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sábado, janeiro 31, 2009

UMAS E OUTRAS

‘Ss”
O pessoal tira sarro dos meus ‘ss’. Respondo: o que me imporrrta?

ERRES
Tem amigos e colegas que carregam muito nos ‘erres’ e falam pra dentro. Não consigo entender. As vezes fico desesperado acreditando no surgimento de uma salvadora ‘legenda eletrônica em português’ durante a conversa.

ACREDITE
Me lembro de um colega, aqui em Maringá, chefe de um departamento, que ficou com a deselegante missão de demitir ou de comunicar a demissão para jovem subordinado.

COMUNICADO
Com toda a delicadeza, o chefe foi logo dizendo, mas o subordinado só entendia uma ou outra palavra. O chefe, além de excessivamente educado, falava pra dentro, baixo. Incompreensível. Para amenizar, o chefe tentava dizer ao jovem que ele era um excelente profissional e que em outra ocasião, o jovem poderia até ser recontratado pela empresa.

RESULTADO
O subordinado retornou para trabalhar no dia seguinte, normalmente. Chegou a dizer pra esposa que “a empresa já estava pensando em um novo contrato ou promoção”.

PAULISTÊS
A minha primeira experiência com expressões paulistas foi quando trabalhei na Casa das Letras, uma empresa de comunicação coorporativa, em São José dos Campos.

CONTATO
Mal saberia que teria um contato novamente com essas expressões ao chegar ao noroeste do Paraná, região colonizada pelos vizinhos paulistas.

AMIZADES
Na primeira semana, numa reunião de condomínio, discutíamos infiltrações em um apartamento. E tasquei: Vamos chamar o bombeiro!

?
O pessoal me olhou assustado. Bombeiro, no Rio, é o que aqui chamam de encanador.

COSTUMES
Lembro que fazia a pauta da RPC em Maringá. Era setembro, véspera do dia dedicado a Cosme e Damião.

A PAUTA
Fui logo preparando a pauta em busca de devotos dos santos. Eles tem o costume de oferecer doces para as crianças. Também seria bom ficar atento aos acidentes, pois em busca de doces, muitas crianças correm o risco de serem atropeladas.

EM VÃO
Essa tradição de Cosme e Damião não existe por aqui. Também é difícil encontrar malhação de Judas no sábado de Aleluia.


HOLERITE
No meu primeiro mês em O Diário, o pessoal do departamento pessoal avisa: pode pegar o seu holerite!

QUEM?
Holerite é o que os cariocas chamam de contracheques.

CBN
Eu fazia a reportagem sobre o desfile de aniversário da cidade e tentava narrar alguma coisa. E fui dizendo: ‘Agora, as crianças abrem o desfile carregando bolas de encher! ‘

BOLAS...
O pessoal na redação ficou sem saber. No Rio, ‘bola de encher’ é o que por aqui chamamos bexiga.

TEM MAIS...
Aqui se faz funilaria no carro. No Rio, lanternagem.

NO ÔNIBUS
No Rio temos trocador. Aqui é cobrador.

ALIÁS
Ônibus, não. Aqui é coletivo.

DETALHE
Aqui o pessoal ‘desce’ do ônibus. No Rio, principalmente em Petrópolis, dizemos ‘saltar’. A expressão é uma herança da época dos bondes, quando o passageiro literalmente ‘saltava’ do veículo em movimento.

CASA DE MASSAS
Tem gente que chama isso de "pastifício".

TORTA
Ou bolo? Aqui, torta é aquilo que tem uma massa dura e recheio macio como uma torta de limão. Bolo é bolo. No Rio, bolo é torta. E torta também pode ser bolo.

CERTO DIA
De volta ao Rio, falei pro pessoal que a gente podia jogar pembolim.

GARGALHADAS
A turma não se agüentou com esse meu paulistês, já incorporado.

EM TEMPO
Pembolim, no Rio, é Tótó.

TELEFONE
Precisava do telefone de determinada pessoa, e numa loja solicitei para o balconista o ‘catálogo’.

RESPOSTA
Catálogo de que produto?

IRRITADO
Produto nenhum. Eu quero o catálogo de telefone!

A LISTA?
É. É isso aí...

RESTAURANTE
‘Põe na quentinha?”

DESCULPE...
Na marmitex...

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