O ator Rafael Raposo como Noel: um dos que se salvam |
Apesar de baseado no famoso livro biográfico assinado por Máximo e Didier (hoje o livro é raro), o filme está longe de mostrar as facetas do poeta da vila. O livro tem ares de épico e assim projetamos a vida de Noel.
Mas em Noel, o Poeta da Vila, faltou dinheiro. O Rio de Janeiro da década de 30 surge canhestro, com ângulos fechados. Ao evitar em mostrar as falhas de produção, acaba acentuando muitas outras.
E tem um didatismo que incomoda a ponto de não se conseguir definir o objetivo final. Queriam fazer um filme biográfico de um cara que foi genial ou um musical em que as composições servem para remendar o roteiro?
Poderia poupar o elenco, mas os personagens, maravilhosos na historia da musica popular brasileira, não tem empatia nesse Noel, o Poeta da Vila. E Lidiane Borges no papel de Lindaura é um desastre.
O filme marca a estréia de Ricardo van Steen como diretor. Era um projeto antigo dele. Poderia ter deixado um pouco mais na gaveta. Noel não envelhece. Foi um jovem gênio. Uma precocidade que não vale para todos. (Marcelo Bulgarelli)
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