que já era Fluminense bem antes da presente reincarnação.’” Fez do Fla-Flu um clássico escrevendo coisa como: “Fluminense e Flamengo são os Irmãos Karamazov do futebol brasileiro.”
Voltemos a 1963. “Quando o velho saiu de casa, eu falei: ‘Tudo bem.’ Acho que os casais não têm obrigação de ficar juntos. E sempre fui muito parceiro da minha mãe, e ela muito parceira minha. Em quase oito anos de prisão, era sempre a primeira a chegar.” Mas Nelson Rodrigues não foi aquele moralista que louvava o casal para sempre? “O amor para sempre”, contrapõe Nelsinho. “E ele voltou para a minha mãe. Nos últimos quatro anos antes da morte dele [em 1980] ficou com ela, não sem antes namorá-la. Dizia: ‘Nada como ser amante da própria esposa.’ Figuraça, o velho.”
Nelsinho 

Mesmo no tempo em que o pai viveu com Lúcia não acabou o convívio diário. “Dia de semana o almoço era em casa da minha avó paterna, e a mesa era uma discussão política só. O meu tio Milton era um esquerdista, eu estava a ficar alerta e o velho discutindo era sensacional. Deixava você falar tudo, aí falava uma frase desse tamanho [aproxima indicador e polegar] e acabava com você. E ainda matava você de rir. Aquelas metáforas ma-ra-vi-lhosas!” É um fã que fala. “Quanto mais a gente se afastava politicamente, mais se aproximava no amor. Eu tinha um respeito muito grande ao velho.”
Nelsinho conta a história da sua professora de violino de 18 anos que se apaixonou pelo professor dela de 54. Um escândalo no bairro, que levou os vizinhos a fazer um abaixo-assinado pelos bons-costumes. “Levaram o papel ao velho e ele disse: ‘Não assino. Vocês estão matando essa menina.’ Dois ou três dias depois o casal se matou. O velho foi profeta. Porquê? Sabia que era um amor verdadeiro. É recorrente na obra dele, o morrer por amor.” Outro tema santo é a amizade, sendo que os maiores amigos de Nelson Rodrigues eram esquerdistas.
O que fez então com que este homem apoiasse o golpe militar de 64? “Era acirradamente anti-comunista. Um dia perguntou a um amigo no jornal: ‘Se o partido mandar você me matar, você mata?’ O amigo disse: ‘Mato.’ Ele pegou um horror do comunismo.” Nesse tempo, lembra Nelsinho, o mundo estava dividido entre a influência dos EUA e a influência da URSS. E no começo, “um monte de gente ficou a favor do golpe”. Os militares disseram que iam fazer eleições. Depois é que começaram as marchas de protesto, contemporâneas da guerra do Vietname. Nelson falou ao filho: “‘Nelsinho, nos Estados Unidos acontece de tudo. Na União Soviética, o cara que é contra o governo vai para a Sibéria. Então, porque não estão contra a União Soviética? Porque não houve uma grita contra a invasão da Hungria, da Checoslováquia?’ O velho dizia que preferia a liberdade ao pão.”
Nelsinho começou a entrar nos protestos contra o regime, em 1968 formou-se e em 1969 viajou com a turma. “A gente ficou seis meses na Europa. Estivemos na União Soviética e na Checoslováquia, onde havia uma mágoa grande [com a invasão]. O Otto [Lara Resende, grande amigo de Nelson Rodrigues] era o adido brasileiro em Portugal, e estávamos lá quando soubemos do sequestro do embaixador americano no Brasil.” A acção mais espectacular da luta armada contra a ditadura. “Quando voltei a repressão estava mais violenta. Eu já tinha saído daqui revoltadíssimo. Aí, disse: tem dois lados no Brasil e eu estou do lado de cá.” O do combate. E do outro lado, o pai. “Às vezes ele escrevia de uma forma mais ácida e eu discutia com ele de forma mais ácida.”
O diálogo nunca parou. Quando o filho foi para o MR-8 — um dos grupos que sequestrara o embaixador —, Nelson pediu ao seu grande amigo Hélio Pellegrino que falasse com Nelsinho. “Aí o Hélio soube que eu já tinha feito acção armada. Fiz muita, muita acção armada. Quando fui preso, em 1972, tinha 27 processos abertos contra mim, alguns inventados.” Vivia na clandestinidade, mas chegou a ligar ao pai de telefones públicos por causa de alguma crónica. Um dia, “estava na rua, passou um carro, abriu a porta e era um cara assim…” Imita uma metralhadora.
A prisão começou com “três dias de barra pesada de tortura”, resume Nelsinho, sem detalhes. Não há nele nada de vítima. Mas quando a repórter pergunta, responde directamente: “Choques eléctricos nas zonas genitais, afogamentos, espancamentos.” Os interrogadores perceberam que era o filho de Nelson Rodrigues ao verem-no nu: tinha o peito afundado, defeito de nascença. Quando o filho foi preso, Nelson Rodrigues avisara os militares: “Olha, o Nelsinho tem o peito afundado.” Tentou “de tudo o que é jeito” intervir e logo que o deixaram foi ver Nelsinho. “Me perguntou: ‘Você foi torturado?’ Eu disse: ‘Barbaramente.’ A cara do velho. Aí caiu a ficha. A partir do momento em que soube, não deixou de escrever a favor da ditadura, não podia ‘chutar o balde’, até para me proteger, mas mudou em ênfase.”
Isso deu frutos. “Ao fim de dois anos conseguiu que eu saísse do Brasil: eles me botavam num avião. Mas eu disse que não.”
Mais uma vez não entra em detalhes, é a repórter que pergunta porquê. “Só sairia quando saísse todo o mundo. Eu era um preso muito importante por ser filho do velho. Não dá para você sair por protecção. A gente está junto numa briga. Esse colectivo de presos foi muito forte. Tanto é que a gente fez a greve de fome pela amnistia em 1979.” Mas já antes da prisão do filho, Nelson Rodrigues lutara contra o delito de opinião: “Quando o Caetano Veloso foi preso [em 1968], o velho escreveu várias colunas dizendo que ele não podia ser preso por falar e cantar, que o artista tem de ter liberdade de expressão.”
Nelsinho saiu da cadeia em 1979, ano da anistia. “O velho já falava em anistia desde 1975, e escrevera que eu tinha sido torturado, e era contra amnistiar torturadores. Então você já vê que reaccionário era. Ele se dava esse adjectivo por ser contra o comunismo. Era um artista. Foi o cara mais censurado do Brasil.”


