Um anônimo deixou um comentário sobre a sua postagem "OS GIRASSOIS DA RUSSIA (CENA FINAL)":
Belo, Bulga. Faz uns duzentos anos, final da década de 60, provavelmente, que vi este filme no Cine Plaza. E o revi somente uma vez não sei quando, mas nos anos 80, quando começou a sair os VHS.
Mas o que vale é a primeira impressão: fiquei besta com a leveza e simplicidade com que De Sica trata a separação de duas pessoas que se gostam, a fidelidade da dona em procurar o camarada, a inevitalidade dos caminhos que se bifurcam (como diria Borges), e, doendo ou não no peito, a vida continua.
De Sica trata assuntos complexos e dolorosos de uma forma tão suave que torna a compreensão acessível para qualquer um. Coisa que o Tornatore pegou. E o Scola também - só que este pega mais pesado.
Tem outro filme da dupla Marcelo-Sofia muito bonito, chamado Una Giornata Particolare, ou algo parecido, desde já me desculpe o italiano que foi escrito (provalmente é diferente). Não me lembro como foi traduzido em português, acho que Um dia Especial, coisa assim.
É sobre um dia em que Mussolini vai fazer um discurso e a cidade de Roma toda corre para ver. Menos uma dona oprimida, que tem que lavar a roupa e outras coisas. Ou seja, ela é uma menos-pessoa. E também fica encolhido em seu canto um homossexual interpretado pelo teu xará Mastroiani. Os dois dão um show. E como nos Girassóis, no final, cada um vai para seu lado. Mas também ao contrário de Girassóis, pelo menos eles saem menos arrebentados do encontro. Na realidade, saem maiores.
Filmes italianos. Fazem uma falta estes diretores magníficos.
Em tempo: o filme que tenho em VHS acabei de passar para DVD
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