Patricia Piccinini é uma artista contemporânea australiana que tem chamado atenção mundial por suas obras que flertam com o estranho, o hiper-realista e o profundamente emotivo, geralmente explorando as fronteiras entre natureza, tecnologia, ética e afeto.
🧬 Quem é Patricia Piccinini?
Nascimento: Serra Leoa, 1965. Migrou para a Austrália ainda criança.
Base: Melbourne, Austrália.
Formação: Estudou pintura e história da arte na Victorian College of the Arts.
Atuação: Artista multidisciplinar — trabalha com escultura, instalação, desenho, vídeo e performance.
🧟♂️ Estética e Temas
As obras de Piccinini muitas vezes causam estranhamento imediato. Suas esculturas, altamente detalhadas e hiper-realistas, lembram criaturas híbridas — entre humano, animal e máquina. Muitas são feitas com silicone, fibra de vidro e cabelo humano, o que acentua sua verossimilhança perturbadora.
Temas centrais:
Bioética e engenharia genética
Reflete sobre os impactos da biotecnologia e da manipulação genética em seres vivos.
Hibridismo e pós-humanismo
Seus seres são "quase humanos", gerando empatia e repulsa simultaneamente. Ela nos faz questionar: o que é “natural”? O que é “humano”?
Empatia pelo “diferente”
Muitas de suas criaturas, apesar de monstruosas ou bizarras, são mostradas com gestos delicados e afetivos. A artista propõe uma inversão: em vez de horror, ela evoca ternura por aquilo que é “anormal”.
Família, cuidado e afeto
Maternidade e relações familiares são constantes em seu trabalho — mesmo entre seres grotescos, há amor e proteção.
🖼️ Obras icônicas
"The Young Family" (2002)
Uma "mãe" híbrida entre porca e humana, cercada de filhotes. Criada para a Bienal de Veneza, é uma reflexão sobre clonagem e maternidade artificial.
"The Long Awaited" (2008)
Uma criatura monstruosa interage carinhosamente com um menino. Questiona nossos preconceitos sobre o “outro”.
"The Bond" (2016)
Escultura de uma mulher acariciando uma criatura mutante, com expressão de extremo cuidado e afeto. Explora vínculos afetivos além do biológico.










“Acho que o mundo nunca é completamente doce ou feio, e quero que meu trabalho reflita essa verdade. Além disso, gosto de colocar as pessoas em uma jornada que vai da repulsa até a aceitação”
- Patricia Piccinini em entrevista ao jornal Pampulha.
Via Breve Instantes
Patricia Piccinini nasceu em Freetown, em Serra Leoa em 1965 e mudou-se para Austrália com sua família em 1972. Estudou pintura na Faculdade Victoria de Artes de Melbourne e, logo após finalizar sua graduação, ingressou no projeto Basement Gallery, na qual foi coordenadora durante dois anos. Desde então ganhou o prêmio Australia Council New Media em 2001 e a residência Australia Council em 2006, sendo convidada a expor em diversas instituições de cultura, museus e galerias.
Nenhum comentário :
Postar um comentário