(Públicado em 31-8-2012)

segunda-feira, outubro 30, 2017

Anjinho milagreiro - por Aline Rickly (Tribuna de Petrópolis)




Um anjinho que é tido como santo milagreiro
por Aline Rickly

Tribuna de Petrópolis - Domingo, 1 de novembro de 2015 - Ano CXIV - Nº 20



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ANJINHO É LEMBRADO 
É impossível passar pelo cemitério e não notar a sepultura do menino Francisco José Alves Souto Filho, conhecido como Anjinho de Petrópolis. O número de brinquedos impressiona. 



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Detalhe do texto da reportagem de Aline Rickly:



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Quem passa pelo Cemitério Municipal se surpreende com a sepultura 685 ao se deparar com uma grande quantidade de brinquedos espalhados (mais de uma centena entre carrinhos, bolas e bonecos, além de flores). Naquele local, está enterrado Francisco José Alves Souto Filho, que morreu aos 3 meses, no dia 9 de abril de 1872. O menino vem sendo cultuado por petropolitanos que dizem que ele é um santo milagreiro. A criança, que ganhou o apelido de Anjinho de Petrópolis, por causa de uma imagem de um anjo que está colocada em cima do túmulo, é neto do Visconde de Souto, um dos amigos mais próximos de D. Pedro II. Em datas como Dia das Crianças e Finados, a quantidade de brinquedos depositadas na sepultura triplica.





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Foto de Marco Oddone

Segundo registros históricos, Francisco José Alves Souto, filho do Visconde de Souto (Antônio José Alves Souto), casou-se pela primeira vez com Maria Luiza de França e Silva, mas não teve filhos. Apenas com a segunda esposa, chamada Maria Lapa de Salles Oliveira é que teve cinco filhos. A informação pode ser contraditória, pois no túmulo de Francisquinho consta que Maria Luiza era sua mãe. Curiosamente na certidão de óbito da criança, que está na Catedral São Pedro de Alcântara, está registrado apenas o nome do pai.
A fama de santo milagreiro veio depois que um senhor, que trabalhava no cemitério, fez um pedido para curar a úlcera. Ao ser atendido, deixou um brinquedo como forma de agradecimento e começou a espalhar a notícia. O baiano, como era conhecido, foi responsável por limpar a sepultura do anjinho por, aproximadamente, três décadas.
Ao pesquisar a história da criança, a Tribuna encontrou, no ano passado, um dos sobrinhos-netos da criança, pertencente à terceira geração da família. Francisco Souto Neto mora em Curitiba e, na época, estava finalizando um livro sobre o Visconde de Souto. A família não tinha conhecimento sobre a existência da criança. “Durante sete anos (entre 2007 e 2014) eu e minha prima Lúcia Helena Souto Martini pesquisamos sobre nosso trisavô e consultamos mais de 600 livros em busca de informações sobre o Visconde e encontramos alguns registros sobre nosso bisavô Francisco José Alves Souto, que era o 6º filho do Visconde de Souto, nascido na Chácara do Souto (bairro São Cristóvão no Rio de Janeiro)”, disse, acrescentando que durante a pesquisa, ele e a prima ficaram curiosos porque o bisavô faleceu muito cedo, com apenas 43 ou 44 anos. “Tentamos, em vão, descobrir a causa da sua morte, mas infelizmente são raríssimos os registros sobre sua vida”.




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Francisco Souto Neto e Lúcia Helena Souto Martini,
sobrinhos-netos do Anjinho de Petrópolis

Entretanto, ao revirar os documentos descobriram que em 7 de março de 1868, o bisavô casou-se com Maria Luiza de França e Silva. Enviuvando, casou-se com Maria da Lapa de Salles Oliveira (“de Salles Souto” pelo casamento). “Francisco José e Maria da Lapa tiveram cinco filhos, o último dos quais Francisco Souto Júnior, nosso avô”, comentou.
De acordo com o sobrinho-neto do anjinho, em todas as fontes pesquisadas, não constava a existência de filhos do casamento de Francisco José com a primeira esposa Maria Luiza. “Sem termos como comprovar, imaginamos que ela tivesse morrido talvez vitimada por alguma das epidemias que assolaram o Rio de Janeiro no século 19”, afirmou.
Francisco lembrou que a surpresa foi enorme ao receber a notícia de que o bisavô teve um filho com Maria Luiza. “Com a passagem das décadas, seu túmulo ficou esquecido, e a própria existência do menino tornou-se ignorada e desconhecida pelos descendentes de Francisco José Alves Souto”, lamentou.
Ele avaliou ainda um detalhe interessante que foi o fato do pai do Anjinho dar seu próprio nome acrescido de “Filho”, e que após o segundo casamento, deu novamente seu nome a seu quinto filho, mas agora acrescido de “Júnior”. 

A notícia foi contada a tia Jacyra Souto Martini (mãe de Lúcia Helena), a última de sua geração, que reside em Paulínia (SP). “Ela ficou sensibilizada ao tomar conhecimento de que teve um tio que faleceu ainda bebê, a quem têm sido atribuídos muitos milagres. Eu, particularmente, fiquei surpreso e estou planejando viajar com minha prima a Petrópolis para conhecer o túmulo e nele depositar flores à memória daquele que tem, segundo a fé de cada um, intercedido por milagres, e que se tornou para muitos um caminho de esperança e de luz”, finalizou.



-o-

Ramón Novarro

Seu nome verdadeiro era  Juan Ramón Gil Samaniego (Victoria de Durango, Durango, 6 de Fevereiro de 1899 – Hollywood, Califórnia; 30 de Outubro de 1968)
Foi um ator mexicano que participou de 55 filmes e também trabalhou como roteirista, produtor e diretor. Foi um dos grandes latin lovers do cinema mudo.
Nasceu no seio de uma família rica. Seu pai era um dentista que exilou-se em Los Angeles para escapar da Revolução Mexicana em 1913.
Primo de Dolores del Rio, começou sua carreira cinematográfica em 1916 dirigido por Cecil B. DeMille e completava sua renda trabalhando como cantor e garçom. Sua mulher, a atriz Alice Terry e o diretor Rex Ingram começaram a promovê-lo como rival de Rudolph Valentino. Ingram sugeriu que ele mudasse seu nome para Novarro.
Desde 1923 Ramón começou a atuar em papéis mais importantes. Seu papel em Scaramouche (1923) significou seu primeiro grande sucesso. Em 1925 alcançou o seu maior sucesso como protagonista em Ben-Hur, causando seu vestuário uma grande sensação. Foi aí que Novarro alcançou o estrelato da elite de Hollywood.
Com a morte de Valentino em 1926, Novarro se tornou o ator latino mais importantes da mídia.
 A mudança do cinema mudo para o sonoro não afetou seu sucesso, especializando-se em musicais. Estava muito interessado em negócios imobiliários e chegou a gastar 10.000 dólares por semana.
Em 1934 protagonizou dentro do filme The Cat and the Fiddle a primeira cena de ação real da história do cinema rodada em Technicolor três tiras (já havia rodado algumas cenas no antigo Technicolor de duas tiras dentro de Ben-Hur).
No término do seu contrato com a MGM, em 1935, seu cachê começou a cair, trabalhando esporadicamente em filmes de série B e também tentou a sorte na Broadway.
Novarro teve muitos conflitos egodistônicos por ser homossexual e por causa sua criação tradicional na fé católica.
 Há rumores de que a MGM tentou conceder a Novarro um casamento de fachada, sendo que o mesmo recusou. No entanto, há quem – incluindo o biógrafo de Novarro, André Soares – que nega que tenha existido tal coerção.
Ramón Novarro foi assassinado por dois irmãos, os quais havia convidado a uma festa em sua casa para manter relações sexuais, e que trataram de roubá-lo ao acreditarem que mantinha uma grande soma de dinheiro consigo.
Depois de torturá-lo, asfixiaram-no e cortaram e o degolaram com uma pequena faca e saquearam sua casa, onde roubaram apenas US$ 20. Está enterrado no Calvary Cemetery (Los Angeles).
(Fonte: Wikipedia)
Ramon Novarro   na praia, 1926